Futurista. Honda. Duas palavras que rimam na perfeição – basta olhar para algumas gerações do Civic – e que no Consumer Electronics Show (CES) são aplicadas no protótipo 0 Series. Uma berlina espetacular que, diz a marca de Hamamatsu, está muito perto da versão final. Mas a Honda não ficou por aqui e mostrou o Space-Hub, um crossover com formato monovolume e um interior gigantesco. Tudo alimentado por energia elétrica.
As palavras de Toshihiro Mibe, CEO da Honda, dizem quase tudo. “Vamos criar um valor a partir do zero! E, com toda a certeza, o Honda 0 Series é isso mesmo, ao ser fino, leve e inteligente.” Por outro lado, abrir caminho na multidão de produtos elétricos que vão surgindo um pouco por todo o lado é um passo deveras importante para a Honda. É que, convirá não esquecer que o construtor japonês é o maior produtor mundial de motores a gasolina, incluindo aqui automóveis, motos, geradores e cortadores de relva, entre muitos outros.
Honda quer ser neutral em carbono em 2050
A casa japonesa deseja ser neutra em carbono em 2050 e tem no seu “pipeline” 30 modelos 100% elétricos que vão chegar até 2030. E até 2040 quer ter uma gama completa de modelos alimentados a bateria e com pilha de combustível a hidrogénio.
Com o intuito de chegar a esses objetivos, criou uma plataforma baixa que permite reduzir a altura dos veículos e dar-lhe uma aparência desportiva e, sobretudo, mais aerodinâmica. Para melhorar a experiência de condução, a Honda recorre a software avançado.
Por outro lado, a Honda criou uma nova forma de mostrar o símbolo da marca. O “H” estreia-se no futurista Honda 0 Series e é uma evolução do símbolo estreado em 1981. Diz a Honda que é uma forma de mostrar que a marca está em fase de histórica transformação, bem como a capacidade de perseguir novos desafios.
Futurista Honda 0 vai ser uma realidade
Baixo. Comprido. Chocante. Poderíamos desfilar adjetivos para o Honda 0 Series, mas pensamos serem suficientes. Com toda a certeza, este protótipo encheu o olho dos visitantes do CES 2024 em Las Vegas.
Pensado como uma berlina com corpo de carrinha, tem um perfil baixo e esguio e uma frente que muitos apelidam de “papa formigas”. Comparações animais à parte, o Honda 0 Series é daqueles casos de primeiro estranha-se e depois entranha-se.
O interior foi pensado segundo a filosofia de “homem máximo, máquina mínimo”, ou seja, minimalista e com amplo espaço para condutor e passageiros. Por outro lado, oferecerá uma posição de condução desportiva e direção sem ligação física às rodas. Nesse sentido, vários sistemas de ajuda à condução estarão disponíveis.
Nomeadamente, no que concerne a condução autónoma, performance e eficiência da bateria. Por outro lado, o modelo utilizará a versão mais recente do Sensing Elite. Este sistema de condução disponível, no Japão, para o Honda Legend, disponibiliza até ao nível 3 de condução autónoma.
Honda Space-Hub é crossover com aspeto de monovolume
Definitivamente, os monovolumes estão de volta. Com toda a certeza, o Space-Hub pertencerá a essa classe ou, no limite, aos crossover. Nesse sentido, o formato é de monovolume com uma traseira quadrada sem vidro!
Com o propósito de levar o maior número de passageiros, tem um interior muito espaçoso, oferecendo uma bagageira enorme. A Honda descreve o Space-Hub como a base para conectar pessoas com o mundo exterior.
Sistemas de condução avançada
A Honda está a desenvolver um sistema com deteção, reconhecimento e monitorização do condutor através de IA (Inteligência Artificial) para obter previsões de risco mais humanas, naturais e de alta precisão.
Por outro lado, o futurista Honda 0 Series vão estar equipados com baterias de alta densidade com tamanho mínimo e grande autonomia. Segundo a Honda, o tempo de carregamento será de 10 a 15 minutos para chegar a 80% da carga útil. Dessa forma, a Honda pretende minimizar a degradação da bateria para 10% em 10 anos.
De acordo com informações da própria Honda, a plataforma eArchitecture está a ser desenvolvida para a 0 Series e o primeiro modelo será, claro, um crossover elétrico já em 2025. O custo ronda os 4,4 mil milhões de dólares e inclui uma fábrica de baterias feita em parceria com a LG Energy Solutions.
