Opel Adam. O alemão que tentou bater o sucesso do Fiat 500

Opel Adam foi o instrumento pensado pela casa de Russelssheim para tentar combater o enorme sucesso do Fiat 500, mas…

Opel Adam foi o instrumento pensado pela casa de Russelssheim para combater o sucesso do Fiar 500. Com o propósito de derrotar o modelo revivalista, escolheram uma via diferente que tinha como outro objetivo liderar o segmento onde Citroen DS3, Audi A1 e o já referido Fiat 500 viviam. Um tiro no escuro que acabou por se revelar ser de pólvora seca: o Adam nasceu em 2013 e desapareceu, quase sem se dar por isso, em 2019 sem nunca ter beliscado a liderança do Fiat 500.

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Lembram-se do Adam? Um Opel que foi revelado no Salão de Paris de 2012, entrando em produção no ano seguinte. Com o intuito de provocar os consumidores e o propósito de combater o sucesso do Fiat 500, a Opel deu ao pequeno citadino o nome do seu fundador, apelando a um revivalismo inexistente no Adam.

Opel Adam era um Corsa encurtado

Os técnicos da Opel deitaram mão à plataforma do Corsa, encurtaram-na e entregaram o carro ao centro de estilo. Aqui, claro, começou a confusão.

Com apenas 3,7 metros, quando os designers pegaram no projeto rejeitaram um modelo revivalista. Que, na realidade, também não havia nenhum modelo especialmente importante, neste formato, que pudesse ser recuperado.

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Portanto, pegaram na frente e evocaram o Opel GT dos anos 2000 e o resto foi manter, apenas, duas portas e rejeitar os motores a gasóleo, pois o Adam teria de ser um citadino desportivo. Por conseguinte, enfiaram por baixo do capô um bloco 1.2 litros com 70 cv. Depois veio o 1.4 litros com duas versões: 87 e 100 cv. Num esforço para dar que pensar a quem queria comprar um Abarth 500 ou até um Mini Cooper S, a Opel criou um Adam OPC. Em primeiro lugar tiraram o pó ao bloco 1.6 litros turbo com 200 cv, em segundo lugar criaram um kit de carroçaria agressivo e, finalmente, uma pintura OPC.

Projeto que não saiu da gaveta devido a dificuldades de afinação do chassis, consequência da falta de dinheiro para desenvolver o chassis encurtado. Assim, o Adam mais potente foi o S com o bloco 1.4 litros turbo e 150 cv.

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Personalização foi o segredo… mal compreendido

Quem não tem cão, caça com gato e, neste particular, os homens e mulheres do marketing da Opel têm de ser elogiados pela sua imaginação. Às vezes uma boa imaginação, descontrolado, acaba por ser contraproducente. O Adam tinha um ponto forte: a capacidade de personalização. Que acabou por ser a sua “kryptonite”!

Os ambientes Jam, Slam e Glam que mudavam os forros dos tejadilhos, as jantes que podiam receber inserções diferentes, misturas de cores no exterior com carroçaria e tejadilho contrastantes. Enfim, um total de 27 combinações exteriores e uma miríade de possibilidade que deu muitas dores de cabeça aos vendedores e deixaram muito comprador sem saber o que fazer. Claramente, Voltaire tinha razão quando disse que “o ótimo é inimigo do bom”.

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Opel Adam Rocks foi a última tentativa

O insucesso era evidente, mas a Opel não desarmou e deitou mão a todos os “truques” possíveis. Em primeiro lugar, lançou o Adam Rocks com aspeto todo-o-terreno – e um bom aspeto, diga-se – em segundo lugar inscreveu o Adam na categoria R2 dos ralis. E nem hesitou em criar a Taça Adam para o seu pequeno modelo.

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O primeiro queria piscar o olho aos adeptos dos SUV. Que se ficavam pelo Peugeot 2008 ou pelo Renault Captur, por exemplo. O segundo desejava atrair o público mais jovem e adepto do desporto motorizado.

Nada resultou! E de 2012 a março de 2019, a Opel só conseguiu encontrar 100 mil clientes. Comparado com o Fiat 500, lançado em 2007 e já há muitos anos sem remodelação, com 194 mil unidades… Percebe-se o tamanho do flop que foi a ideia de combater o sucesso do Fiat 500.