Fomos surfar em modo 100% elétrico a bordo do novo Mercedes-Benz EQE

O dia prometia. Ao volante do novo Mercedes EQE, fomos até à Nazaré para apanhar umas ondas mas sempre em modo 100% elétrico!

A Mercedes-Benz convidou-nos para ir surfar as ondas da Nazaré, durante um dia que prometia girar em torno da sustentabilidade. Contudo, o convite tinha água no bico. Até chegarmos junto das pranchas elétricas com que íamos passar a tarde, teríamos a oportunidade de experimentar, em primeira mão, outro veículo elétrico. Neste caso, o mais recente membro a juntar-se à gama de elétricos da Mercedes-EQ, o Mercedes-Benz EQE.

Mas não era tudo… para percorrer o trajeto entre Lisboa e a Nazaré foi-nos ainda colocado um desafio. Apesar de estarmos perante um elétrico com autonomia anunciada para 654 km através da sua bateria de 90 kWh, teríamos que o fazer com o menor consumo possível. Isto claro, cumprindo o horário estabelecido.

Depois do EQA, EQB, EQC e EQS… eis que chega o EQE da Mercedes-EQ.

O Mercedes EQE destaca-se pela autonomia e conectividade avançada, sendo rival do Tesla Model S e Audi A6 e-tron. Tudo o que já sabemos aqui.

Ler mais

Desafio simples!

Tudo parecia fácil! E na verdade era, para quem percorreu os mais de 700 km da Estrada Nacional 2 com o EQS e apenas uma carga, é caso para dizer que “estava no papo”! Não contávamos era com uma “pequena” batota por parte de outra equipa!

Terminamos com uma média de 12,6 kWh, face aos 12,5 kWh de outra equipa que, saindo 20 minutos mais cedo, conseguiu chegar 10 minutos mais tarde. Isto sem que tivéssemos passado por eles ao longo do percurso previamente estabelecido.

Contudo, o importante a reter, são os valores possíveis de alcançar. E, neste caso, os consumos semelhantes de ambos só provam que tal é possível. Assim, para este Mercedes-Benz EQE 350+ e com algum controlo, podemos prever uma autonomia até superior à anunciada. Ou seja, é possível percorrer entre os 700 e os 800 km com uma carga neste novo membro da família Mercedes-EQ.

A contribuir para estes bons valores está, uma vez mais, a aerodinâmica de referência e que contribui para o silêncio que se sente a bordo. Isto, juntamente com uma boa regeneração que pode ser gerida através das patilhas no volante em três níveis (para além de um modo automático). Depois, ao longo do trajeto pudemos ir explorando algumas das tecnologias presentes como o head up display muito completo, o painel de instrumentos com 12,3” em LED Matrix, e o display central com 12,8” em OLED com resposta háptica. Isto para não falar do conforto de excelência. Não apenas por culpa dos bons e envolventes bancos, mas também pela excelente afinação da suspensão.

Mercedes EQE com imagem inconfundível

Seja exteriormente, seja no interior, o Mercedes-Benz EQE assume-se como um mini-EQS. Aliás, o modelo usa precisamente a mesma plataforma dedicada para veículos 100% elétricos denominada de EVA2. O novo modelo é em tudo semelhante ao topo de gama, mas com dimensões exteriores de 4,95m de comprimento, 1,96 de largura e 1,51 de altura. No interior as dimensões excedem as do atual Classe E, com mais 27 mm de espaço para os ombros no compartimento dianteiro, e mais 80 mm de comprimento do interior do habitáculo.

Na frente, afunilada, destaque para os faróis esguios com tecnologia digital e uma espécie de grelha entre estes que pode ter um padrão com a estrela da marca. Na lateral, e uma vez mais como encontramos no Mercedes EQS, temos puxadores retráteis que mais uma vez ajudam na aerodinâmica. Atrás, os grupos óticos em LED assumem um desenho em forma de hélice tridimensional e são unidos por um feixe de LED.

Se no interior espaço é coisa que não falta, na bagageira são “apenas” 430 litros de capacidade.

Equipamento opcional

Da lista de equipamento opcional do novo Mercedes-Benz EQE faz parte a suspensão pneumática AIRMATIC com sistema de amortecimento adaptativo, e o eixo traseiro direcional. Com este, o ângulo da direção no eixo traseiro pode atingir dez graus, e o diâmetro de viragem é reduzido de 12,5 metros para 10,7 metros.

Outro opcional relevante é o carregador AC de 22kW. Com ele é possível reduzir o tempo de carregamento de oito horas a 11 kW, para metade. Já a velocidade máxima de carregamento em DC fica-se nos 170 kW.

Por fim, mas não menos interessante é a possibilidade de também no Mercedes EQE contarmos com o novo HyperScreen da marca que passa a oferecer uma experiência de cockpit bem mais interessante com três ecrãs integrados na mesma moldura. Dois de 12,3″ nas extremidades para o condutor e passageiro, e outro de 17,7″ ao centro.

Contudo, não é de por de lado a possibilidade de equipar o EQE com o sistema de som surround Burmester®.

Gama EQE disponível com preço a partir de 73 800€

Para já, o novo 100% elétrico da Mercedes-EQ chega ao mercado em duas versões. O Mercedes-Benz EQE EQE 350+ com 292 cv e 565 Nm de binário disponível a partir de 73 800€, e o Mercedes-AMG EQE 43 4MATIC com 476 cv e 858 Nm de binário e uma autonomia anunciada de 533 km com preço a começar nos 105 650€. Ambos com bateria de 90 kWh. O primeiro cumpre o sprint dos 0-100 km/h em 6,4s e o segundo em 4,2s, ambos com uma velocidade máxima limitada a 210 km/h.

Entretanto deverão chegar ao mercado também as versões EQE 350, EQE 500 4MATIC e Mercedes-AMG EQE 53 4MATIC+, para as quais ainda não são conhecidos os preços.

E o surf na Nazaré?

Bom, quanto à experiência dentro de água, isso dava outro artigo. O importante é referir que, através do Mercedes-EQ Lounge situado no porto de abrigo da Nazaré, a Mercedes-Benz proporciona experiências dentro de água com profissionais como Garret McNamara e outros, que são verdadeiramente únicas e imperdíveis. No meu caso, tive a oportunidade de experimentar uma prancha de surf elétrica que garante diversão mesmo longe das ondas, e uma de Foil. Esta última, que permite “voar” sobre a água, é uma experiência que recomendo a qualquer um! Eu já quero repetir!

Se ficaste pelo menos curioso em saber mais, acede aqui e atreve-te! Acredita, não te vais arrepender.

No regresso a Lisboa não havia qualquer desafio pela frente pelo que o percurso foi feito na sua totalidade por auto-estrada e sem preocupações, terminando com uma média de 18 kWh/100 km. Nada mau!