Volvo quer vender 1.200.000 automóveis por ano! Como?

A ambição da Volvo continua alta e Hakan Samuelsen, o CEO da Volvo, não deixa de acenar com a bandeira do otimismo e da confiança. A casa sueca quer ser líder da transição que está a acontecer no setor automóvel, mantendo-se como a referência na área da segurança. Como é que vai fazer isso?

Em primeiro lugar conta com a popularidade da gama Recharge, a submarca que agrupa todos os modelos híbridos Plug-In e 100% elétricos. A Volvo espera em 2030 vender 600 mil unidades de veículos eletrificados.

Recharge representa uma quinta parte

Estes modelos já representam cerca de 20% do total das vendas mundiais da marca, sendo que na Europa e no mercado nacional as cifras são maiores. Em Portugal já valem mais de metade dos carros vendidos pela casa sueca.

Para agitar mais as águas, a Volvo vai apresentar vários modelos elétricos e está prevista nova vaga de lançamentos entre 2025 e 2030. É precisamente em 2030 que a Volvo pretende passar a vender, apenas, automóveis 100% elétricos.

Por outro lado, a Volvo quer que a próxima geração de veículos seja a mais segura de sempre. Vai fazer isso através da integração de tecnologias inovadoras de software e hardware capazes de recolher e analisar dados em tempo real.

Condução autónoma nos planos

A condução autónoma será instrumental para isso, estando a Volvo a validar e verificar os dados que tem vindo a recolher de milhões de quilómetros feitos por milhares de automóveis em todo o mundo. Quando tudo estiver preparado, a Volvo poderá atualizar os seus veículos através da internet.

Outra solução para aumentar as vendas até aos 1.2 milhões de unidades é o desenvolvimento de software interno através de um sistema operativo próprio. A próxima geração de automóveis 100% elétricos utilizará o VolvoCars.OS.

Um sistema operativo que oferece maior agilidade no que toca à atualização “pelo ar” via internet, permitindo que o veículo esteja sempre atualizado. Será este o sistema que albergará os vários sistemas do automóvel e a “cloud” do sistema.

Software é fundamental

A Volvo está também a centralizar o processamento central associado aos seus modelos elétricos para assim poder beneficiar ainda mais do desenvolvimento de software realizado internamente.

Além disso, vai reduzir a complexidade dos automóveis pois em vez de depender de várias unidades de controlo eletrónico, capazes de controlar sistemas individuais, este novo sistema será operado por uma unidade central com grande capacidade que irá gerir o processamento operativo e a inteligência artificial, o sistema operativo geral e o sistema de info-entretenimento.

Obviamente que a Volvo irá investir em reduzir o tempo de carregamento e oferecer maior autonomia, sendo este outro dos pilares que vai permitir o crescimento das vendas.

No final desta década, a casa sueca quer quebrar a barreira dos 1000 wh/l de densidade de energia, passo decisivo para se chegar a uma autonomia de 1000 km. Antes, será o passo no sentido de reduzir para metade os tempos de carregamento, algo que pode acontecer daqui a uma mão cheia de anos. Isso será alcançado com a ajuda da evolução da tecnologia das baterias e a melhoria do software de carregamento.

Google mantém-se nos modelos Volvo

Finalmente, a Volvo vai manter a colaboração com a Google na próxima geração de modelos da marca, integrando tudo o que hoje conhecemos – Google Assistant, Google Maps e Google Play – dentro do sistema operativo da Volvo. Ou seja, os carros suecos terão o VolvoCars.OS e o Android Automotive OS.

Os futuros modelos da Volvo estarão equipados com um touch screen central, mais largo que fornecerá informação de leitura fácil onde a interação seja simples. Tudo o que os condutores necessitem terá de estar à distância de um toque ou ser ativado por comando de voz.