Supercarros vão continuar com motores de combustão para lá de 2035

Os Supercarros vão manter os motores de elevadas performances para lá de 2035 graças à Comissão Europeia. Elétricos estão fora de questão!

Os Supercarros vão manter os seus motores de elevadas performances para lá de 2035. Tudo graças a uma derrogação da lei aprovada pela Comissão Europeia que vai banir os motores de combustão interna em 2035. Diz o articulado que construtores que vendam menos de 10 mil unidades de veículos ligeiros e menos de 22 mil comerciais ligeiros, no Velho Continente, podem negociar objetivos específicos de CO2 durante mais seis anos, ou seja, até 2041. 

Uma negociação implica cedências e esta exceção é feita à medida de Itália. É naquele país que nascem os Ferrari, Lamborghini, Pagani e mais alguns modelos exóticos. Mas é, também, uma ajuda aos britânicos – não fazem parte da União Europeia, mas vendam carros na Europa… – onde nascem os Aston Martin e os McLaren.

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Supercarros continuam até 2041

A Comissão Europeia, apesar das reticências de alguns países, entre eles Portugal e Itália, conseguiu aprovar a lei que impõe 100% de redução de emissões a partir de 2035. Ou seja, conseguiu banir os motores de combustão interna a partir dessa data. Quer isto dizer que a partir de 2035, ou sejam daqui a 13 anos, todos os automóveis e comerciais ligeiros à venda na Europa serão zero emissões.

União Europeia rejeitou reduzir os limites de CO2 até 2035

A União Europeia rejeitou reduzir os limites de CO2 previstos até 2035, trocando isso por uma redução de 100% das emissões de CO2 em 2035.

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Para conseguir este acordo houve cedências e como italianos e outros desejavam adiar esse passo para 2040, a Comissão Europeu “inventou” uma derrogação à lei que permite a todos os construtores que vendam menos de 10 mil unidades/ano e menos de 20 mil unidades/ano de veículos comerciais de negociar objetivos de emissões de CO2 durante mais seis anos. Ou seja, até 2041.

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Vitória para a ESCA. O que é a ESCA?

Esta é uma vitória para a ESCA, a Aliança dos Construtores Europeus de Pequeno Volume, onde estão representadas marcas como a McLaren, Aston Martin, Pagani, Ineos, Bugatti ou Koenigsegg. Curiosamente, Ferrari e Lamborghini, entre outras, não estão na ESCA, preferindo a ACEA.

Esta associação pouco conhecida, com sede em Londres e em Bruxelas, argumentou, desde sempre, que eram necessárias regras especiais para estes construtores porque o ciclo de vida dos seus modelos é maior e porque a sua limitada utilização tem menor impacto em termos de emissões. Além disso, reclama a ESCA, estas marcas possuem recursos limitados.

Ferrari e Lamborghini com modelos híbridos

Curiosamente, ou talvez não, a Lamborghini já tinha anunciado, pela voz do CEO Stephan Winkelmann, que o grupo VW ia in vestir cerca de 2 mil milhões de euros na marca para criar um modelo da casa de Sant’Agata Bolognese totalmente elétrico. A Ferrari também já anunciou planos para a eletrificação e tem previsto para 2025 a revelação do primeiro modelo 100% elétrico.

Porém, a Ferrari tem encontrado dificuldades em reduzir as emissões de CO2 com a eletrificação dos seus modelos. A hibridização trouxe para dentro de casa o maior inimigo dos supercarros e desportivos: o peso! Mas pior que isso é enfrentar a fúria dos clientes que não querem prescindir dos motores V8 e V12 que são a marca da Ferrari.

Até porque como já confessaram elementos ligados à gestão de Ferrari e McLaren, os modelos híbridos que lançaram são um sucesso, mas dificilmente reduzirão as emissões porque os utilizadores não querem saber de recarregar as baterias. Ainda por cima porque tanto os Ferrari como os Mclaren híbridos têm baterias pequenas e uma autonomia 100% elétrica muito curta.

Supercarros elétricos… não fazem sentido!

Esta possibilidade incluída na lei da União Europeia é um paliativo, mas não resolve o problema de fundo. Forçar os Supercarros a serem veículos elétricos faz tanto sentido como vender gelo a esquimós. Colocar uma bateria enorme e de peso avultado num carro cuja expressão máxima é a performance, faz pouco sentido. Vai estragar o objetivo do modelo, porque a poluição na produção de baterias capazes de oferecer o desempenho e a autonomia exigida será enorme. Finalmente, porque estamos a falar de carros que são pouco utilizados na estrada.

Combustíveis sintéticos fazem sentido para os Supercarros?

A ESCA e alguns construtores como a Porsche – não abrangida por esta derrogação – têm feito pressão para a aceitação dos combustíveis sintéticos. Estes são vistos como solução para a redução, efetiva, das emissões poluentes. 

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Ora, a União Europeia concordou em fazer uma profunda investigação sobre os resultados da utilização dos combustíveis sintéticos na redução das emissões. E, também, o papel que podem ter na redução de 100% das emissões em 2035.

Estes combustíveis estão cada vez mais desenvolvidos e sendo feitos a partir de energias renováveis, água, desperdícios e CO2 do ambiente, são ambientalmente neutros. E já existem, também, motores de combustão interna alimentados por hidrogénio.

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Seja como for, a Comissão Europeia deu um prazo até 2026. Para que seja provada a eficácia dos combustíveis sintéticos e a possibilidade de ajudarem a reduzir as emissões de CO2.