Pelo quinto ano consecutivo, o Fórum Nissan da Mobilidade Inteligente procurou antecipar o futuro da mobilidade e das sociedades. A casa japonesa quer um amanhã substancialmente diferente, justificando este desejo pela emergência ambiental, mas também pelas mudanças de paradigma de consumo das populações.
Ficou claro no final dos trabalhos de mais este Fórum Nissan da Mobilidade, que a Nissan quer “liderar a inovação para melhorar a vida das pessoas” como destacou Antonio Melica, o diretor geral da Nissan em Portugal.
O caminho a percorrer é longo, os desafios imensos, mas há uma certeza clara e cristalina: mais do que nunca, as decisões de hoje é que vão determinar aquilo que queremos para as gerações futuras!
Por isso, a Nissan estabeleceu três eixos em que assenta a sua estratégia de Mobilidade Inteligente: energia inteligente, condução inteligente e integração inteligente. E prometendo, segundo as palavras de Melica, de “até 2050 atingirmos a neutralidade carbónica em todo o ciclo de vida dos nossos automóveis”.
“Se o futuro também passa pelo objetivo de zero acidentes através da condução autónoma, um automóvel com uma carroçaria em vidro não poderá ser uma solução, até mais amiga do ambiente?”
Vice-presidente do estilo da Nissan Europe, Matthew Weaver
A aposta na neutralidade carbónica
Sem acidentes e fatalidades graças á condução autónoma, um carro em vidro seria mais interessante e, sobretudo, mais amigo do ambiente. A reunião da Nissan abordou, também, a chegada do Nissan Ariya a Portugal, o crossover elétrico que a casa japonesa entende ser a expressão perfeita da mobilidade inteligente da Nissan.
Nissan aposta na neutralidade carbónica até 2050
A Nissan quer alcançar a neutralidade carbónica em todas as operações da empresa e durante todo o ciclo de vida dos seus produtos até 2050.
Apesar de continuar a desenvolver a condução autónoma, a Nissan tem muito realismo e Alain Dunoyer, responsável pela área de automóveis autónomos da S&D Automotive, sublinhou esse realismo da casa japonesa ao dizer que “atualmente, os humanos são bons a conduzir! Já a inteligência artificial ainda está na fase da infância e não é capaz de prever tudo.” E numa declaração controversa, disse que “a automação total do veículo não é a resposta para reduzir os acidentes e as mortes na estrada. O que é preciso é continuar a desenvolver tecnologias de assistência à condução para reduzir a sinistralidade.”
“Aas ações de hoje vão escrever o futuro. Temos de liderar a inovação para permitir às pessoas viver num mundo melhor, mais inteligente, mais seguro, mais acessível, mais sustentável e mais conectado.”
Responsável pelo desenvolvimento avançado de produtos da Nissan Automotive Europe, Clíodhna Lyons
Nissan focada no problema
Já Ponz Pandikuthira, diretor global de marketing de produto de automóveis elétricos e desporto automóvel da Nissan, entende que “a solução para as cidades do futuro não passa por uma única tecnologia, mas sim por um ecossistema pensado para receber influxos populacionais, com sustentabilidade, qualidade do ar e gerador de prosperidade.”
Com painéis dedicados à Condução, Energia (onde foi dito que a Nissan venderá 50% dos seus veículos até 2023 com eletrificação e 100% no final de 2030) e Integração.
No final do Fórum Nissan da Mobilidade Inteligente, Eduardo Pinheiro, Secretário de Estado da Mobilidade, encerrou os trabalhos destacando as políticas e os projetos do Governo de Portugal para uma mobilidade mais sustentável.