A Stellantis vai cortar até 2 mil postos de trabalho em Itália, mas a maioria serão de funcionários que não estão ligados, diretamente, à produção e que vão receber diversos benefícios. Muitos serão pré-reformados e os mais velhos vão receber o equivalente ao salário de dois anos. A transição para a mobilidade elétrica começa a cobrar a fatura e esta é, apenas, a ponta do iceberg.
A Stellantis vai cortar até 2 mil postos de trabalho em Itália, mas tentará fazer tudo de forma o menos penalizador possível. Serão afetados colaboradores de áreas não diretamente ligadas á produção. Esta redução acordada com os sindicatos transalpinos significa uma diminuição de 4,3% na força de trabalho em Itália da Stellantis.
Esta situação vem colar-se ao anúncio da Ford Motor Europe do corte de 3800 postos de trabalho na área do desenvolvimento e na produção. O argumento? O desenvolvimento será feito nos EUA e para fabricar modelos elétricos são precisas menos pessoas.
Mas vão começar a surgir mais notícias de despedimentos devido á transição para a mobilidade elétrica, uma hemorragia que levará algum tempo a estancar.
Plano inclui ainda a desativação de uma fábrica
Por outro lado, a Stellantis já avisou que vai desativar uma fábrica de produção da Jeep no Illinois, Estados Unidos da América. “O custo da eletrificação vai ter um impacto forte na forma dos negócios que vamos ter em todo o mundo” disse de forma clara Carlos Tavares. E não é segredo que a Stellantis está em negociações com o Governo italiano sobre o futuro da indústria automóvel daquele país e estudar formas de aumentar as vendas de modelos 100% elétricos.
Paralelamente, num sinal positivo, o grupo formado pela PSA e pela FCA, vai aumentar a produção na veterana fábrica de Melfi, no sul de Itália, com o foco em veículos elétricos e híbridos. E permanece de pé o plano para localizar uma fábrica de baterias em Termoli com início de produção em 2026. E também continua nos planos da Stellantis transformar a fábrica de Turim num HUB elétrico.
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