O Kia Picanto sobrevive ao definhar do segmento dos pequenos citadinos, sacrificado no altar da rentabilidade e da sustentabilidade. A casa sul-coreana é das poucas a ainda acreditar no futuro do segmento e, tal como a Toyota fez com o Aygo, apresenta nova versão do Picanto. Será a quarta geração do pequeno citadino, com alterações na forma, mas não no conteúdo. Uma espécie de renovação barata até porque neste segmento, a rentabilidade é pouca ou mesmo nula.
O Kia Picanto sobrevive e em 2024 cumpre… 20 anos de vida! E quando está prestes a cumprir esta efeméride, dizer que foram comercializadas mais de 1 milhão de unidades na Europa. Por consequência, a Kia promoveu nova geração do modelo. Da mesma maneira, a Hyundai também renovou o i10 e o grupo Hyundai Kia manterá, assim, a aposta no segmento.
Kia Picanto sobrevive com atualização estética
Porém, vamos ver até quando esta situação se vai manter. Em primeiro lugar porque os custos de eletrificação são demasiado elevados para carros tao baratos. Em segundo lugar, os testes de colisão são cada vez mais rigorosos e os dispositivos de segurança exigem, cada vez mais, inovação e modernidade demasiado cara. Finalmente, a rentabilidade está ameaçada porque, neste segmento, os aumentos de preços não são bem recebidos.
Com o intuito de limitar o investimento, esta geração do Kia Picanto não tem, virtualmente, mudanças técnicas. Em primeiro lugar, a plataforma está exatamente igual. Em segundo lugar, não há novos motores ou sequer desenvolvimentos.
As mudanças promovidas no exterior mudam bastante o Picanto. Porém, não o suficiente para ficar irreconhecível. Mudou a frente com a nova linguagem de estilo da Kia, o mesmo sucedendo na traseira. Por outro lado, as dimensões ficaram iguais, ou seja, 3,6 metros de comprimento e apenas 1,60 metros de largura.
Com o intuito de conferir um aspeto mais musculado, a versão GT tem para choques mais agressivos à frente e atrás, onde até surge um difusor, claro, falso. A menos que o Picanto se transformasse num desportivo, este dispositivo não é necessário.
Por outro lado, o Kia Picanto manteve o depósito de 35 litros e uma bagageira com apenas 255 litros. Prova que este é um citadino puro e duro.
Interior com ligeiras mudanças e tecnicamente inalterado
O interior do Kia Picanto sobrevive à mudança e as grandes diferenças estão no ecrã sensível ao toque que passa a ter 8 polegadas e o painel de instrumentos digital com ecrã de 4,2 polegadas. Ambos estão reservados à versão GT.
Da mesma forma, a mecânica do pequeno citadino do segmento A permanece sem mudanças com dois motores, a saber, 1.0 litros com 67 cv e o bloco 1.2 litros com 84 cv. Os dois contam com a caixa robotizada de cinco velocidades. A maior diferença é o desaparecimento do Picanto 1.0 Turbo com 100 cv que desaparece do catálogo da nova geração.