Bugatti Tourbillon: híbrido Plug In com 1800 cv

O Bugatti Tourbillon é o primeiro modelo da gestão de Mate Rimac, o dono da Rimac e responsável pela casa de Molsheim.

O novo Bugatti Tourbillon é o primeiro modelo da gestão de Mate Rimac, o dono da Rimac e responsável pela casa de Molsheim. Finalizada a produção do Chiron, o novo modelo da Bugatti quer recuperar a coroa da velocidade. Abandona a sobrealimentação, mas o Tourbillon aparece com mais 300 cv que o Chiron deitando mão à tecnologia do momento, sendo, agora, um híbrido Plug-In. Só vão ser feitas 250 unidades e a fila de espera já é longa…

O Tourbillon não é um automóvel 100% elétrico como todos esperavam que um superdesportivo debaixo da supervisão de Mate Rimac fosse. Com toda a certeza era do conhecimento geral que o novo Bugatti teria um motor de combustão interna. Um bloco V16 com ângulo de 90 graus ocupa o lugar do W16 feito em colaboração com a Cosworth que abandona a sobrealimentação. Com 8.3 litros (o W16 tinha quatro turbos e 8 litros de cilindrada) e capaz de chegar às 9000 rpm, debita 1000 cv. Ou seja, igual os 1001 cv do motor W16 turbo.

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Apenas 250 unidades a 3.8 milhões de euros cada

O número é final: só vão ser produzidas 250 unidades do Tourbillon ao preço unitário, sem impostos, de 3.8 milhões de euros com entregas a partir de 2026. E 20 anos depois da Bugatti ter inventado o hiperdesportivo, eis que a casa de Molsheim regressa ao topo com um automóvel muito especial.

Bugatti Tourbillon é um PHEV!

Com toda a certeza este é um automóvel que deixa todos de queixo caído. Para lá do estilo, que é uma evolução do Chiron, o Tourbillon é um repositório de tecnologia no topo do estado da arte recuperando desempenhos de sonho.

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Dessa maneira, o que salta imediatamente à vista é que para lá de ter perdido os quatro turbos, ganhou um novo motor V16 com três motores elétricos e uma bateria. Pois é, o Tourbillon é um PHEV que tem a capacidade de rolar 60 km em modo 100% elétrico.

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Por outro lado, os motores elétricos debitam, em conjunto, 800 cv o que permite uma potência final de 1800 cv!  Toda a parte elétrica (motores incluídos) é feita pelos técnicos da Rimac. Do mesmo modo, o bloco feito pela Cosworth tem um som muito diferente e que vai destacar, ainda mais, o Tourbillon.

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Mais veloz que um Chiron… na teoria

Os modelos de teste já estão a cumprir os ensaios para a entrada em produção daqui a um ano, mas a Bugatti já tem números para mostrar. Dos 0-100 km/h o Tourbillon precisa de 2 segundos (o Chiron precisava de 2,4 segundos).

Chega aos 200 km/h em menos de cinco segundos (o Chiron em 6,1 segundos), passa pelos 300 km/h menos de 10 segundos depois de ter arrancado e aos 400 km/h em menos de 25 segundos.

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Ou seja, a partir dos 300 km/h ganha 3,1 segundos ao Chiron e 7,6 segundos à passagem pelos 400 km/h. A velocidade máxima é de 380 km/h, mas quando é inserida a segunda chave o Tourbillon chega aos 445 km/h. Wow!

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Habitáculo com painel de instrumentos espetacular

Agarrado ao volante está um dos elementos mais espetaculares do Bugatti Tourbillon: o painel de instrumentos. Sim, não é digital nem gigantesco. É uma peça de arte relojoeira que cruza a paixão pelos relógios com grandes complicações e pelas motos dos anos 90. O Turbilhão é o nome inventado em 1801 e que designa mecanismos de relógios sofisticados e muito complicados que ainda hoje são usados na alta relojoaria.

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O Tourbillon não tem um relógio turbilhão e nem sequer tem aqueles ecrãs gigantes que parece serem norma nos dias que correm. Os homens da Bugatti quiseram criar algo intemporal e não banal como os ecrãs dos atuais modelos que, dificilmente, vão durar a vida útil do veículo. E que, por outro lado, acabam por ser parecidos uns com os outros.

O painel de instrumentos tem cinco visores com velocímetro digital (a única concessão à modernidade), conta-rotações e indicador de potência e saídas de potência do V16 e dos motores elétricos.

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Quando se engrena a marcha-atrás da caixa de 8 velocidades de dupla embraiagem, eis que surge, do nada, um ecrã com um retrato do carro no topo do painel de instrumentos. Claro que pode convocar o aparecimento do painel, até porque é ai que pode controlar o Apple CarPlay sem fios.

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Bancos fixos e volante… diferente!

A saber, os bancos são fixos sendo a pedaleira ajustada eletricamente, há um botão para ligar/desligar o motor V16 e o volante é outra peça que merece destaque. Tem apenas dois raios montados verticalmente (às 6 e às 12 horas) que estão atrás do painel de instrumentos. Quer isto dizer que o airbag está fixo e o B da Bugatti fica sempre direito. Por outro lado, a visão dos instrumentos é sempre desimpedida. Verdadeiras peças de engenharia.

Estilo evolutivo

Olhado as fotos percebe-se que a escolha foi evoluir o estilo do Chiron para o Tourbillon. Tudo o resto modernizou-se de forma clara, o estilo nem por isso. Porém, há novidades. A abertura das portas do tipo diedro e prolongando-se para o tejadilho. Estão agarradas ao pilar e ao pilar B. Por outro lado, o limpa para brisas está mesmo a meio do carro como os protótipos de Le Mans.

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Na frente está a ferradura típica da Bugatti, desta feita com um formato exagerado e uma traseira que tem a linha luminosa ondulante a toda a largura do carro. Há um enorme difusor e olhando para a imagem da traseira, há forte semelhança com o McLaren P1.

Nessa medida, toda a aerodinâmica está pensada para lidar com a muita velocidade do Tourbillon. Até porque o spoiler traseiro fica mais perto da carroçaria para não provocar arrasto e penalizar a velocidade. Um automóvel único com preço único.