Já lá vão mais de sete anos desde a apresentação do Lamborghini Hurracan, no Salão de Genebra de 2014, e por isso já está no horizonte o seu substituto. Com a “morte” anunciada para 2023 ou 2024, o irmão mais novo do Aventador deverá ainda agraciar-nos com algumas edições especiais, antes da despedida.
Em declarações a uma publicação Australiana, o diretor técnico da Lamborghini, Maurizio Reggiani, revelou que existirá uma versão “radicalmente diferente do STO”, a interpretação mais hardcore da casa de Sant’Agata Bolognese:
“Estamos cheios de ideias… e nunca vamos desistir de procurar o potencial desta fantástica plataforma que é o Huracan […]” avança, “é um ponto de interrogação que vos deixamos, mas acho que veremos algo diferente em breve”
Maurizio Reggiani, diretor técnico da Lamborghini
Estas afirmações ganham um maior colorido quando as associamos a um dos registos de marca mais recentes da marca italiana, Sterrato, um nome que em 2019 nos trouxe um exercício de design, que transformava o Huracan numa máquina todo-o-terreno, comparável a algo como o Porsche 959 de Dakar.
A promessa de algo diferente para o Huracan Sterrato
Suspensão de maior curso, alargamentos na carroçaria, luzes de rali e pneus off-road, era esta a receita dos engenheiros italianos para criar um novo segmento automóvel, que já na sua apresentação viam como muito possível a passagem efetiva à produção, na ordem das 500 a 1000 unidades.
Com forte recurso à tecnologia de impressão 3D, os responsáveis da Lamborghini viam esta possibilidade como uma boa operação, não apenas de marketing, mas também financeira, afirmando que seria possível a produção, economicamente sustentável, desta nova versão com um valor a rondar os 250 000 dólares.
Será que vamos realmente ver algo diferente como este Huracan Sterrato? Façamos figas! Só faltava receber um já num dos nossos eventos todo terreno de 2022.
Futuro, ligado à tomada
A confirmar-se, o Sterrato, seria uma das últimas, senão mesmo a última, versão do Huracan, agora com cerca de dois anos de vida restante. Marcará também o fim do motor V10 atmosférico e da combustão eterna pura na Lamborghini.
De acordo com o plano de eletrificação total da gama até 2024 e antecipado pelo Asterion já em 2014, o sucessor, ainda por nomear, deverá recorrer a um bloco bi-turbo V8, com tecnologia híbrida plug-in. Sem dúvida, representará um salto técnico e de performance marcante no segmento mas nunca trará a emoção e visceralidade que os modelos Lamborghini até hoje nos habituaram.