Schumacher é o mais recente documentário da Netflix que retrata o percurso do ex-piloto alemão de F1. Uma história contada não só na primeira pessoa, mas também por familiares, amigos, ex-companheiros de equipa e até alguns adversários. Uma história para ver e rever, já disponível na plataforma de streaming digital.
Mais uma vez a produtora Netflix volta a retratar o percurso de um dos mais notáveis pilotos de F1 da história. Depois de Fangio e Senna, chega a vez de Schumacher, um documentário que retrata o percurso do ex-piloto alemão na prova rainha do automobilismo. Dirigido por Hanns-Bruno Kammertöns, Michael Wech e Vanessa Nöcke, este documentário revela detalhes da vida profissional e pessoal do ex-piloto alemão, através de depoimentos de familiares, amigos e personalidades ligadas ao mundo do automobilismo.
São várias as imagens de arquivo, da sua infância e adolescência, até aos últimos anos antes do trágico acidente que o deixou longe dos holofotes. A sua mulher, Corinna, e os seus filhos, Gina e Mick (o jovem piloto de F1 que seguiu as pisadas do pai) são também eles protagonistas, e acabam por deixar uma mensagem importante sobre a influência que Michael deixou nas suas vidas.
“É claro que todos os dias sinto a falta do Michael. Mas não sou só eu quem sente a falta dele. Os miúdos, a família, o seu pai, todos à sua volta. Todos sentem a falta do Michael, mas o ele está aqui. Diferente, mas está aqui. E isso dá-nos força.”
Corinna Schumacher
Sobre o atual estado de saúde de Michael pouco foi revelado, apenas ficamos a saber que continua a ser prestado um serviço de tratamento ao domicílio e que nenhum esforço em melhorar a sua saúde será deixado de parte.
Dos Karts à Fórmula 1
Michael Shumacher começou a sua carreira, como a maioria dos pilotos, no mundo dos karts. O seu pai, Rolf Schumacher, trabalhava no kartódromo de Kerpen (Alemanha) e Michael ajudava sempre que podia. Com apenas quatro anos recebeu o seu primeiro kart (artesanal, feito pelo pai) e com catorze anos começou a competir.
Contudo, o dinheiro para participar em campeonatos não abundava, Schumi usava pneus usados de outros karts e acabava por vencer com o pouco que tinha. Em 1983 participou no campeonato de kart juntamente com Mika Häkinnen, competindo como piloto do Luxemburgo (por questões financeiras) acabando mesmo por vencer.
Anos mais tarde fazia, assim, a sua estreia na Fórmula 1 pela Jordan, no GP da Bélgica de 1991, onde depressa mostrou o seu talento. Nessa mesma época acabaria por se juntar à equipa Benetton, onde acabara por ficar até 1995, vencendo dois campeonatos consecutivos (1994 e 1995). Seguidamente passaria pela Ferrari, de 1996 a 2006, onde venceria mais cinco campeonatos consecutivos (2000 a 2004). Após se retirar por cerca de quatro anos, faria o regresso pela Mercedes, entre 2010 e 2012.
Da rivalidade à vida pessoal
O início de carreira de Schumacher ficaria marcado por rivalidades e intrigas com outros pilotos, incluindo com Ayrton Senna. Envolvidos em inúmeros incidentes de corrida, depressa se percebeu que este “choque de titãs” viria a criar alguma rivalidade em pista. Contudo, foi no trágico 1º de Maio de 1994 que tudo mudou. O acidente que vitimara Senna traria um sentimento de profunda mágoa no piloto alemão, que acabaria por colocar em causa a sua continuação no desporto.
Nesse mesmo ano acabaria por vencer o seu primeiro campeonato, mas uma nova rivalidade começava. Damon Hill, o piloto britânico, manteria acesa a chama da competição bem acesa, deixando as contas do campeonato para a última corrida. Separados apenas por um ponto, Schumacher e Hill teriam obrigatoriamente por terminar a corrida nos pontos, ou que um deles não terminasse. Mas a corrida acabaria por ficar marcada por mais um incidente em pista, envolvendo os dois carros. Embora Schumacher tenha ficado com o carro danificado e impossibilitado de continuar, Damon Hill acabaria por ficar com danos na suspensão e retirar-se antes do final da corrida. Assim, Schumacher sagrar-se-ia campeão pela segunda vez consecutiva.
Quanto ao resto… o resto é história, mas pode ser visto e revisto num documentário de quase duas horas de pura emoção.