Valorpneu reuniu-se no Algarve para o seu 22º encontro

Almancil, no Algarve, foi o palco do 22º Encontro da Rede Valorpneu, que teve como pano de fundo a nova licença concedida por 10 anos.

Almancil, no Algarve, foi o palco do 22º Encontro da Rede Valorpneu. Que, por sua vez, teve como pano de fundo a nova licença concedida à empresa. Além das práticas mais sustentáveis na gestão de pneus em fim de vida. Com toda a certeza as novas disposições do novo Regime Geral de Gestão de Resíduos e o novo plano de ação para a economia circular, fizeram parte desta reunião magna.

O trabalho de valorização de pneus é importantíssimo na busca de um melhor ambiente. Por isso mesmo, a Valorpneu reuniu-se no Algarve. E, na sua reunião magna, decorrida nos dias 8 e 9 de outubro em Almancil, Algarve, dedicou uma sessão inteira à partilha de experiências, identificação de desafios e destaques das conquistas alcançadas. A ligação entre operadores de rede, colaboradores, parceiros e interessados direta ou indiretamente na atividade da Valorpneu deixaram os seus contributos num ambiente descontraído.

VALORPNEU CARTAZ 2024

Valorpneu e os desafios da nova licença

Com o intuito de identificar os desafios colocados pela nova licença da atribuída à Valopneu, Hélder Pedro, gerente da empresa, destacou várias coisas. Entre elas o período de 10 anos de valência da licença e a preparação e estratégia para a empresa ser bem sucedida na sua missão.

“A sustentabilidade e os valores ESG – Ambientais, Sociais e Governança – estiveram sempre presentes na Valorpneu ao longo dos seus 22 anos de atividade. E, nos próximos 10 anos, queremos continuar assim”, refere o responsável pela sessão de abertura do Encontro. Relembrando que “ainda o tema da sustentabilidade e da economia circular não estava na ordem dia, já a Valorpneu se preocupava com os temas de ESG. E com ações de sensibilização e programas de inovação para garantir uma maior sustentabilidade na gestão de pneus usados”.

VALORPNEUS MESA REDONDA 2024

“Nova era, a mesma direção: um mundo mais sustentável”

Este foi o tema de uma mesa-redonda. Onde partilharam ideias e conceitos Mafalda Mota (Agência Portuguesa do Ambiente, APA), Gracinda Marote (Direção Geral das Atividades Económicas, DGAE), Climénia Silva (Valopneu) e Ana Costa (comsultiora Beta-i). A moderação foi de Sofia Arnaud (H-Advisors CV&A).

Questionada sobre as novas licenças atribuídas em junho deste ano às entidades gestoras de resíduos, onde se inclui a Valorpneu para o caso dos pneus usados, Mafalda Mota, da APA, elogiou a Valorpneu. Pelo cumprimento das metas durante mais de 20 anos de atividade. A representante da APA adiantou ainda que vão existir novos objetivos. Nomeadamente a meta dos 100% de recolha, que levará também a desenvolver novos destinos para os pneus usados”.

A redução dos custos administrativos e financeiros tendo em conta a redução do Ecovalor – prestação financeira essencial para que a Valorpneu e os seus parceiros no SGPU garantam a sua atividade – foi também abordado por Mafalda Mota. Explicou que: “Foram tomadas medidas concretas para que tal acontecesse, mas que as próprias entidades gestoras devem trabalhar nesse sentido”.

Por outro lado, este tema foi também abordado por Gracinda Marote, da DGAE. Que relembrou a vantagem da Valorpneu por cumprir todas as metas propostas e apostar fortemente na sensibilização e prevenção. Gracinda Marote destacou, ainda, a importância da promoção de práticas de “ecodesign”, com um papel crucial na redução de custos operacionais suportados pelas entidades.

Em contrapartida, Climénia Silva, da Valorpneu, partilhou que, mais uma vez, as metas foram cumpridas e superadas. “No que toca à expetativa de recolha de pneus usados, vamos atingir as 87 mil toneladas. Já 2024, a nossa taxa de recolha de pneus prevista vai chegar aos 111%”. Este valor é justificado pelo número de pneu tratados pela Valorpneu muito acima do exigido.

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Nova licença acarreta mais responsabilidade

“Esta nova licença traz ainda mais responsabilidades e mais desafios”. Foi isto que sublinhou a diretora geral da Valorpneu. Destacou a importância da uniformização de informação e esclarecimentos prévios para um bom e saudável funcionamento na rede de recolha de pneus usados.

Climénia Silva falou ainda da importância da inovação, como um dos pilares da sustentabilidade e do desenvolvimento do sistema. E, claro, do mais recente programa que a Valorpneu está a promover com o intuito de encontrar novas soluções de reciclagem para os pneus usados. Segundo ela, “a nova edição do NextLap já está aí”.

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Programa NextLap

Ana Costa, da Beta-i, explicou como funciona o programa NextLap. Este tem como objetivo é promover a circularidade dos pneus em fim de vida, e fez um balanço das duas edições anteriores. “Na primeira edição encontrámos parceiros e um fornecedor de peso, com o objetivo de encontrar soluções inovadoras para que entrem no mercado. Há casos em que essas soluções já estão a ser comercializadas. Um exemplo? Na Decathlon. A nossa perspetiva é que o programa se torne numa plataforma de colaboração entre todos”, frisou Ana Costa. “Depois do NextLap e do NextLap Accelerator, estão abertas as inscrições para o NextLap Tech Hub”, concluiu. Para finalizar, Pedro Marques da EY, deu o prémio “Desempenho da Rede de Recolha 2024” à Ribeiro & Filhos – Recolha e Transporte de Pneus Usados, Lda. A empresa tem a sua sede em Belas, tendo como base os dados extraídos do sistema da Valorpneu.