Mobilidade 100% elétrica. Fiat 600 On Tour passou pela Guarda

A mobilidade elétrica continua a ser uma faca de dois gumes para a maioria dos utilizadores e a Fiat 600 On Tour explicou como mudar.

A mobilidade 100% elétrica continua a ser uma faca de dois gumes para a maioria dos utilizadores. Ricardo Oliveira e o seu projeto “Viver Elétrico” encetou uma parceria com a A.MatosCar e realizou a “Fiat 600 On Tour” que arrancou de Castelo Branco, passou pela Guarda e demandou Portalegre, Évora e Beja. Em todas estas áreas Ricardo Oliveira tentou desmistificar a utilização de um automóvel elétrico. Na Guarda esteve no espaço da Fiat da A.MatosCar, representante da marca na cidade mais Alta.

Como sempre sucede nas sessões protagonizadas por Ricardo Oliveira, a presença da Fiat 600 On Tour na Guarda foi animada e esclarecedora. Presentes muitos leigos em matéria de automóveis elétricos. Mas também muitos que já aderiram à mobilidade 100% elétrica.

Ricardo Oliveira idealizou esta iniciativa, com o apoio da A.MatosCar, exatamente para que alguns mitos sobre a mobilidade 100% elétrica sejam derrubados. E, por outro lado, aqueles que já utilizam os veículos elétricos, possam melhorar a sua atualização.

Mobilidade 100% elétrica

Mitos a derrubar sobre a mobilidade 100% elétrica

A sessão abordou muitas questões, mas, sobretudo, analisou a ansiedade da autonomia e alguns procedimentos necessários para maximizar os quilómetros que um carregamento pode oferecer.

Medidas como carregar o carro em casa ou nos postos públicos fora das horas de pico, ajudam a evitar filas e constrangimentos. Por outro lado, os automóveis elétricos são sensíveis à velocidade e, por isso, a melhor medida para maximizar a autonomia é rolar dentro dos limites legais. Quer isto dizer, 50 km/h nas cidades (ou menos onde isso for exigido) e 120 km/h nas autoestradas.

Utilizar postos públicos e aproveitar os postos que já estão disponíveis em hotéis, superfícies comerciais e parques de estacionamento, ajuda a planear viagens com mais segurança e sem a ansiedade da falta de autonomia.

Enfim, muitos conselhos que podem ser dados a quem se inicia na mobilidade elétrica e que podem ser conhecidos através da “Viver Elétrico”, uma iniciativa da Worls Shopper de Ricardo Oliveira e que tem como objetivo educar o mercado sobre a mobilidade elétrica, comunicando e promovendo os produtos e serviços da indústria.

Mobilidade 100% elétrica

O futuro da mobilidade elétrica

Para Ricardo Oliveira, “estamos num processo de transição de preço nos elétricos. Basicamente, o que está a acontecer com os elétricos é que estão naquele caminho para a paridade de preços com os veículos a combustão. Isto tem uma razão de ser, é que os elétricos estão a chegar ao mass market, aos clientes que têm menos capacidade de compra. Estes clientes têm umas expectativas e umas exigências diferentes daqueles primeiros que compraram elétricos, aqueles que compraram elétricos no início estavam dispostos a tudo até autonomias muito reduzidas.”

Nessa medida, a oferta também tem de mudar. “Claro, não só a oferta, mas também a forma como a infraestrutura de carregamento se desenvolve. Porque neste momento ainda é reduzida.” Segundo Ricardo Oliveira, “estes novos clientes querem automóveis elétricos bons e baratos! E é muito importante que as marcas de automóveis percebam que o que o que o mercado neste momento está a pedir é diferente. São automóveis com boas autonomias, boas velocidades de carregamento e que tenham preços competitivos.”

Mobilidade 100% elétrica

Invasão chinesa tem de ter resposta europeia

Mas isso está a potenciar a avalancha chinesa. “É verdade, estamos a notar, infelizmente, que a indústria chinesa está a propor esta este tipo de automóveis a uma velocidade diferente do que os construtores tradicionais ou ocidentais. É muito importante que a Europa reaja. Eu digo, infelizmente, no sentido da indústria europeia. Não é porque para o consumidor é bom haver alternativas mais acessíveis, o que seria muito importante era que a indústria ocidental lutasse para ter automóveis elétricos, bons e baratos e que não adiasse os seus objetivos.”

Mas já há uma resposta, tímida mas ela existe. “Sim, é verdade” diz Ricardo Oliveira, “nomeadamente com a ofensiva da Stellantis.” Mas terá de haver uma consciencialização do consumidor, diz Ricardo Oliveira. “O consumidor tem de perceber que quando vai escolher um carro elétrico, deve olhar, em primeiro lugar, para o seu perfil de utilização e perceber se o elétrico se enquadra nesse perfil de utilização. Isso é um tema que nós tentamos preencher com os nossos cursos, viver elétrico, onde damos formação a empresas e particulares com o nosso projeto Viver Elétrico.”