Honda e Aston Martin unem esforços na Fórmula a partir de 2026, data de entrada em vigor da nova regulamentação para a disciplina máxima do desporto motorizado. Será uma parceria em exclusivo que verá o retorno, oficial, da Honda à Fórmula 1. De onde, na realidade, nunca saiu pelo acordo tido com a Red Bull PowerTrains. A equipa chamar-se-á Aston Martim Aramco Honda.
Honda e Aston Martin deram as mãos naquele que é mais um degrau conquistado rumo ao objetivo de Lawrence Stroll de ganhar o Mundial de Fórmula 1.
Para a Honda é o regresso, oficial, à Fórmula 1 fornecendo os motores à Aston Martin de forma exclusiva, oferecendo um enorme impulso à equipa britânica. O investimento de Lawrence Stroll está a dar frutos, já esta temporada, mas acredita-se que com este estatuto de equipa oficial Honda, o salto seja maior.
Honda e Aston Martin com o mesmo objetivo
Recordamos que a Honda se retirou da Fórmula 1 em 2021, de forma oficial, mas mantendo a colaboração e o fornecimento de motores à Red Bull. Uma situação pouco interessante para a equipa de Christian Horner que, rapidamente, colocou pés ao caminho e caiu nos braços da Ford após o mal-amanhado episódio Porsche.
A data de início da parceria é 2026 – altura em que a Ford e a Audi vão, também, entrar na F1 – com o detalhe adicional de entrar em vigor a nova regulamentação de motores com pelo menos 50% de responsabilidade elétrica no desempenho dos carros e a obrigatoriedade de usar combustíveis sustentáveis.
Foi isso mesmo que Toshihiro Mibe, CEO da Honda, referiu lado a lado com Lawrence Stroll. “A chave para vencer será um motor elétrico compacto, leve e de alta potência, com uma bateria de alto desempenho capaz de lidar com uma potência elevada e rápida, bem como a tecnologia de gestão de energia”, acrescentando que “acreditamos que as tecnologias e o know-how adquiridos com este novo desafio podem ser potencialmente aplicados direitamente aos nossos futuros veículos elétricos de produção em massa, como um modelo desportivo elétricos de referência, e às tecnologias de eletrificação em várias áreas”.
Por seu turno, um feliz e sorridente Lawrence Stroll disse que “a parceria com a Honda é a peça final do puzzle para estabelecer a Aston Martin como uma equipa de topo capaz de ganhar títulos mundiais. Precisamos de explorar todas as áreas do nosso pacote tecnológico e agora com uma unidade de potência exclusiva e feita à medida, demos o último passo nessa jornada.”
Lembramos que o multimilionário canadiano, pai de Lance Stroll, investiu fortemente na Aston Martin, tanto na produção automóvel, como na Fórmula 1, lançando uma nova fábrica e contratando a peso de ouro massa cinzenta para a equipa. Conseguiu atrair, ainda, patrocinadores de peso como a Aramco e a Cognizant.
Mudança não afeta carros de estrada da Aston Martin
Contas feitas, teremos como fornecedores de motores a Renault (Alpine), Audi, Ferrari, Ford (Red Bull) e Mercedes-AMG. E como referimos acima, Koji Watanabe, presidente da Honda Racing Corporation, confirmou que não há planos para fornecer outras equipas.
Entretanto, Martin Whitmarsh, o responsável pela divisão de desempenho da Aston Martin, foi célere em dizer que a parceria com a Honda para a Fórmula 1 não teria repercussões na divisão automóvel do construtor britânico.
Pode ser apenas uma declaração para apaziguar os acionistas da empresa, mas a verdade é que a associação das duas coisas foi feita, imediatamente. “A Aston Martin Lagonda é uma empresa pública, um dos seus acionistas é a Mercedes-Benz e uma proporção significativa das suas unidades de potência para os carros de estrada vem da Mercedes-Benz. Estamos puramente focados nas atividades de competição e escolhemos a parceria com a Honda. Estaremos absolutamente concentrados em vencer na Fórmula 1 com a Honda e a Aston Martin Lagonda continuará a desenvolver a sua própria estratégia.“
Lawrence Stroll separou os negócios da Aston Martin, sendo o maior acionista da Aston Martin F1 e da Aston Martin Lagonda, através da sua holding Yew Tree. A Mercedes tem 9,7% na marca britânica e fornece motores á equipa de F1. Até 2026 muita água vai correr debaixo da ponte e, portanto, estas declarações têm prazo de validade. Até 2026…