O Toyota Prius Plug-In Hybrid acaba de chegar ao mercado nacional, e surpreende por vários motivos. Antes de tudo, pelo estilo que, mantendo o tema futurista, aproveita a linguagem de estilo “hammerhead” para nos oferecer um automóvel sedutor. Paralelamente, oferece um sistema híbrido recarregável de nova geração com mais bateria, mais potência e maior autonomia 100% elétrica. Enfim, tudo mais num automóvel que recebe a segunda geração da plataforma TNGA e revela um salto enorme face à anterior geração. O Escape Livre já experimentou o novo Prius e o veredito final…
O Toyota Prius entrou na quinta geração e longe vão os dias dos primeiros passos titubeantes da hibridização automóvel. A casa japonesa, fiel à sua tradição de inovação tecnológica, arriscou muito com o lançamento do primeiro Prius. Apesar disso, os homens da Toyota tinham razão e aqui está o produto de mais uma geração do automóvel que trouxe para as primeiras páginas dos jornais algo que, hoje, é banal.
Toyota Prius Plug-In Hybrid: o que muda no estilo?
Com o intuito de melhorar, ainda mais, a aerodinâmica, a já tradicional silhueta em cunha modernizou-se de forma, diríamos, espetacular. Por consequência da aplicação da linguagem de estilo “Hammerhead”, o Prius tem uma frente alargada (sorridente) com uma enorme grelha inferior e faróis com óticas OLED.
Por outro lado, o Toyota Prius tem, agora, uma silhueta mais fluída e contínua, com o pico do tejadilho mais recuado e uma superfície vidrada estreita e amendoada. Paralelamente, o Prius ficou com o centro de gravidade mais baixo. As cavas das rodas formam arcos perfeitos a esconder as jantes de 19 polegadas. Com o intuito de proteger as cavas das rodas, surgem aplicações de plástico preto. Um conjunto equilibrado e do melhor efeito.
No mesmo sentido, a traseira surge com um para-choques envolvente com uma larga zona negra que contrasta com uma larga faixa LED tridimensional que alarga a traseira do Prius.
O novo modelo é mais curto, mas mais largo, mais baixo e com maior distância entre eixos. Contas feitas, são 4599 mm de comprimento (menos 46 mm), 1782 mm de largura (mais 22 mm), 1420 mm de altura (menos 50 mm) e 2750 mm de distância entre eixos, ou seja, mais 50 mm. Tudo isto oferece mais espaço para quem viaja atrás, mas a bagageira continua a ser exígua com, apenas, 287 litros.
E o que muda no interior?
Acima de tudo… o desenho! Muito mais simples e “limpo” destaca os dois ecrãs de 7 e 12,3 polegadas. O primeiro está dedicado ao painel de instrumentos. Além disso, está colocado na linha de visão do condutor e de forma que o condutor possa manter os olhos na estrada. O segundo abriga o sistema Toyota Smart Connect + que passa a ser atualizado m.
Por outro lado, o habitáculo oferece amplo espaço e combina diversão de condução com caráter prático numa apresentação interior minimalista. Tanto para o condutor como para os passageiros, o interior é espaçoso e construído com materiais que se revelam elegantes e de qualidade, realçados por elementos de design harmoniosos e que destacam uma sensação dinâmica.
Do mesmo modo, o tabliê flutuante apoia o enorme ecrã central e tem dupla função, em primeiro lugar de segurança, em segundo lugar, de experiência do utilizador. O sistema operativo da Toyota foi otimizado e passa a contar com Apple Car Play e Android Auto sem fios e a tecnologia Toyota T-Mate.
Toyota Safety Sense com atualizações “over the air”
Esta conta com a última geração do Toyota Safety Sense e tem, agora, atualizações via internet. O melhorado sensor de câmara frontal tem o dobro da distância de deteção frontal e uma visão lateral e vertical mais amplas, permitindo detectar mais cedo objetos que estejam próximos, bem como identificar uma gama mais ampla de perigos potenciais, incluindo motocicletas e objetos na estrada. Foram adicionados sensores de radar laterais dianteiros para oferecer apoio aos recursos do Sistema de Segurança Pré-colisão, Assistência à Monitorização da Faixa de Rodagem e Alerta de Tráfego Transversal Dianteiro.
Existe, ainda, um sistema semi-autónomo de estacionamento denominado Advanced Park. Com uma aplicação no telemóvel pode estacionar o Prius em sistema mãos livres ou por controlo remoto.
Sistemas e tecnologias em estreia
Por outro lado, o novo Toyota Prius estreia uma série de tecnologias. Em primeiro lugar, o “e-latch”, sistema de abertura de portas eletrónico que torna mais fácil o abrir e fechar das portas traseiras a partir do exterior.
Em segundo lugar, o “nanoe-X” que ao utilizar radicais de Hidroxilos permite inibir bactérias, vírus e poluentes, enquanto elimina odores do habitáculo. Finalmente, em terceiro lugar, a Iluminação Ambiente, que faz as luzes piscarem para alertar o condutor que o veículo à frente arrancou ou quando um peão é detetado.
Este é o novo Toyota Prius! Um PHEV bem mais apelativo que outrora
O Toyota Prius chega à quinta geração fiel ao seu legado, mas, agora, apenas em versão híbrida Plug-In no caso europeu.
O que muda na mecânica do novo Toyota Prius?
Antes de mais nada… a potência! O sistema híbrido Plug-In da Toyota tem mais potência. Contas feitas são 223cv (164 kW) de potência combinada. Não apenas a potência combinada, como também a potência do motor de combustão interna, um bloco 2.0 litros com 152cv, ou seja, mais 55%!
O mais surpreendente é o motor elétrico. 163 cv, mais 126% que anteriormente! Desse modo, com a ajuda da bateria de 13,5 kWh (uma capacidade 54% acima da anterior geração), o Prius oferece uma autonomia em modo 100% elétrico de 72 km (para as jantes de 19 polegadas) ou 86 km com jantes de 17 polegadas.
A bateria, que passou de 8,8 kWh para 13,5 kWh, de iões de lítio tem uma densidade de energia superior, proporcionando uma capacidade 50% mais elevada, mas utilizando 30% menos células, o que permitiu ser mais pequena e instalada debaixo do banco traseiro.
Sistema híbrido com regeneração potente
Por outro lado, o uso desta bateria de maior capacidade permitiu a introdução da função de “Aceleração da Regeneração” (Regeneration Boost) para uma desaceleração mais forte e maior recuperação de energia, basta mudar para B no seletor de velocidades.
O condutor pode selecionar um dos três modos diferentes de regeneração: suave, média e forte. Não serve para funcionar como um “e-pedal”, mas oferece até cerca de 80% de desaceleração sem a necessidade de aplicar o pedal do travão.
Visto que o Toyota Prius tem um carregador de bordo de 3,3 kW, a bateria pode ser carregada na rede elétrica de 220V (de zero a totalmente carregada) em apenas quatro horas, numa tomada doméstica em 5h50. E se optar pelo tejadilho solar com células fotovoltaicas, a autonomia aumenta. Dessa maneira, estacionado, o Prius oferece mais 8 quilómetros a juntar aos 72/86 quilómetros oferecidos (dependendo do tamanho das jantes). Em andamento, a energia gerada pelo tejadilho dedica-se a alimentar todos os acessórios elétricos do Prius, reduzindo a solicitação de energia, aumentando, ligeiramente, a autonomia.
E quanto a consumos e emissões?
Para lá de performances em alta (aceleração 0-100 km/h em 6,8 segundos com a ajuda dos 208 Nm de binário), o novo Toyota Prius é um automóvel económico. Com efeito, a Toyota homologou 0,5 l/100 km e emissões de 11 g/km de CO2. Claro está que estas cifras são alcançadas com as jantes de 17 polegadas e a bateria totalmente carregada. Nos curtos quilómetros efetuados não conseguimos ter a noção clara dos valores reais. Mas pelo que nos indicou o computador de bordo, menos de cinco litros é seguro conseguir num percurso misto de estrada e autoestrada com alguma cidade pelo meio. A comprovar no ensaio completo Escape Livre.
Qual é o veredicto Escape Livre?
Com toda a certeza, este é o melhor Toyota Prius Plug-In de sempre(!); e também o mais bonito! Sensual, sedutor e com um interior acolhedor e feito com qualidade e muita tecnologia. As capacidades dinâmicas foram reforçadas, graças à segunda geração da plataforma TNGA. Por outro lado, o novo Toyota Prius está mais eficiente e para as deslocações pendulares, desde que se carregue a bateria diariamente, será raríssimo tocar no motor térmico.
Paralelamente, a Toyota trabalhou muito na gestão da energia elétrica e em utilização a economia é, realmente, elevada. É verdade que os preços não são uma pechincha, mas ficando, todos, abaixo dos 50 mil euros acabam por fazer melhor figura que outros modelos. Esta quinta geração do Prius é excelente, económica, bonita e eficaz e por isso a avaliação é absolutamente positiva. Claramente, é o melhor Prius de sempre e uma excelente alternativa aos modelos Premium, até pela alargada autonomia em modo 100% elétrico.
