O GP do México terminou com mais uma vitória de Max Verstappen, no caso, o 14º sucesso da temporada que acabou por ser recordista. O neerlandês passa a deter o recorde de vitórias numa época – e ainda faltam duas corridas – desempatando com Michael Schumacher (13 vitórias em 18 GP em 2004) e Sebastian Vettel (13 vitórias em 19 GP em 2013). Lewis Hamilton voltou a colocar a Mercedes no pódio, onde não houve lugar para uma Ferrari que já está fora de jogo, na frente de Sergio Perez.
Vitória demasiado fácil
Saindo com pneus macios, o campeão do Mundo de 2022 foi embora dos Mercedes, equipados com pneus médios. A Mercedes acreditou que os macios acabariam cedo, mas isso não aconteceu e o Red Bull de Verstappen fez a primeira e última paragem nas boxes à 26ª volta. Levou um jogo de Pirelli médios até final sem dificuldades de maior e amealhou mais de 15 segundos sobre o segundo classificado. Fácil… está a ser demasiado fácil!
Mercedes enleada na escolha de pneus
A Mercedes teve no México a melhor oportunidade de ganhar uma corrida em 2022. Lewis Hamilton esteve ao seu melhor nível e arriscou levar os pneus médios até a um limite impensável. A ideia da Mercedes era esticar a utilização das borrachas da Pirelli e, depois, apostar nos pneus duros até final.
Como Verstappen provou, a estratégia certa era macios – médios e não médios – duros. Os Pirelli duros não funcionaram na escorregadia pista mexicana e estando sempre do lado errado da estratégia, a inesperada competitividade do Mercedes nunca permitiu que Hamilton, sequer, tivesse oportunidade de incomodar Verstappen.
Ainda assim, Lewis Hamilton fez a sua corrida e viu a bandeira de xadrez no segundo lugar.
George Russell voltou a ser batido por Hamilton e por… Sergio Perez. Os adeptos e alguns especialistas prognosticaram a vitória de Perez com uma ajuda de Verstappen. Naturalmente nada disso aconteceu – como se percebeu, Verstappen estava a borrifar-se para o facto de estar no México e ter um colega de equipa mexicano – e o piloto da Red Bull acabou no terceiro lugar.
Na primeira curva apanhou Russell, mas um episódio nas boxes colocou em perigo o último degrau do pódio. Uma roda recalcitrante durante a paragem nas boxes à volta 24 deu a oportunidade a George Russell de o passar. Mas o piloto da Mercedes decalcou a estratégia de Hamilton e esteve demasiado tempo em pista com os pneus macios. Como os duros não funcionaram, Perez selou o terceiro posto no “seu” Grande Prémio, não tendo possibilidades de aproveitar o erro estratégico da Mercedes e subir ao segundo lugar.
A Mercedes ainda ofereceu o ponto para a volta mais rápida a George Russell ao fazê-lo parar para um jogo de pneus macios. O que o britânico fez, mitigando o seu desalento no final da prova.
Ferrari ausente da luta pelo pódio
Fraca qualificação… péssima corrida… estratégia certa! A Ferrari, decididamente, não acerta uma! Desta feita os comandados de Mattia Binotto acertaram na estratégia, mas o Ferrari, simplesmente, não tinha andamento para Red Bull e Mercedes. Resultado? Quinto (Sainz) e sexto (Leclerc) lugares a quase um minuto de Max Verstappen. Um fim de semana para esquecer!
Daniel Ricciardo em grande no GP do México
O australiano andava desaparecido e depois de saber que tinha sido apeado por Zak Brown e ter confessado que não tinha volante para 2023, ganhou nova vida.
Com um McLaren que não dava para muito mais, Daniel Ricciardo deu nas vistas ao terminar no sétimo lugar, mesmo depois de ser penalizado com 10 segundos por causar uma colisão.
Tudo aconteceu no duelo com Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) mais musculado por parte do australiano e que acabou com um toque que levou para fora de pista e da corrida o japonês. Sempre zelosos, os comissários desportivos decidiram aplicar 10 segundos de penalização a Ricciardo.
O piloto da McLaren colocou a faca nos dentes e com pneus macios passou por Valtteri Bottas e pelos dois Alpine Renault, reclamando o sétimo posto. Esta classificação e o nono lugar de Lando Norris, conjugado com o abandono de Fernando Alonso e o oitavo lugar de Esteban Ocon, permitiram à equipa de Zak Brown ganhar quatro pontos à Alpine.
Depois de ter conquistado o sexto posto da grelha de partida, Bottas deveria ter ficado bem mais à frente que o 10º lugar final do finlandês da Alfa Romeo.
Desta feita não houve pontos para a Aston Martin, Haas e Williams, com Zhou Guanyu a ficar, apenas, no 13º lugar final, numa prova com apenas dois abandonos.
Classificação final do GP do México
- Max Verstappen (Red Bull RBPT), 71 voltas em 1h38m36,729s;
- Lewis Hamilton (Mercedes), a 15,186s;
- Sergio Perez (Red Bull RBPT), a 18,097s;
- George Russell (Mercedes), a 49,431s
- Carlos Sainz (Ferrari), a 58,123s;
- Charles Leclerc (Ferrari), 1m08,774s;
- Daniel Ricciardo (McLaren-Mercedes), a 1 volta;
- Esteban Ocon (Alpine Renault), a 1 volta;
- Lando Norris (McLaren Mercedes), a 1 volta;
- Valtteri Bottas (Alfa Romeo Ferrari), a 1 volta; Classificados 18 pilotos.
Campeonato do Mundo de Fórmula 1 – Pilotos
- Max Verstappen, 416 pontos;
- Sergio Perez, 280 pts;
- Charles Leclerc, 275 pts;
- George Russell, 231 pts;
- Lewis Hamilton, 216 pts;
- Carlos Sainz, 212 pts;
- Lando Norris, 111 pts;
- Esteban Ocon, 82 pts;
- Fernando Alonso, 71 pts;
- Valtteri Bottas, 47 pts; Classificados 22 pilotos
Campeonato do Mundo de Fórmula 1 – Construtores
- Red Bull Racing, 696 pontos;
- Ferrari, 487 pts;
- Mercedes, 447 pts;
- Alpine Renault, 153 pts;
- McLaren Mercedes, 146 pts;
- Alfa Romeo Ferrari, 53 pts;
- Aston Martin Mercedes, 49 pts;
- Haas Ferrari, 36 pts;
- AlphaTauri RBPT, 35 pts;
- Williams Mercedes, 8 pts.