Professor, filosofo, escritor, crítico literário, ensaísta, interventor cívico, Eduardo Lourenço deixou-nos esta terça-feira aos 97 anos. Natural de S. Pedro de Rio Seco, concelho de Almeida, onde nasceu a 23 de Maio de 1923, frequentou o Colégio Militar, antes de se licenciar em Ciências Histórico-Filosóficas na Universidade de Coimbra, em 1946, onde foi assistente, antes de ser Leitor de Cultura Portuguesa nas Universidades de Hamburgo, Heidelberg, Montpellier e no Brasil para, por fim, fixar residência na cidade francesa de Vence.
Para além disso, recebeu o Prémio Camões (1996), Prémio Pessoa (2001), e ainda Grande Oficial e Grã-Cruz da Ordem Militar de Santiago e Espada, Grã-Cruz da Ordem do infante D. Henrique, Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, Oficial da Ordem Nacional de Mérito, Cavaleiro da Ordem e das Artes e das Letras da Legião de Honra de França.
O Labirinto da Saudade, Fernando, Rei da Nossa Baviera, Os Militares e o Poder são algumas das suas principais obras.
A sua memória perdurará na Guarda, graças ao Centro de Estudos Ibéricos, à biblioteca que tem o seu nome e por integrar o lote de personalidades que deixaram o seu testemunho na Cápsula do Tempo, iniciativa do Clube Escape Livre, que tem a colaboração do Instituto Politécnico da Guarda e da Rádio Altitude, entre outros parceiros e que será aberta em 2050.
O presidente do Clube Escape Livre, Luis Celínio Antunes, afirmou que “altura para conhecer nova perspetiva dos pensamentos de um homem impar que sempre pensou Portugal”.