Cá dentro ou lá fora não faltam automóveis mais ou menos bizarros, mais ou menos especiais, mais ou menos raros. Pode até ser aquela versão que sempre quisemos ter na garagem! Ás vezes é só para ver… mas também há as compras de impulso! Quem não tem aquele amigo ou familiar que já o fez? A vontade é sempre adicionar mais um e nunca vender… Assim nasceu esta rúbrica, exclusiva para ti, subscritor da nossa Newsletter “Livre Trânsito”.
Depois de termos trazido um verdadeiro clássico com o Datsun Sports 1600, esta semana adicionamos um modelo que apesar de ainda estar a cerca de cinco anos de se tornar um clássico, vai certamente ser uma excelente peça de coleção. Para além disso, inevitavelmente recorda um nome que ficará para sempre na história do desporto automóvel, Sir Frank Williams, que nos deixou muito recentemente.
Das pistas, para a estrada!
Inegavelmente é um dos melhores legados que Frank Williams nos podia ter deixado. Um automóvel que só por si nos envolve em todo o espírito e mística da Fórmula 1, nomeadamente da Renault. É um dos nomes mais históricos da Fórmula 1, com mais de quatro décadas de história na competição-rainha do desporto motorizado. A época era de ouro para os monolugares da equipa de Grove. Equipados pelos motores Renault e com avanços tecnológicos inigualados até hoje, arrecadavam vitórias e campeonatos pelas mãos de nomes como Alain Prost ou Nigel Mansell. O sucesso conduziu a uma parceria entre a marca francesa e a equipa britânica.
Para sempre, o Clio Williams!
O Renault Clio Williams é talvez o “pocket-rocket” da Renault mais interessante dos que antecedem o aparecimento das siglas RS (Renault Sport), como é o caso do Renault Clio RS 172 que também já aqui trouxemos. Depois disso, e falando de carros de estrada, o auge são os Renault Mégane RS, nomeadamente os RS Trophy-R.
Renault Mégane RS em dose tripla. Overdose de emoções!
Indiscutivelmente um nome de referência quando falamos de hot-hatch, o Mégane RS está disponível em três versões. Conheçe aqui cada uma delas em detalhe.
Mas concentremo-nos no pequeno “pocket-rocket” de jantes douradas. Inconfundível, o Clio Williams viu a cilindrada aumentada para 2000 cm3. Com um bloco 2.0 l 16V, 150 cv e 175 Nm de binário, era caracterizado por uma enorme ganância por rotações. Contudo, o Clio Williams recebeu por parte da Renault Sport várias alterações que fazem dele muito mais do que apenas uma versão especial. Na lista de alterações mecânicas incluía-se também uma caixa de velocidades melhorada.
Já no exterior são percetíveis as vias mais alargadas e a suspensão rebaixada. No interior, os bancos com um padrão de gosto questionável mas onde não falta a sigla “W” na mesma cor dos cintos de segurança. Também o fundo dos mostradores e mais alguns pormenores assumem a cor azul. Com pouco mais de 1000 kg, o pocket rocket francês atingia os 100 km/h em cerca de 8 segundos e alcançava mais de 200 km/h de velocidade máxima.
Condução à altura!
A condução interativa e dinâmica mereceram elogios de todos os que se sentaram ao volante do Renault Clio Williams. Apesar das cerca de 12 mil unidades produzidas, um número nunca antes imaginado, já começam a ser raras as unidades no mercado de usados e em bom estado.
Este que trazemos hoje está num Stand de referência no mercado, é nacional e apresenta 97 mil km. Para além disso parece estar rigorosamente original, o que tem naturalmente outro valor. Para os apaixonados por este desportivo, é uma oportunidade enquanto não atingem valores proibitivos.
Era ainda um excelente carro para trazer até um dos nossos eventos de automóveis clássicos, o Classic Cars Tour em junho, ou o Termas Centro Classic Cars em abril. Se tens um clássico, vemo-nos por lá?
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