Renault Scénic – Sem preconceitos!

O segmento dos monovolumes já atravessou uma melhor fase, motivo pelo qual vários construtores decidiram ausentarem-se na oferta desse tipo de propostas, mas outros há que se mantêm com produtos que são referência num segmento que tem atualmente cerca de seis propostas, uma delas o Renault Scénic, modelo nascido em 1996 e que desde então já vendeu mais de 40 mil unidades em Portugal.

A versão mais curta do Scénic surge em Portugal precisamente na altura em que o mercado dos SUV/Crossovers chega mesmo a ultrapassar o das Berlinas, e ainda que o design exterior o aproxime de um Crossover ─ com parecenças óbvias ao Renault Captur ─ o Scénic é, assumidamente, um monovolume.

E se a compra de um SUV é, na sua maioria, uma compra mais emocional do que racional ─ na verdade, poucos são aqueles que tiram partido das potencialidades de um SUV, muito menos ainda quando falamos de os tirar do asfalto ─ a compra de um monovolume é em tudo mais racional. A Renault não só acredita que ainda há compras racionais, como estas não têm obrigatoriamente de se traduzir em automóveis pouco apelativos e entediantes na sua condução. Para aqueles que preferem a escolha racional, têm no Renault Scénic uma proposta inegavelmente interessante.

Classe 1 ressuscita modelo em Portugal

Depois de já ter em comercialização a versão Grand Scénic, em Portugal apenas disponível com sete lugares, a nova lei das portagens veio permitir a introdução do Scénic “normal” já que passa a ser considerado classe 1 nas portagens, quando associado ao dispositivo de Via Verde.

O modelo cresceu em todas as dimensões, sendo 4 cm mais comprido e 2 cm mais largo que a anterior geração. Em altura temos menos 1,5 cm. A título de curiosidade, o Grand Scénic apresenta mais 23 cm de comprimento do que este.

Preconceitos à parte, o Renault Scénic é uma proposta racional

À semelhança do que acontece com a versão Grand Scénic, também o mais pequeno modelo oferece espaço generoso, não só para ocupantes como para bagagem e acessórios. Com as melhores quotas de habitabilidade do segmento, o Renault Scénic consegue 572 l de capacidade de bagageira, mas que podem ser extensíveis aos 720 l com o deslizamento da segunda fila de bancos. Para além disso, contamos com 63 l de espaços para objetos espalhados por todo o habitáculo, incluindo os alçapões por baixo dos pés dos passageiros. Os bancos traseiros rebatem na proporção 60/40. Destaque para o sistema de rebatimento dos bancos que pode ser feito individualmente através dos comandos no porta-bagagens, ou mesmo através do sistema R-Link operado nos lugares da frente.

O modelo está recheado de equipamentos tecnológicos e de segurança que facilitam a vida no dia-a-dia. Entre eles, a novidade vai para o sistema de travagem ativa de emergência com deteção de peões ─ entre os 7 e os 60 km/h ─ assistente de manutenção de faixa, alerta de deteção de fadiga, alerta de transposição involuntária de via, alerta de distância de segurança, alerta de excesso de velocidade com reconhecimento dos sinais de trânsito, aviso de ângulo morto, câmara de marcha-atrás, comutação automática dos faróis de máximos, ajuda ao estacionamento dianteiro, traseiro, lateral e Easy Park Assist.

Para além do design exterior, apenas a terceira fila de bancos e o espaço de bagagem distinguem o Scénic do Grand Scénic

A conferir ao Scénic um aspeto moderno e apelativo estão também as jantes de 20 polegadas de série e a carroçaria bi-tom, para além do design inspirado no concept R-Space apresentado em 2011.

Conforto e modularidade

No interior para além do espaço já referido temos um nível de conforto assinalável, com os bancos herdados do Renault Espace, e que contam com oito regulações elétricas, para além das funções de massagem e aquecimento. O banco do passageiro dianteiro pode assumir a função de mesa e a consola central deslizante que oferece iluminação e várias tomadas ─ USB, 12v e jack.

O ecrã de 8,7 polegadas é o que já conhecemos de outros modelos do construtor e integra todas as funções do automóvel. Através do R-LINK 2 podem ser selecionados diferentes modos de condução: Normal, Eco, Confort, Sport e Personalizado. O sistema de som BOSE também está disponível.

Motores para todos os gostos

Tal como aconteceu com o Mégane e o Kadjar, o novo Scénic também recebe novas motorizações, testados já de acordo com o novo ciclo WLTP. O novo motor TCe com 1.3 l está disponível com três níveis de potência, 115, 140 e 160 cv, estando as duas versões mais potentes disponíveis com caixa manual ou automática de sete relações. Para além destes, surge também um novo bloco 1.7 l Diesel com versões de 120 e 150 cv, estando esta última disponível com caixa automática EDC de sete relações. Para além de um filtro de partículas, estão equipados com a redução catalítica seletiva (SCR), que funciona com AdBlue.

Preços

Os preços do novo Renault Scénic começam nos 30 770€ para a versão TCe 115 cv com nível de equipamento Limited. O TCe 140 varia entre 31 370€ e 33 420€ para as vesões Limited e Bose Edition respetivamente. O TCe 160 tem um preço de 34 040€, apenas disponível no nível de equipamento Bose Edition. Os Diesel começam nos 36 570€ e vão até aos 42 650€ do BluedCi de 150 cv com caixa automática.

O Grand Scénic apresenta precisamente a mesma gama de motorizações e versões de equipamento e tem preços a começar nos 32 240€ e que vão até aos 44 500€.