Ao ganhar o Grande Prémio dos Estados Unidos da América, disputado no Circuito of the Americas (COTA), Max Verstappen chegou ao número redondo de 50 vitórias. Porém, Lewis Hamilton esteve em condições de desfeitear o tricampeão do Mundo. Porém, faltaram-lhe voltas para isso e, no final, banho de água gelada: desclassificação devido a desgaste exagerado do patim de madeira do fundo plano. O homem da “pole position”, Charles Leclerc, foi prejudicado pela estratégia da Ferrari, sendo, igualmente, desclassificado.
Na prova que assinalou o 100º Grande Prémio de Lando Norris e George Russell, Verstappen ganha GP EUA e rubricou a sua 15º vitória da temporada e 50º da sua carreira. Mais um marco para a carreira do piloto neerlandês. Porém, as coisas poderiam ser bem diferentes se a corrida tivesse mais uma mão cheia de voltas.
Max Verstappen ganha GP dos EUA, mas…
Com toda a certeza, Lewis Hamilton teve a maior oportunidade de 2023 para bater Max Verstappen. O piloto da Red Bull lidou com um problema nos travões que lhe impôs uma sensível redução de andamento. O sete vezes campeão do Mundo, confiante ao volante de um Mercedes eficaz, conheceu dois percalços que podem ter-lhe retirado a vitória. Em primeiro lugar, o tempo perdido atrás de Charles Leclerc, uma vez mais, numa estratégia totalmente falhada pela Ferrari. Foi na volta 43 que o Mercedes precisou de 12 curvas para passar o Ferrari. Em segundo lugar, passou rápido por Lando Norris, mas apanhou algum tráfego quando estava cada vez mais perto de Verstappen.
A ajuda do DRS para passar um Alfa Romeo e um Haas e as poucas voltas até final, impediram, assim, Hamilton de tentar ganhar o GP dos EUA. Ou seja, Verstappen ganha o GP EUA… mas. Depois, veio o balde de água fria para Hamilton e gelada para Leclerc. Ambos foram desclassificados devido ao patim de madeira exibir desgaste a mais do que o regulamento permite. O primeiro perdeu o segundo lugar e o segundo um sexto posto que tanto sofreu para conquistar.
Novo pódio para Lando Norris e Carlos Sainz
Com as desclassificações, Lando Norris subiu a terceiro e Carlos Sainz chegou ao pódio ficando no degrau mais baixo. Por outro lado, Charles Leclerc fez a “pole position” – depois dos comissários desportivos terem anulado a volta mais rápida de Verstappen por ultrapassar os limites de pista – mas não a aproveitou. Mais uma estratégia totalmente errada da Ferrari fê-lo cair até ao 6º posto de onde sairia desclassificado.
Pelo caminho, algumas escaramuças. Em primeiro lugar, Esteban Ocon (Alpine) colidiu com Oscar Piastri (McLaren) e ambos tiveram de abandonar. Em segundo lugar, George Russell (Mercedes) e Sergio Perez (Red Bull) tiveram arranques péssimos, perdendo algum tempo. Finalmente, as lutas que foram sucedendo ao longo do pelotão e que deram pontos a Yuki Tsunoda (Alpha Tauri) e a Logan Sargeant.
O piloto da Williams quebrou o jejum de pontos por parte de pilotos norte americanos que durava desde o GP da Itália de 1993. Foi quando Michael Andretti, ao volante de um McLaren-Ford, foi terceiro no Circuito de Monza. Ficou atrás de Damon Hill (Williams-Renault) e Jean Alesi (Ferrari).
Lance Stroll (Aston Martin) ficou com o sétimo posto após uma corrida que viu Fernando Alonso abandonar com o seu Aston Martin.
Corrida Sprint acaba com vitória de… Verstappen
A corrida Sprint do GP EUA não teve muitas diferenças face ao que foi a corrida principal. Porém, é este formato que pode estar na génese da desclassificação de Hamilton e Leclerc. Expliquemos!
Em primeiro lugar há pouco tempo útil para tomar várias decisões e, também, verificar todos os carros. Em segundo lugar, as equipas não têm a oportunidade de rodar com os depósitos cheios. Têm, assim, que fazer palpites educados e isso está longe de ser uma ciência exata. Finalmente, a FIA só pode avaliar da ilegalidade de um carro por duas vias. Visionando as imagens e os resultados dos sensores percebendo se o carro bate ou não em demasia no chão. Por outro lado, o desgaste da madeira e dos patins de titânio deixa um odor forte que pode ser identificada pelos comissários técnicos.
Hamilton e Leclerc desclassificados
Foi o que sucedeu nos EUA. Foram verificados os carros de Vertstappen, Hamilton, Norris e Leclerc. Dois estavam fora das regras. E o resto do pelotão? Não sabemos nem nunca saberemos, pois com um triplo evento (EUA, México e Brasil) entre mãos e com pouco tempo entre todas as atividades em pista, a FIA diz que não há tempo para verificar todos os monolugares. Justo? Não é até porque outros monolugares podem ter conquistado pontos de forma ilegal. Mas é o que é. Ainda por cima, a decisão tardia impediu qualquer apelo por parte dos visados. Claro que Mercedes e Ferrari podem apelar à posteriori, mas dificilmente teriam sucesso e tudo ficará assim.
Classificação final
- Max Verstappen (Red Bull – RBPT), 56 voltas em 1h35m21,362s;
- Lando Norris (McLaren -Mercedes), a 2,225s;
- Carlos Sainz (Ferrari), a 15,134s;
- Sergio Perez (Red Bull – RBPT), a 18,460s;
- George Russell (Mercedes), a 24,999s;
- Pierre Gasly (Alpine -Renault), a 47,996s;
- Lance Stroll (Aston Martin – Mercedes), a 48,696s;
- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri – RBPT), a 1m14,385s;
- Alexander Albon (Williams- Mercedes), a 1m26,714s;
- Logan Sargeant (Williams- Mercedes), a 1m27,998s; Classificados 15 pilotos
Classificação do Mundial de Pilotos
- Max Verstappen, 466 pontos;
- Sergio Perez, 240 pts;
- Lewis Hamilton, 201;
- Fernando Alonso, 183 pts;
- Carlos Sainz, 171 pts,
- Lando Norris, 159 pts;
- Charles Leclerc, 151 pts;
- George Russell, 143 pts;
- Oscar Piastri, 83 pts;
- Pierre Gasly, 56 pts; Classificados 20 pilotos
Classificação Mundial de Construtores
- Red Bull Honda RBPT, 706 pontos;
- Mercedes, 344 pts;
- Ferrari, 322 pts;
- McLaren Mercedes, 242 pts;
- Aston Martin Mercedes, 236 pts;
- Alpine Renault, 100 pts;
- Williams Mercedes, 26 pts;
- Alfa Romeo Ferrari, 16 pts;
- Haas Ferrari, 12 pts;
- Alpha Tauri Honda RBPT, 10 pts.