O tema “Transporte Rodoviário de Mercadorias: presente e futuro” foi o pretexto para mais uma “SocTalks” promovida pela Sociedade Comercial C. Santos. Nesse sentido, teve transmissão em direto nas redes sociais do concessionário da Mercedes-Benz Trucks. Para todos os representantes do setor, o transporte rodoviário enfrenta desafios. E desafios duros e difíceis como referiu o painel de excelência reunido nesta “SocTalks”.
Assim, desse painel, destacamos Cristina Maia (administradora da Transmaia) e Joaquim Tavares (diretor financeiro da Transportes Álvaro Figueiredo). Para além de Ivo Pedro (chefe de vendas Mercedes-Benz Trucks na Sociedade Comercial C. Santos).
Para moderar este painel, esteve Carlos Moura. Jornalista português que representa o país no “International Van of the Year” e do “International Pick-Up Award”.
“O transporte evoluiu muito” – Cristina Maia
Na espuma desta “ScoTalks”, Cristiana Maia salientou que 2020 e 2021 “foram anos muito desafiantes”, que trouxeram problemáticas e desafios com os quais os operadores não contavam. Nesse sentido, “vão mudar a forma” como o setor vai desenvolver-se. Claramente, o transporte vai enfrentar desafios. E complicados.
“O transporte evoluiu muitos nos últimos anos em termos tecnológicos. Claramente, fazer um transporte já é muito mais do que ‘fazer’ um camião e transportá-lo até ao cliente.” Palavras da administradora da Transmaia.
Que não hesitou em dizer que o setor do transporte rodoviário sofreu “impactos consideráveis”. Desde logo pela questão do aumento dos custos dos combustíveis, mas também pelas infraestruturas, das portagens, da necessidade de retirarmos os camiões das principais vias de acesso às cidades. “São grandes desafios que se colocam”. Ou seja, o transporte rodoviário enfrenta futuro com grandes desafios.
“Pressão inflacionista prejudica” – Joaquim Tavares
O diretor financeiro da Transportes Álvaro Figueiredo deixou claro que a pressão inflacionista em todos os componentes do custo do transporte rodoviário tem sido uma das maiores dificuldades.
Para Joaquim Tavares, “as matérias-primas, a energia e os custos de combustíveis, que estão a níveis históricos são complicados. Só no mês de janeiro houve um aumento de quase 10 cêntimos [por litro, no gasóleo]. E não há grandes alternativas porque a eletricidade e o gás também estão caros. Associado a isto, temos outros custos: os equipamentos estão a subir 15% a 20%, pneus também… Portanto, estamos num contexto muito difícil, dado que as empresas de transportes são as primeiras a receber esses impactos”. Lá está, o transporte rodoviário enfrenta desafios complicados.
Sustenta, também, que “há uma necessidade cada vez maior de transporte rodoviário. até porque as pessoas compram a toda a hora produtos oriundos de várias regiões do mundo”.
Ora, para dar resposta a esse desafio, explica, “o setor tem de ser mais eficiente, adquirir tecnologias que lhe permita gerir bem o negócio. Por exemplo, ter equipamentos [camiões] seguros e eficientes em termos de consumo de energia. Além disso, a peça fundamental que é o elemento humano, não só quem está na gestão de operações e da empresa, mas também quem está no camião”.
Transporte rodoviário enfrenta desafios
Contratação de mão de obra é um desses desafios. Diz Cristina Maia que “o motorista tem de estar apto a trabalhar com tecnologias, a dar uma boa resposta aos clientes, ser a imagem da empresa. Ou seja, os motoristas, tal como o bom estado das viaturas, são a primeira imagem das empresas de transporte rodoviário”.
Nesse sentido, Joaquim Tavares concorda. Outro desafio que o transporte rodoviário enfrenta é a falta de informação e divulgação, ausência de “soft skills” e um processo de recuo. Em outras palavras, o processo dá-se quando um motorista inicia carreira com plena disponibilidade, forma família e depois deseja recuar para uma vida mais sedentária.
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Depois, há que quebrar barreiras e contratar mais mulheres. E Cristina Maia lembra que este é um enorme desafio que o transporte rodoviário enfrenta.
“Pelas características dos camiões, cada vez há menos diferença entre ser um homem ou uma mulher a conduzir. É tudo uma questão de as pessoas quererem abraçar esse desafio? Por que não? Porque sim. E a Transmaia orgulha-se de ter várias senhoras motoristas. A empresa tem que se adaptar, também, àquilo que é a vida do motorista”.
Do mesmo modo, Ivo Pedro destacou o facto dos modelos da Mercedes “em muitos cenários de condução basta colocar o ‘cruise control’ a 90 km/h e o próprio veículo ‘sabe’ que daí a 1 km há uma subida e faz a melhor gestão possível da circulação. No que as marcas não podem fazer muito” é no acesso à atividade e que vai muito além da carta de pesados, obrigando a ter outras formações e licenças”. O que facilita de forma clara as dificuldades que o transporte rodoviário enfrenta.