De Castelo Rodrigo a Barca d’Alva

Se há concelhos com uma variedade paisagística e cultural diversa é o de Figueira de Castelo Rodrigo. Fomos conhecê-lo, ao volante do Volkswagen Touareg.

Se há concelhos com uma variedade paisagística e cultural diversa é o de Figueira de Castelo Rodrigo. Nos horizontes pairam as lendas de mouras encantadas ou de histórias partilhadas entre os povos da fronteira. Rotas de imaginação onde não se contrabandeia a vontade e o sentimento de pertença. Uma história preenchida com a diversidade cultural escrita nas tradições populares e que permanecem no tempo.

Património rico e variado

Pleno de patrimónios, o concelho encerra uma história milenar. Prova disso são os diversos vestígios encontrados que datam do Paleolítico e do Neolítico. São vestígios que atravessam épocas tão distintas como a idade média, a consolidação territorial de Portugal, o renascimento, a diáspora e a modernidade e que atestam a centralidade do território.

Verdadeiro museu ao ar livre é Castelo Rodrigo. Uma subida ao alto presenteia-nos com uma paisagem única. A aldeia fica marcada pelo episódio ligado ao nome de Cristóvão de Moura.

Durante o domínio filipino, Castelo Rodrigo era a sede de um condado concedido a este fidalgo partidário de Castela. Durante a Guerra da Restauração, quando se soube da vitória do 1º. de dezembro de 1640, o povo em júbilo, capitaneado por Manuel de Moura Corte Real e um tal de “Antoninho”, deitaram fogo ao palácio de Cristóvão de Moura destruindo-o por completo. A vingança dos Espanhóis caiu sobre Escarigo que a queimaram e saquearam. Na muralha localiza-se a “Porta da Traição” por onde terão fugido os habitantes do local quando se deu a revolta dos populares em 1640.

Passando por Figueira de Castelo Rodrigo, tempo ainda para dar uma volta a pé. Numa visita ao edifício dos Paços do Concelho poderá observar, no átrio, azulejos de interesse patrimonial. Para além disso, a igreja matriz, a capela da N.ª S.ª da Conceição e todo o espaço que a envolve, a capela de São Pedro, o chafariz dos pretos e os largos Serpa Pinto e Mateus de Castro são um bom motivo de olhares mais atentos.

Aldeia de Castelo Rodrigo Vista Panorâmica

Aventure-se

O percurso que escolhemos não oferece dificuldades de maior. A primeira parte liga, por asfalto, a sede de concelho a Escalhão. A meio do caminho, poderá fazer um desvio para apreciar a ponte medieval no antigo caminho. Depois, a saída de Escalhão para Barca d’Alva faz-se por terra. Trata-se de um caminho que percorre um planalto onde poderá encontrar, se chover, alguma lama superficial que para além de desafiante para a condução exige algum cuidado.

Podendo ser percorrido por qualquer SUV e em qualquer época do ano, dependerá da vontade de descobrir a sensação de descobrir as estações do ano. Nesta altura do ano, as oliveiras e as vinhas durienses são a imagem de marca de um outono ora soalheiro ora chuvoso. O início da primavera fica marcado pelo espetáculo grandioso das amendoeiras em flor a caminho do verão sempre muito quente.

Touareg ao serviço

Para nos acompanhar na viagem, escolhemos o novo Volkswagen Touareg, recentemente recriado numa geração mais dinâmica e eficaz. Com um percurso marcado pela evolução tecnológica, o modelo transformou-se num aventureiro disfarçado.

O conforto, o requinte e o espaço interior são um convite familiar à descoberta de espaços únicos. A tecnologia permite-lhe evoluir em terrenos acidentados onde as dificuldades se diluem com as capacidades fora de estrada do modelo.

Paragem obrigatória, Escalhão

A localidade teria sido fundada pelo povo dos Galegos tendo sido anexada por Roma por volta do ano 100 a.C. O antigo topónimo, Secalhão, derivava do facto dos verões serem muito prolongados e quentes, com a seca a ditar o modo de vida das suas gentes e onde a cultura de cereais sempre constituiu uma referência, fazendo da localidade um verdadeiro celeiro da região.

Pontos de visita obrigatória em Escalhão são a igreja matriz e o museu. Em relação ao templo religioso, existe já no ano de 1320 notícia da sua existência, apesar de pouco restar da traça original tendo a sua estrutura sido totalmente reconstruída no século XVI. De traça austera, podemos observar nas paredes laterais do interior retábulos de talha seiscentistas. Em relação ao museu local retrata-se o viver destas gentes através do testemunho vivo dos objectos do dia-a-dia, das vivências rurais passando pelas artes tradicionais.

Iniciando o percurso de terra, vemos desfilar paisagens diferentes num entrelaçado entre o planalto e as encostas do vale do rio Douro. Depois da paisagem decorada pela oliveira e pela amendoeira, os vinhedos marcam a descoberta. A descida para Barca de Alva retrata a tranquilidade de mundo rural, os segredos das gentes expressos nas margens amanhadas pelo suor de gerações.

Aproveite, desfrute!

O estradão à beira do rio abre-se em cada recanto até chegar ao destino final. Bem no fundo do vale, Barca d`Alva retrata um conjunto de gerações ribeirinhas onde até o comboio fez marcar o ritmo das estações, hoje com uma intervenção patrimonial que fazem do local um verdadeiro polo de atração turística.

Para trás, não pode deixar passar a oportunidade de provar outros patrimónios: as migas de peixe, a sopa de carrapatos, o caldo de feijões com hortaliça, o cabrito ou borrego assados no forno, o bacalhau à lagareiro ou pratos de caça. Para sobremesa, arroz doce, aletria, papas de milho, filhós ou biscoitos de Escalhão. E os testemunhos não ficam completos sem um outro património: o dos vinhos e espumantes da Adega de Figueira de Castelo Rodrigo… para saborear com todo o prazer.

Restaurante “A Cerca”
Taverna da Matilde
Restaurante “Dias”
Estalagem Falcão de Mendonça
Restaurante “Arribas D’Ouro”
Restaurante “Girassol”

Residencial Arribas D’Ouro
Residencial Bago D’Ouro
Casa da Amendoeira
Casa da Cisterna
Estalagem Falcão de Mendonça

Roteiro patrocinado por Volkswagen Portugal