Com um investimento numa “start up” de Taiwan e uma parceria com a ProLogium, a Mercedes-Benz vai investir na tecnologia de baterias de estado sólido. O lítio é fundamental nos dias que correm para as baterias usadas pelos construtores nos seus modelos 100% elétricos. Com o domínio da China na produção de células de baterias de iões de lítio no presente e no futuro mais próximo, o Ocidente e a Mercedes-Benz quer libertar-se desse mão invisível.
Por isso mesmo, a corrida às baterias de estado sólido está animada e os europeus são dos mais agitados. Percebe-se que perante os milhares de milhões de euros gastos no fornecimento de baterias, os construtores e os estados europeus, tal como a Mercedes-Benz, querem manter no Velho Continente essas cifras.
A Mercedes-Benz é um desses construtores que está à procura de se libertar do colete de forças asiático. Nesse sentido, assinou um acordo com a ProLogium e investiu uma cifra acima dos dois dígitos de milhões de euros numa “start up” de Taiwan.
Depois do EQA, EQB, EQC e EQS… eis que chega o EQE da Mercedes-EQ.
O Mercedes EQE destaca-se pela autonomia e conectividade avançada, sendo rival do Tesla Model S e Audi A6 e-tron. Tudo o que já sabemos aqui.
Mais investimentos
Este investimento soma-se ao anunciado em 2020, em parceria com a Stellantis, na Factorial Energy, construtor norte americano de baterias. Lembrar que a BMW investiu fortemente na Solid Power, empresa do Colorado produtora de baterias.
Também o grupo Volkswagen tenta liderar a busca das melhores soluções para o desenvolvimento das baterias de estado sólido. Investiu na QuantumScape, uma “start up” de Silicon Valley. Esta promete fazer células que aumentam a autonomia em 50% e reduzindo os tempos de carregamento para 15 minutos.
Recordar que a QuantumScale tornou-se numa empresa apetecível quando surgiu em bolsa em 2020. A corrida ao investimento neste setor é tao grande que a empresa de Silicon Valley, sem gerar receitas significativas, já vale mais que a Ford Motor Company!
Porém, percebe-se esta corrida dos construtores e da Mercedes-Benz aos construtores de baterias, pois, as baterias são o elemento mais caro de um modelo 100% elétrico, representando 40% do custo de um veículo.