Desconfiando da mobilidade 100% elétrica, os japoneses não desistem dos motores de combustão interna. A Subaru testou combustível sintético utilizando a melhor câmara de testes: a competição! Para isso pegou num BRZ (o”irmão” do GR86 da Toyota) preparado para a competição e alimenta-o com combustível sintético. Neste caso, um combustível neutro em carbono.
A Subaru testou este combustível onde a exigência é maior, a competição. Os japoneses têm sido os principais defensores desta solução. Contudo, na Europa, o grupo VW também tem estado a trabalhar neste tipo de combustível, nomeadamente a Lamborghini e a Porsche.
Subaru testou… nas corridas
Assim sendo, a Subaru inscreveu um BRZ no campeonato “Super Taikyu Series 2022” disputado no Japão.
Colocado em pista pela equipa DAS Engineering, o Subaru BRZ CNF Concept foi desenvolvido por um grupo superior a 100 engenheiros. Além disso, o motor foi alterado para se compatibilizar com o combustível.
Nesse sentido, o carro está pintado de branco. Depois de azul, simbolizando a paixão dos engenheiros da Subaru. E verde que destaca a neutralidade carbónica do combustível.
À primeira vista não se percebe como é que o combustível pode ser neutro em carbono. Porém, sabe-se que este combustível é feito com biomassa, hidrogénio e dióxido de carbono. Para ser usado na competição, o combustível não é totalmente carbono neutro. Todavia, numa utilização comercial é porque os seus ingredientes podem ser obtidos de energias renováveis. Para além disso a produção e transporte também pode ser feita com zero emissões.
Combustíveis sintéticos podem ser alternativa?
Seja como for, o novo combustível está homologado pelo JIS (Japanese Industrial Standards) exibindo valores de CO2 próximo do zero. Algo que iguala aquilo que a Toyota tem vindo a fazer com um veículo experimental que utiliza hidrogénio.
Em outras palavras, estes combustíveis sintéticos podem ser uma solução para permitir que os motores de combustão interna possam continuar a ser desenvolvidos. Nesse sentido, poderiam ajudar, e muito, a manter a neutralidade carbónica.