Aqui está a renovada “pick up” da Volkswagen, modelo que seduziu mais de 830 mil clientes ao longo da sua vida que terminou em 2020. A nova Volkswagen Amarok está diferente e acaba de ser apresentada. O principal motivo dessa diferença é o facto de agora ter como base a Ford Ranger, líder europeu no segmento das “pick-up”. Contrariamente ao que fizeram Mercedes-Benz e Renault, que acabaram com as vendas das suas versões da Nissan Navara, a VW entende que há, ainda, mercado para este tipo de veículo. Mas para não despender demasiados recursos, deu a mão à Ford e o resultado é este.
O Volkswagen Amarok foi, quando surgiu no já distante ano de 2010, uma pedrada no charco. Como referimos, mais de 830 mil clientes entenderam escolher o modelo alemão face aos rivais. E apesar de ter terminado, na Europa, a sua vida em 2020, a Amarok está de regresso.
Curiosamente, já não é produzida na Alemanha, mas sim na África do Sul em Silverton, lado a lado com a Ford Ranger. Uma parceria que, à partida, vai oferecer uma “pick up” com as características e um ADN de vencedor.
O mercado das “pick-up” está em declínio acentuado. Nós explicamos porquê!
Depois do “boom” das pick-up em toda a Europa, são vários os construtores que anunciam a extinção dos seus modelos. Afinal, o que se passa?
Nova VW Amarok: grande e robusta!
Com comercialização prevista para o final do ano, a VW Amarok destaca-se, desde logo, por ser maior. São mais 96 mm que levam o modelo para os 5,35 metros. Há mais 17,3 cm na distância entre eixos que passa para 3,27 metros. E o que é mais curioso é que os avanços dianteiro e traseiro são muito curtos para um carro deste segmento. Aposta clara na habitabilidade.
A Volkswagen propõe a Amarok em duas variantes: cabina dupla de quatro portas e cabina simples com duas portas. Acreditamos que em Portugal tenhamos as duas versões até por uma questão fiscal. A não ser que a VW venda entre nós uma versão da Amarok de quatro portas com apenas três lugares, uma vez mais por motivos fiscais. Veremos!
Estas duas ofertas têm implicação na caixa de carga da VW Amarok. A versão com quarto portas tem 1,54 metros de comprimento e 1,24 metros de largura. A variante de duas portas oferece a mesma largura, mas um comprimento de 2,30 metros.
A capacidade de carga pode chegar às 1,2 toneladas. Ou seja, mais 200 kg que a anterior geração, sendo possível instalar um porta-bagagens de tejadilho que suporta até 350 kg. Referir que a capacidade de reboque é de 3500 kg e a passagem a vau subiu dos 50 para os 80 centímetros.
Tração 4Motion e um interior requintado
A nova VW Amarok é oferecida, de série, com a tração integral 4Motion. Porém, tal como com a carroçaria, há duas variantes do sistema. Uma tem tração integral permanente. Outra com sistema mais complexo que oferece a possibilidade de rodar com apenas duas rodas motrizes e a possibilidade de ter redutoras.
Quanto ao interior da VW Amarok, destaque, óbvio, para o enorme ecrã sensível ao toque de 12 polegadas que está na vertical no centro do tabliê e consola central. Sim, faz lembrar os Tesla. Mas todos sabem como a VW anda a “pisar” os calcanhares da casa americana, por isso não espanta este arranjo no interior.
O painel de instrumentos também é totalmente digital, mas a VW não foi tão longe como em outros modelos, mantendo vários botões físicos para controlar determinadas funções. Haverá ecrãs diferentes consoante as versões: a entrada de gama tem um painel de instrumentos de 8 polegadas e um ecrã sensível ao toque de 10 polegadas.
O refinamento vem dos materiais utilizados, pelo desenho sóbrio que nos retira de dentro da “pick up” e do equipamento onde moram 20 ajudas à condução e segurança e até as luzes IQ Light de outros modelos da VW.
Motores para todos os gostos
Serão cinco os motores Diesel propostos pela Volkswagen. A gama arranca com o quatro cilindros 2.0 TDI com versões de 150 e 170 cv. Depois temos uma versão biturbo deste bloco que debita 204 cv. O motor 3.0 V6 TDI será proposto com duas potências: 240 e 250 cv.
Além destes motores a gasóleo, a Volkswagen oferece um motor a gasolina com 300 cv. Sim… é o 2.3 litros Ecoboost da Ford. E também da casa da oval azul vem a caixa automática de 10 velocidades usada na Ranger para os motores mais potentes. As variantes menos potentes contentam-se com caixas manual de 5 e 6 velocidades ou automática de 6.
Mais tarde a SIVA, importador da marca para Portugal, dará mais informações sobre a gama e os preços do modelo para o mercado nacional.