Fechado o ano de 2024, fica claro que a mobilidade elétrica ainda não conseguiu os objetivos apesar dos significativos valores alcançados. Porém, a frieza dos números diz que os modelos elétricos ainda não superaram a venda de modelos diesel. Já os modelos a gasolina dominam o mercado nacional. Juntando as duas energias, a vantagem face aos elétricos é, ainda, substancial.
Com toda a certeza que olhar para o panorama do Mercado Automóvel de Portugal pelo prisma das energias, deixa claro várias coisas. Em primeiro lugar uma superioridade, clara, dos modelos com motores de combustão. Em segundo lugar, uma ascensão dos modelos híbridos que já valem mais que os modelos diesel. Finalmente, o lento crescimento dos modelos 100% elétricos que, ainda assim, se responsabilizam por 18,2% do mercado.
Gasolina domina mercado nacional
De acordo com os dados da ACAP, foram vendidas 71.236 unidades de veículos ligeiros a gasolina, uma quota de 29,4%. Já os veículos ligeiros com motores a gasóleo totalizaram 48.207 unidades, ou seja, uma quota de mercado de 19,9%. Entre os pesados, foram vendidas 7.101 unidades, ou seja, 97,9% de quota. Destaque para os 123 pesados 100% elétricos vendidos em 2024, os 11 alimentados a GNC e 4 a GNL.
Elétricos não batem gasóleo
Com uma quota de mercado de 18,2%, a alimentação elétrica por baterias ainda não tomou conta do mercado. Só para ilustrar, foram vendidos 44.080 ligeiros com este tipo de motorização. Não bateram os diesel, mas a diferença inferior a cinco mil unidades é encorajadora.
Da mesma forma, os híbridos continuam a ganhar tração. Os modelos híbridos com carregamento externo (PHEV) ocupam 10,7% do mercado com 25.989 unidades vendidas das versões com motor a gasolina e 2.455 veículos com motor a gasóleo.
De acordo com os dados apurados, os híbridos a gasolina ocupam 13,1% do mercado com 31.687 unidades, ao passo que os híbridos diesel contabilizam 3.343 unidades e 1,4% do mercado.
Híbridos ameaçam os modelos a gasolina
A soma de todos os híbridos dá um valor final de 63.383 veículos vendidos, ficando imediatamente atrás dos veículos a gasolina e bem na frente dos modelos a gasóleo e elétricos. Destaque, ainda, para os híbridos não elétricos (a GPL) que contabilizaram 15.113 unidades, uma quota de mercado de 6,2%.