As novas baterias de estado sólido são o “Santo Graal” da mobilidade elétrica. Todos buscam ter essa tecnologia que, acredita-se, pode ser um “game changer”. A Factorial é uma empresa especialista nesta área e está perto de conseguir tornar estas células utilizáveis em veículos de série. Para já, entregou células protótipo à Mercedes para esta testar em modelos reais.
Todos os maiores grupos automóveis estão a trabalhar para conseguir desenvolver mais depressa a tecnologia de células de estado sólido. Vários têm sido os obstáculos encontrados ao longo dos últimos anos.
Vantagens e desvantagens
Os testes em laboratório têm provado que as células de estado sólido possuem melhor densidade energética, maior estabilidade e o eletrólito sólido tem muitas vantagens face aos convencionais.
Por outro lado, estas células são muito sensíveis à deformação e são propensas à formação de dendrites, as irregularidades que se formam com o uso. É por ai que a degradação do estado da carga acontece.
Novas baterias estado sólido avançam
Com toda a certeza, os avanços são claros e notórios. Porém, continua a ser muito complicado antever quando é que as células de estado sólido vão chegar à produção em série.
Por outro lado, a fiabilidade ainda não está no ponto certo e a rentabilidade está ainda mais longe. Em contraste com essas dificuldades, a Factorial acredita que já está num estágio muito avançado. E, por isso mesmo, entregou à Mercedes e a outros construtores milhares de células pertencentes à segunda fase de desenvolvimento. Cada uma tem a capacidade de 100 Ah e pode, esmo, mudar a cena da mobilidade elétrica.
Autonomias acima dos 1000 km
Porém, afinal, qual é mesmo a vantagem destas baterias? Desde logo autonomias superiores ao milhar de quilómetros com cerca de 40% menos de massa. Depois, a capacidade de 100 Ah de cada célula permite que um automóvel com um consumo de 12 a 16 kWh por cada centena de quilómetros, necessite de 400 a 500 células de estado sólido para chegar ao milhar de quilómetros de autonomia anunciada.
Saem por que razão ainda não há dessas baterias pequenas, eficientes e leves? Porque os custos de produção são de tal maneira elevados que o custo tornaria o veículo onde fossem aplicadas incomportável.
Por outro lado, apesar de necessitarem de menos refrigeração, necessitam de um dispositivo de pressurização que ainda ocupa demasiado espaço. Portanto, tudo indica que as baterias de estado sólido vão surgir, em primeiro lugar, em veículos de generosas dimensões ou em camiões. Depois, podem ser usadas nos veículos híbridos recarregáveis.