Desde a apresentação do protótipo Mission E aquando do Salão de Frankfurt de 2015 que a Porsche tinha em marcha uma campanha para gerar interesse e promover a sua nova berlina totalmente elétrica. Um dos modelos mais importantes na história da marca de Estugarda, dado que representa uma mudança fundamental naquilo que é o produto Porsche, deixou cair o nome do protótipo Mission E, e recebeu o nome de Taycan. Ainda sobre a forma de protótipo de testes, realizou o record de Nurburgring ao efetuar uma volta em 7 minutos e 42 segundos.
Foram necessários quatro anos, e uma expansão cuidadosamente encaixada na fábrica de Estugarda para, novamente no Salão de Frankfurt, termos a possibilidade de ver o produto final. O Porsche Taycan baseia-se na plataforma J1, totalmente nova e concebida para suportar uma gama de veículos elétricos. É composta por uma mistura de aço e alumínio e equipa dois motores elétricos (um por eixo) e uma caixa de velocidades com duas relações, para combinar maior potência de aceleração com velocidade máxima.
Taycan é inovador
A carroçaria tem um desenho bastante aerodinâmico, para melhorar a eficiência e reduzir os consumos. Em estreia mundial está o uso da corrente de 800 v, o que lhe permite montar cablagens mais leves e compactas e aumentar as velocidades de carregamento em corrente DC. A Porsche indica que serão necessários, em condições ótimas, apenas 22,5 minutos para colocar a bateria dos 5 aos 80% de capacidade.
O interior é completamente novo, e faz uso exclusivo de ecrãs táteis, tanto nos comandos do info-entretenimento, como da climatização. Também o passageiro da frente pode ter um ecrã para si, opcionalmente. Destaca-se também o painel digital relativo ao manómetros com um desenho em curva. Dado que as baterias se encontram na base da plataforma estão disponíveis duas bagageiras (na dianteira e na traseira) com 81 e 366 l de capacidade, respetivamente.
Duas toneladas de tecnologia
Neste novo modelo, a marca germânica colocou todo o seu arsenal tecnológico. Isto está patente no equipamento disponível que vai desde os travões de cerâmica, a suspensão pneumática, as barras estabilizadoras ativas, o sistema de repartição de binário (torque vectoring) e as quatro rodas direcionais. Apesar de todos os esforços em conter o peso, o Porsche Taycan está acima das duas toneladas. Facto compreensível face à tecnologia atual e peso dasprimeir% el%%€ baterias.
O Taycan possui também quatro modos de condução, que intervêm na condução, mais especificamente: Range, Normal, Sport e Sport Plus.
No que respeita á gama, a Porsche optou por utilizar exactamente as mesmas designações da sua restante gama. Ou seja, o modelo de entrada é o 4S com duas opções de bateria, com uma capacidade de 79,2 kWh para 530 cv ou 93,4 kWh para 571 cv como opcional. As autonomias homologadas pelo ciclo WLTP são de 407 e 463 km, respetivamente e a aceleração até aos 100 km/h fica-se pelos quatro segundos.
Turbo, só no nome!
No escalão acima da gama encontra-se o Turbo com uma bateria de 93,4 kWh, uma potência de 680 cv e 450 km de autonomia. Esta versão, que naturalmente não tem nenhum turbo… acelera até aos 100 km/h em 3,2 segundos e está limitado aos 260 km/h de velocidade máxima.
A versão que assume o papel de topo de gama é o Porsche Taycan Turbo S. São uns impressionantes 761 cv e apenas 2,8 segundos para atingir os 100 km/h. Nesta versão a autonomia é de 412 km. O Taycan já se encontra disponível para encomenda em Portugal. A versão 4S custa 110 428 €, o Turbo orça em 158 221 € e o Turbo S em 192 221 €, sendo que na boa tradição Porsche há inúmeras possibilidades de personalização através da extensa lista de opcionais.