São 11 os portugueses no Dakar este ano. A prova começou neste domingo, 5 de janeiro, e decorre até dia 17. A 42.ª edição do Dakar decorre pela primeira vez, na Arábia Saudita, 11 anos depois da realização da prova na América do Sul. Ao todo, as 401 equipas enfrentam 7856 quilómetros, mais de cinco mil deles ao cronómetro, com 75% em areia.
Várias categorias
Entre os 11 portugueses inscritos, seis são de motas, três participam em carros, um em SSV e um em camião. Em motas, estão Paulo Gonçalves (Hero), que foi segundo classificado em 2015 e participa agora pela 13.ª vez, com o dorsal 8. Em 2019 desistiu devido a queda que lhe provocou um traumatismo craniano. O piloto de Esposende faz equipa com o cunhado Joaquim Rodrigues Jr., estreante em 2017, que terá o dorsal 27. A sua melhor classificação até ao momento foi um 12.º posto conquistado em 2019.
Seia representada uma vez mais
Mário Patrão, o piloto de Seia, mantém-se na equipa da KTM, com o número 31. Esta será a 7ª participação no Dakar. Em 2019, o piloto da KTM sofreu uma grave lesão que o obrigou a estar oito meses fora das competições. Também em KTM, o luso-germânico Sebastian Bühler corre com o dorsal 32. O piloto foi o 3.º melhor “rookie” do Dakar de 2019.
Na 5ª participação e com o melhor resultado em 2019, Fausto Mota, há vários anos radicado em Espanha, corre com o dorsal 38 na sua Husqvarna. Depois da estreia no ano anterior, e do abandono da prova por um problema mecânico, António Maio participa em Yamaha com o dorsal 53.
Carros, SSV e camiões
Nos carros, o navegador Filipe Palmeiro acompanha o piloto russo Boris Garafulic em Mini, com o número 313. Participam ainda, pela primeira vez, os irmãos Ricardo e Manuel Porém com um Borgward oficial e o número 332. Na categoria SSV, Pedro Bianchi Prata será o navegador do piloto de ralis do Zimbabué Conrad Rautenbach (PH Sport) com o 404.
Por fim, nos camiões, José Martins participa com um DAF exibindo o número 548. Armando Loureiro será ainda o mecânico do piloto Jordi Ginesta.
O calendário do Dakar 2020 prevê uma etapa supermaratona no dia 10, com apenas dez minutos para reparar os seus veículos, e no dia seguinte, dia de descanso. A maior etapa será disputada no dia 14 de janeiro, entre Wadi Al-Dawasir e Haradh, com 891 quilómetros.
Segundo a organização, será uma prova menos exigente fisicamente, mas mais difícil em termos de navegação.
Clube Escape Livre na partida do Dakar
O Clube Escape Livre acompanha de perto parte da prova com um grupo restrito de 16 pessoas. A viagem à Arábia Saudita, é simultaneamente turística e de apoio aos pilotos portugueses no Dakar. A comitiva do Escape Livre irá acompanhar a partida e as etapas iniciais da prova mais dura do planeta. Depois conhece alguns pontos turísticos da Arábia Saudita e Jordânia, como as cidades de Riad, Madaba, Monte Nebo, o sítio arqueológico de Kastrom Mefa’a, Petra, Mar Morto e Amã.