O Mercado Nacional de viaturas novas cresceu, face a igual mês de 2022, impressionantes 60,1%. Porém, na comparação com o ano de 2019, antes da pandemia, há uma recuperação, mas o défice é, ainda, de 13,9%. Contas feitas, em março, foram matriculados em Portugal 21 472 veículos de passageiros (mais 60,1%), 2429 unidades de comerciais ligeiros (mais 3,6%) e 689 pesados, um crescimento de 34,8%. Tudo junto saldou-se por 24 590 veículos, um crescimento de 51,2%.
O Mercado Nacional de viaturas novas cresceu em março face a 2022, mas mantém o défice face aos tempos antes da pandemia. Olhando ao acumulado do primeiro trimestre de 2023, foram matriculados em Portugal 52.191 ligeiros de passageiros, crescimento de 49,6% face a período homologo de 2022, os ligeiros de mercadorias avançaram 3,2% para 6651 unidades, e os pesados tiveram uma evolução positiva de 28,4% para 1721 veículos.
Quer isto dizer que no primeiro trimestre de 2023 foram matriculados 60 563 veículos (todos juntos) um crescimento de 41,9%. Mantendo esta trajetória, o ano de 2023 poderá ultrapassar as 240 mil unidades.
Energias alternativas avançam
Olhando ao acumulado dos três primeiros meses, as energias alternativas já respondem por 47,2% do mercado. Claro que desmontando este número percebemos que a liderança neste grupo é dos modelos híbridos com 16,5% das vendas, seguido de muito perto pelos modelos 100% elétricos com 16,1% e os híbridos Plug-In com 10,5% das vendas. Outras energias, como o GPL, valem 4% do mercado português.
Quer isto dizer que os modelos 100% elétricos – ou BEV, Battery Electric Vehicles – ligeiros de passageiros encontraram 8403 compradores nestes três primeiros meses de 2023, com o Tesla Model Y a ser em março o modelo mais vendido.
Por outro lado, os motores a gasolina respondem por 37,8% do mercado e o gasóleo vai a caminho do estado residual com apenas 15% das vendas.
Peugeot lidera entre os ligeiros…
A Peugeot continua a liderar no segmento dos ligeiros de passageiros, com um mês de março fortíssimo onde viu as suas vendas subir 93,7% para 2534 unidades. A variação no trimestre é positiva 36% num total de 6110 veículos matriculados.
A Renault segue na segunda posição com um aumento em março de 79,9% para 1450 unidades, o que permite acumular em três meses de vendas 3848 veículos, mais 77,4% que em 2022. A quota de mercado é de 7,37 por cento, distante dos 11,71% da Peugeot.
O pódio é fechado pela Mercedes-Benz que matriculou 1427 unidades (mais 47,7%) com um acumulado no trimestre de 3483 unidades, mais 32,5% e uma quota de mercado de 6,67%.
Paralelamente, o Top 5 fecha-se com a BMW (1363 unidades vendidas, mais 51,3%) e a Volkswagen com um crescimento de 174,2% para 1607 unidades. A BMW vendeu em três meses 3442 veículos (6,6% de quota de mercado) e a VW, 3273 veículos (quota de 6,27%). Registe-se que a VW teve o maior crescimento entre as cinco marcas mais vendidas com 102,8%.
Mercado Nacional em recuperação com crescimento de 30,4%
O Mercado Nacional em recuperação já cresceu 36,2% nos dois primeiros meses de 2023 face a 2022. Em fevereiro venderam-se 16.080 unidades.
Nem todos os construtores registaram subidas
Registar que apenas a Hyundai (menos 30,9% para 511 unidades), a Mitsubishi (menos 17,5% para 188 veículos), a DS (menos 6% para 142 automóveis), a Honda (menos 70,1% para 26 carros) e a Smart (menos 51,2% para 20 unidades) conheceram resultados negativos.
No acumulado do primeiro trimestre, a Mini acumula 10,1% de recuo face a igual período de 2022 (490 carros matriculados em 2023), a Mitsubishi perde 26,7% (340 unidades) e a Honda, que recua 40,6% para apenas 104 veículos vendidos em três meses, são as marcas com resultado negativo após os primeiros três meses de 2023.
Por outro lado, destaque para a Mazda que, em três meses, cresceu 216,7% para 475 unidades, a chinesa MG que vendeu 246 carros, mais 645,5% e a Alfa Romeo que, ao vender 130 carros este ano cresceu 400%. A Suzuki também cresceu bastante (226,9%) para 85 carros (em março vendeu 45 unidades, mais 542,9%) e a Aiways, apenas com o modelo U5, está a fazer o seu caminho e vendeu 24 veículos em três meses, mais 1100%.
… e nos comerciais também lidera a Peugeot
A casa de Sochaux está na frente no que toca às vendas do Mercado Nacional de viaturas comercias com 418 unidades vendidas em março e 1392 no primeiro trimestre. Ou seja, recuo de 11,3% em março, recuo no acumulado de 1,3%.
Logo de seguida está a Citroën com um crescimento de 20,1% em março (275 unidades) e 16,3% no acumulado para 930 veículos comercializados. Num pódio totalmente Stellantis, a Opel matriculou 309 comerciais em março, acumulando 705 no trimestre, ou seja, ganhou 59,3% em março e 9,3% nos três primeiros meses de 2023.
Refira-se que o quarto lugar também é Stellantis com a Fiat a ficar na frente da Renault. A marca italiana ganhou 176,2% em março (290 unidades) e no acumulado não deixa de impressionar com 137,4% de ganho para 705 veículos. Já a Renault perde 8,8% em março (301 carros) e perde 1,8% no acumulado (690 unidades).
Stellantis escolheu Mangualde para produção de comerciais elétricos
A Stellantis escolheu Mangualde para produzir os comerciais de carga e de passageiros 100% elétricos do grupo a partir de 2025.
Pesados liderados pela Scania e pela Mercedes nos autocarros
Nos pesados de mercadorias, a Scania com um aumento de 175,7% (102 unidades) e 128,7% no acumulado de janeiro a março (295 veículos), lidera na frente da Volvo (116 unidades em março e 276 no acumulado com crescimento de 24,9%) e da Mercedes (108 camiões vendidos o mês passado, 242 no total, um avanço de 43,2%).
Nos autocarros, apesar de um mês de março com 98,4% de perda de vendas (apenas 2 autocarro comercializados) continua a Mercedes na frente com 40 veículos vendidos em três meses (menos 71%). De seguida está a MAN (23 unidades em março, 38 no acumulado, menos 5%) e Iveco com apenas 1 autocarro vendido (menos 75%) e 34 no primeiro trimestre, um crescimento de 240%.