Com apenas 46 anos, Ivan Espinosa é o mais jovem CEO da Nissan deixando o seu cargo de responsável pelo planeamento de produto. Há 25 anos na casa japonesa, o extrovertido mexicano é uma personagem muito interessante que tivemos a oportunidade de conhecer no Salão de Tóquio de 2019. Com toda a certeza é ele quem está encarregue de mudar o rumo da Nissan depois da desesperada tentativa de Makoto Uchida unir a Nissan à Honda.
Depois que começou a trabalhar na Nissan, sempre teve paixão pelos desportivos da marca. Dessa maneira, conduz um Nissan Z cinzento e lamenta não haver em Yokohama bons restaurantes mexicanos. Por outro lado, adora ténis, golf e mergulho. Confessa que gosta do cheio a gasóleo e de música. Insaciável é o apetite por tacos. Tem apenas 46 anos e trabalha há quase 25 anos na Nissan, tendo ocupado até agora o cargo de Diretor de Planeamento (CPO), sendo responsável pelo planeamento global de produtos, gestão global de programas e desporto motorizado. O seu nome? Ivan Espinosa.
Colocar a Nissan no caminho certo
Pai de duas crianças, Ivan Espinosa é divertido e uma pessoa que fala fluentemente várias línguas. Lembramos a entrevista feita em 2019 quando nos dizia que o futuro da Nissan era brilhante. Perguntei, porquê? Resposta: porque estamos a construir uma gama para todo o mundo e vamos recuperar a identidade da marca.
Muita água passou pela ponte desde 2019 e seis anos volvidos a Nissan está atolada. Pela fuga hollywoodesca de Carlos Ghosn – ainda hoje exilado em Beirute e com mandados de captura por quase todo o lado – e pelas decisões feitas com a emoção e não a razão.
A forma como Makoto Uchida abanou a Aliança Renault Nissan Mitsubishi, deixou a casa japoneses em apuros. Só para exemplificar, no espaço de um ano a Nissan passou dos lucros ao prejuízo, tem uma hemorragia de dinheiro que pode levar a problemas no “cash flow” e viu o seu ranking de dívida passar para lixo.
Ivan Espinosa é o mais jovem CEO da Nissan
De acordo com as declarações de Espinosa ao Automotive News Europa, há vários assuntos na Nissan que têm de ser resolvido com maior urgência. Um deles é tentar encontrar um parceiro – a Renault parece que não será viável, pois, os franceses cansaram-se de algumas ideias nipónica – falhada que foi a fusão com a Honda. Por outro lado, a Nissan precisa de mais disciplina no planeamento de produto.
Quer isto dizer que tem de melhorar as previsões de vendas e de produção. Nessa medida, Espinosa está a trabalhar arduamente para desenhar um plano de ação, mais robusto e mais agressivo. Dessa forma, terá de melhorar o planeamento e, sobretudo, o controlo de custos.
