Red Bull continua domínio na F1 e nas duas jornadas consecutivas do Mundial – Azerbaijão e Miami – os pilotos da equipa de Milton Keynes dividiram as vitórias: Perez ganhou em Baku, Verstappen em Miami. E se a vitória do primeiro ainda teve algum contraditório por parte da Ferrari e da Aston Martin, a do campeão do mundo foi, simplesmente, insolente ao ganhar com enorme vantagem depois de sair do 9º lugar da grelha de partida.
A Red Bull domina a seu belo prazer o Mundial de Fórmula 1 e não há forma de alguém encontrar antídoto para o rolo compressor chamado RB19 que, nas mãos do campeão do Mundo em título e de Sergio Perez, ainda não deixou uma migalha que seja para os adversários.
Red Bull continua domínio: Perez vence em Baku
O traçado do Grande Premio do Azerbaijão é, simplesmente, espetacular com 20 curvas espalhadas por pouco mais de 6 km de pista, misturando a velocidade de Monza (os pilotos chegaram aos 341 km/h) com os ganchos do Mónaco. Uma pista para homens de barba rija!
A Ferrari apareceu renovada em Baku e Charles Leclerc ganhou vida e uma “pole position” para a corrida de domingo. O que não foi passaporte para a vitória, não só pelos Red Bull mais velozes em todo o lado, mas também porque a estatística estava contra: apenas uma vitória vinda da “pole” e em 2016, feito de Nico Rosberg.
E a verdade é que Leclerc não conseguiu evitar mais uma dobradinha da Red Bull, ficando com o degrau mais baixo do pódio, na frente de Fernando Alonso e de Carlos Sainz. Fecharam os lugares dos pontos Lewis Hamilton, Lance Stroll, George Russell, Lando Norris e Yuki Tsunoda.
Red Bull continua domínio: Verstappen ganha em Miami
Se a dobradinha da Red Bull em Baku conheceu algum contraditório por parte da Ferrari, a de Miami mais pareceu um passeio no parque tal a superioridade dos carros da equipa de Christian Horner.
Tudo começou mal para Max Verstappen que, na qualificação, foi prejudicado por um despiste de Charles Leclerc. Uma primeira tentativa falhada e a bandeira vermelha na segunda atiraram-no para o 9º lugar da grelha, com Sergio Perez na “pole position” e Fernando Alonso no segundo lugar.
Começava aqui o festival Red Bull e uma lição de como desenhar uma estratégia de pneus ganhadora. Verstappen saiu com pneus duros para a corrida, enquanto Perez teve de largar de médios para tentar manter atrás de si um empertigado Alonso.
Verstappen perdeu um lugar para Bottas no arranque, mas assim que a poeira assentou, o campeão do mundo foi-se desembaraçando dos pilotos à sua frente e no final da segunda volta já estava nos escapes do Ferrari de Leclerc e do Haas de Kevin Magnussen. Que estavam numa luta fraticida pelo… sexto lugar!
O reboque que os dois deram a Verstappen foi essencial para o recolocar na luta pela vitória. Ultrapassados o Ferrari e o Haas, o campeão do Mundo acercou-se de George Russell e, na oitava volta, passou pelo Mercedes. Mais umas voltas rápidas e Pierre Gasly foi o alvo seguinte, igualmente ultrapassado com a mesma manobra usada para Russell: travagem no limite para o gancho da curva 17.
Ferrari e Mercedes voltam a falhar
Chegado ao 4º lugar com apenas 10 voltas cumpridas, Max Verstappen demorou quatro voltas para apanhar Carlos Sainz que seguia na peugada de Fernando Alonso. Mesmo com DRS, o piloto da Ferrari teve de se inclinar perante o Red Bull na 14º volta, despachando o outro espanhol na volta seguinte.
Contas feitas, foram precisas 15 voltas para Verstappen chegar ao segundo lugar com vista ampla para a vitória por duas razões: Perez queixava-se de um problema num pneu da frente. Os pneus macios começavam a ceder e quando o mexicano parou nas boxes, já o neerlandês estava a pouco mais de 2,2 segundos. Tudo aconteceu na volta 20.
Perez passou para os pneus duros e Verstappen tinha de prolongar a vida dos Pirelli mais um pouco e manter os 18 segundos de vantagem para o seu colega de equipa. Mais fácil dizer que fazer e na volta 32 a diferença tinha caído para 14,98 segundos.
Mera ilusão! Verstappen poupou os pneus e sabendo que tinha 13 voltas até à sua paragem, elevou o ritmo. E de que maneira! Recolocou a diferença em mais de 18 segundos, parou a 12 voltas do fim para colocar pneus macios e perdeu a liderança por meros 1,6 segundos.
Com melhores pneus, a ultrapassagem era inevitável e apesar de Perez ter esboçado defesa contra o ataque de Verstappen, o seu colega de equipa passou-o na primeira curva da 48º volta. Ainda teve tempo para assinar a volta mais rápida e acabar com mais de 5 segundos de vantagem para Perez, com Fernando Alonso a mais de 26 segundos.
George Russell voltou a bater Hamilton graças a uma estratégia semelhante à de Verstappen, beneficiando de uma Ferrari muito abaixo do que fez em Baku. Sainz terminou em 5º, mas Leclerc não conseguiu evitar ser passado por Hamilton que, assim, reclamou o sexto posto na frente do monegasco.
Excelente resultado de conjunto para a Alpine – depois do puxão de orelhas de Laurent Rossi, o CEO da Alpine – com Gasly na frente de Ocon e registo para o ponto conquistado pela Haas com Kevin Magnussen.
A próxima prova do Campeonato do Mundo de Fórmula 1 decorrerá nos dias 19 a 21 de maio. Será o Grande Premio da Emilia Romagna, no traçado de Imola.