Os tributos andam na moda e em Itália a Erre Erre Fuoriserie mostrou o produto final do rascunho que fez em 2022. E então o que é isto? Com toda a certeza uma ideia meio doida: pegar num Giulia moderno, torcê-lo, modificá-lo uma e outra vez e lembrar o Giulia TI Super de 1962. O resultado é este “restomod” com… 570 cv e um aspeto… diferente! Custa cerca de 400 mil euros e só há 33. Diga lá outra vez?!
Erre Erre Fuoriserie é o nome da empresa que decidiu prestar tributo ao Alfa Romeo Giulia TI Super nascido há 60 anos. O rascunho surgiu em julho do ano passado tendo como base o Giulia dos tempos modernos. Ou seja, o Alfa Romeo Giulia presta tributo ao Giulia TI Super. O modelo ainda tinha muita coisa igual ao Giulia atual e, por isso, ano e meio depois, aqui está o produto final.
Erre Erre Fuoristrada presta tributo ao modelo original
Em primeiro lugar, dizer que o Alfa Romeo Giulia TI Super de 1962 era um modelo de homologação para as corridas, sendo uma versão rara do Giulia. Em segundo lugar, sessenta anos separam os dois modelos. Por outro lado, TI significa (Turismo Internazionale) e traduzia um automóvel de elevadas performances.
O Giulia TI Super acabou por ser a base dos campeonatos de turismos da classe 1600 e apenas 501 unidades foram produzidas, 178 em 1962 e 323 em 1964. O motor era o 1570 cm3 com dois carburadores Weber 45 DCOE 14, debitando 110 cv às 6500 rpm. O peso era de apenas 910 quilogramas. Tinha rodas de magnésio, vidros traseiros em plástico, discos de travão nas quatro rodas. Os faróis internos tinham rede para melhorar o arrefecimento.
As diferenças do “novo” Giulia TI Super
No momento em que a Erre Erre Fuoriserie quis prestar este tributo, pegou num Alfa Romeo Giulia Quadrifoglio. Ou seja, juntou, desde logo, 570 cv e performances de topo. Porém, temos de assinalar os 50 CV a mais deste motor face ao carro de série.
Com o intuito de encontrar compradores para as 33 unidades previstas, a Erre Erre Fuoriserie esteve no Salão Auto Moto d’Epoque em Bolonha. Foi assim que ficamos a versão, praticamente, definitiva deste “restomod” e mais alguns detalhes.
Desde logo a possibilidade de ter caixa automática ou manual de seis velocidade. Depois a inclusão de um escape Capristo. Finalmente, suspensões com o sistema coilover B16 da Bilstein com ajuste.
Por outro lado, a carroçaria em fibra de carbono inspira-se no modelo de 1962 e aplica-se sem grande dificuldade ao Alfa Romeo Giulia. Com uma frente com faróis circulares e o “scudeto” no meio da frente. A traseira foge muito ao modelo atual com faróis circulares numa moldura retangular. O difusor e os escapes estão, claramente, num código postal diferente do resto do carro. Depois, a fibra de carbono tomou conta do resto do carro e o resultado é o que está nas fotos.
Assim sendo, há 33 unidades disponíveis e para ter este automóvel tem de desembolsar 400 000€ a que se juntam os impostos. O carro está incluído e a conversão tem uma duração de seis meses.