Como devem calcular todas as semanas conduzimos as mais recentes novidades do mercado automóvel. A semana passada estivemos em Barcelona para conduzir o novo Nissan Juke híbrido, na semana anterior tínhamos conduzido os novos Jeep Renegade e Compass híbridos pelo Alentejo, e na anterior estivemos ao volante do renovado Skoda Fabia pelas ruas de Lisboa. Pelo meio ainda conduzimos, durante quatro dias, o primeiro SUV chinês a chegar ao mercado nacional, o Aiways U5.
Bem, na verdade às vezes quase não somos nós que conduzimos, são as próprias novidades que nos conduzem a nós. Entre sistemas que travam sozinhos, que não nos deixam mudar de faixa virando o volante para o lado oposto ou apitos constantes por tudo e por nada…
“Pii pii”, “beep beep”, “trrr trrr…” – Deixem-me conduzir!
Os carros modernos nem sempre nos deixam conduzir. Os sistemas de alerta são demasiado irritantes e intrusivos. Desligá-los é a melhor opção?
Mas porquê um Clássico?
Este é, aliás, um dos motivos pelos quais procuramos um clássico! Queremos ser nós a conduzir! Sem ajudas ou eletrónicas. Nada de avisos por isto e por aquilo. Sem luzes automáticas ou travagens de emergência desnecessárias e mais… desculpem-me os ambientalistas, com o cheiro das octanas que fica impregnado na roupa depois daquela voltinha matinal ao fim de semana! O Clube Escape Livre tem mais de 30 anos e, portanto, os carros que conduzíamos nos anos 80 são já hoje carros clássicos.
Os carros elétricos até podem ser o futuro, e aliás acredito que um futuro mais verde, mas as sensações que se vivem ao volante de um clássico são outras! Podem até ser menos intensas, mas são muito mais analógicas, o que para quem gosta de automóveis, é tudo!
Para além disto como sabem todos os anos o Clube Escape Livre realiza mais do que um evento destinado a automóveis clássicos, o Termas Centro Classic Cars e o Classic Cars Tour. Pois bem, mais um excelente pretexto. Queremos um clássico para poder participar nestes eventos.
E que clássico?
Ainda não temos definido nenhum modelo em particular, mas temos naturalmente alguns requisitos que têm de ser cumpridos. Queremos um carro clássico, não queremos um carro “velho”. Ou seja, queremos um carro que nos dê o máximo prazer de condução, que tenha alguma história na sua origem, que nos permita ir onde quer que seja com ele sem limitações de maior ao nível de velocidade, fiabilidade, etc.
Se quisermos ir à Guarda ou ao Algarve, não queremos ter que tirar uma semana de férias para o fazer! Do you know what I mean? Quem sabe até fazer a Estrada Nacional 2, ou dar a volta a Portugal. De clássico? E porque não? Sabemos bem que o cheiro a gasolina, a possível ausência de ar condicionado, o eventual pouco espaço para bagagens ou até a casual falta de conforto fazem parte da experiência. Aliás, é esse mesmo o encanto dos clássicos, para além dos que já referi sobre a condução. E claro, é o melhor meio de transporte para ir anualmente ao Festival do Caramulo. Este ano queremos estar lá!
E claro que, não sendo a prioridade, se conseguirmos um automóvel com um valor seguro, tanto melhor. Não precisa de ser, como se lê em 50% dos anúncios nos portais de automóveis, um carro com “elevado potencial de valorização”. Contudo, não queremos comprar gato por lebre!
De que ano?
Apesar de hoje, 22 de junho, se comemorar o Dia Mundial do Carocha, um automóvel que ficará para sempre na história pela sua fiabilidade e acessibilidade, pretendemos um carro clássico mais recente.
Procuramos um clássico dos anos 80, porquê? É suficientemente clássico para usufruir desse mesmo estatuto, mas tem uma mecânica mais fiável e menos limitada. Para além disso, como referi anteriormente, apesar da primeira emissão do Programa Escape Livre ter ido para o ar em 1973, foi já nos anos 80 que foi oficialmente fundado o Clube Escape Livre.
De que marca?
Diz-se que os italianos têm as suas manias, mas nesta questão temos os horizontes abertos. Italiano, alemão, francês ou até inglês. Os modelos na imagem são apenas alguns exemplos! O importante é que seja capaz de nos transmitir todas as sensações de um clássico mas claro, com fiabilidade qb.
E por falar em fiabilidade…
Dakar Classic. Do Porsche 911 ao Peugeot 205, passando pelo Lada Niva!
Foram um dos grandes atrativos deste ano no Rally Dakar. As máquinas de outrora no Dakar Classic, fizeram sucesso por terras sauditas.
Em que estado?
Acima de tudo queremos um carro pronto a circular, e não comprar um carro para estar parado meses em fase de restauro ou recuperação. Pode, no entanto, precisar de alguns mimos que, estando nós por dentro do meio automóvel, trataremos de lhos dar. Como por exemplo? Substituição de alguma peça, reparação de jantes, substituição de pneus, correção de pintura, reparação de capota, revisão geral… Isto são o tipo de coisas que podemos fazer. Não queremos, no entanto, reparações e intervenções mais complicadas e d€moradas, se é que me faço entender…
Ou seja, recapitulando:
- Clássico dos anos 80;
- Modelo com história;
- Motor capaz de velocidades cruzeiro aceitáveis (120 km/h);
- Preferência por unidade nacional;
- Possivelmente cabrio;
- Em circulação (com inspeção válida);
Por fim, naturalmente que o mais difícil ainda, é conseguir tudo isto com um orçamento limitado. De quanto? Não temos um valor propriamente estipulado, mas nada muito acima dos 30 mil euros. Idealmente algo entre os 10 e os 20 mil euros!
Uma coisa é certa! Esteja ele em que estado estiver, depois de uns meses nas nossas mãos queremos que fique em estado de excelência. Somos exigentes e por isso, seja ele qual for, vai ficar em estado irrepreensível, e tu podes acompanhar tudo.
Queremos ajuda!
Precisamos de ajuda! Seja ele qual for, tu podes participar em todos os passos. Da aquisição, passando por todos os trabalhos que tivermos que fazer, todas as peças que tivermos que adquirir, até o conseguirmos ter no melhor estado possível e claro, participar com ele nos dois nossos eventos de clássicos do próximo ano.
Se tens alguma ideia, sugestão, ou se apenas queres partilhar connosco o teu clássico, vai ao nosso Instagram na publicação que vês em baixo e diz-nos qual era a tua opção, e porquê!
Se acabarmos por adquirir o clássico que tu escolheres (marca e modelo) vamos ter um prémio para ti! Aceitas o desafio? Vamos a isso?