Chega em 2025 e chama-se Toyota Urban Cruiser. Oferece baterias com fosfato de ferro e lítio e tem como plataforma a mesma que utiliza o Suzuki e-Vitara, apresentado há um mês. Se teve uma sensação de dejá-vu, está certo, pois o Urban Cruiser e o e-Vitara são “irmãos”. O novo modelo será apresentado em janeiro no Salão de Bruxelas e será o segundo modelo 100% elétrico da Toyota no Velho Continente depois do bZ4X.
Será o primeiro modelo não chinês a desembarcar na Europa com as baterias de baixo custo com fosfato de ferro e lítio. Com toda a certeza, mais uma acha na fogueira em que os construtores europeus estão a ferver em lume brando.
Entrada num segmento muito ocupado
Por outro lado, o Toyota Urban Cruiser entra num lago infestado de turbarões. Falamos do maior segmento europeu e onde as vendas de modelos elétricos mais tem crescido. É aqui que residem o Peugeot e2008, Opel Mokka-e, Citroen eC3 Aicross, Opel Frontera-e. E algumas novidades a galope como o Ford Puma Gen-E, o Skoda Epiq e o Fiat Grande Panda. Destes todos, apenas os modelos da Stellantis apresentam a mesma tecnologia de baterias do Urban Cruiser.
Toyota Urban Cruiser com duas baterias e tração à frente ou integral
Com toda a certeza, a oferta da Toyota vai ser muito completa. Para oferecer preços competitivos, o recurso às baterias de fosfato de ferro e lítio é essencial. Diz a Toyota que usando esta tecnologia é oferecida maior durabilidade, segurança e baixo custo comparando com a tecnologia com manganésio, cobalto e níquel. Porém, do lado negativo está a menor densidade energética.
Nesse sentido, o Urban Cruiser será proposto com dois tamanhos de bateria: 49 kWh e 61 kWh. A Toyota não forneceu dados sobre a autonomia dos modelos, mas se olharmos para o Suzuki e-Vitara com a bateria de 61 kWh é referida uma autonomia superior a 400 km.
A versão base terá tração dianteira, bateria de 49 kWh e motor com 144 cv e 189 Nm. A segunda proposta utiliza a bateria de 61 kWh, motor com 174 cv e 189 Nm de binário. Finalmente, a variante com tração integral e bateria de 61 kWh, tem dois motores com 184 cv e 300 Nm de binário.
Dimensões compactas
Com toda a certeza, o Toyota Urban Cruiser é um modelo compacto. Basta olhar para as cifras das suas dimensões. Dessa forma, o comprimento é de 4285 mm, uma largura de 1800 mm e uma altura de 1640 mm. Já a distância entre eixos é mais comprida que, por exemplo, a do Yaris Cross, com 2700 mm. Reclama a Toyota que, assim, há um habitáculo mais espaçoso.
Só para exemplificar, e segundo indicações da marca japonesa, o espaço para pernas no banco traseiro é igual a modelos do segmento D. Isto porque o banco traseiro desliza sobre calhas na proporção 60/40, ao passo que as costas rebatem na proporção 40/20/40.
Com toda a certeza este é o irmão do Suzuki e-Vitara que a casa japonesa apresentou há umas semanas, sendo este mais um produto da colaboração entre as duas marcas nipónicas.
Tecnologia abundante
Com o intuito de oferecer a melhor tecnologia, o painel de instrumentos está dentro de um ecrã de 10,25 polegadas. Por outro lado, por cima da consola central está outro ecrã, desta feita com 10,1 polegadas. Serve o sistema multimédia e nas versões de topo, tem câmaras de 360 graus e um tejadilho transparente.
Todas as funções do Toyota Safety Sense estão disponíveis e para que não fiquem dúvidas, há capacidade para andar fora de estrada. Só para ilustrar, a variante AWD (tração integral) conta com o Trail Mode, sistema que deteta e trava uma roda em rotação excessiva direcionando o binário para a roda oposta. Por outro lado, está equipado com o “Downhill Assist Control” que regula a velocidade num declive.
Toyota lidera segmento SUV-B
Com a junção deste Urban Cruiser, a Toyota quer reforçar a liderança do segmento. Que lhe pertence, com toda a certeza, através do Yaris Cross. Com a procura por carros híbridos a crescer, muito, este modelo ganhou projeção.
Ainda não se sabem os preços do Urban Cruiser, mas acreditamos que sendo um carro feito na Índia, o valor final será muito competitivo. Não esquecer que o Toyota Urban Cruiser esteve para ser lançado no início do ano com vendas em dezembro, mas foi adiado seis meses, talvez para corrigir alguma coisa e melhorar as perspetivas de evitar as multas por excesso de CO2 em 2025.