Porsche reconhece que o combustível sintético é… muito caro!

A Porsche reconhece que a gasolina sintética é muito cara e que sem a ajuda dos Governos, será difícil vê-la fora da competição automóvel.

A Porsche reconhece que os combustíveis sintéticos, nomeadamente a gasolina, são muito caros e que sem a ajuda dos Governos, será difícil vê-los fora da competição automóvel. Isto diz a marca que mais apostou nesta via e que está a fazer uma fábrica de combustíveis sintéticos no Chile. Ou seja, a teimosia em rejeitar o hidrogénio pode acabar por rebentar na cara do grupo VW que tem nesta via uma das suas apostas para oferecer à mobilidade 100% elétrica uma oportunidade aos motores de combustão interna.

A Porsche reconhece que a gasolina sintética não será, para já, a resposta aos que rejeitam a eletricidade. A casa alemã, que investiu pesadamente nesta via e está a construir uma fábrica no Chile de gasolina sintética, admite que o preço poderá afastar o combustível das ruas. Por outro lado, a Porsche já admitiu, também, que mais de 80% do volume de vendas da sua gama será com modelos 100% elétricos.

PORSCHE CHILE E FUELS

Porsche e os combustíveis sintéticos

Para já, o preço ronda os 10 euros por litro e, claro, esse valor está muito longe de poder ser competitivo. Nas pistas, onde a Porsche o vai usar nas suas participações, as coisas são diferentes. Ainda por cima, os volumes de produção são absolutamente marginais. A Porsche espera que a sua fábrica no Chile chegue aos 550 milhões de litros em 2027.

Porém, há mais algumas marcas que pretendem seguir esta via – enquanto a Toyota, por exemplo, quer alimentar os motores de combustão interna com hidrogénio – porque este combustível feito pela HIF Global tem particularidades interessantes.

Só para se perceber a exiguidade desta produção, em Portugal foram gastos, por dia, 3,5 milhões de litros de gasolina!

Com a colaboração da Siemens Energy, turbinas eólicas capturam o CO2 do ar que é, depois, utilizado com hidrogénio para fabricar o combustível sintético que oferece uma enorme vantagem face aos combustíveis fósseis. As emissões de CO2 são residuais e com um bom sistema de captura de partículas, essas também são reduzidas.

Ou seja, ao invés de recorrer a reservas de combustíveis fósseis, recorre-se a energias alternativas. Utilizando vento, sol ou outra forma de energia renovável pode ser possível criar um combustível com as mesmas capacidades energéticas que as do combustível feito a partir do petróleo.

Veremos se o projeto consegue entusiasmar os Governos a investir nestes combustíveis – há petrolíferas que estão apostadas em seguir este caminho – e a permitir que, no futuro, tenhamos automóveis alimentados por motores de combustão com motores sintéticos.