SIM, é possível! Percorridos os quatro cantos do país na Volta Elétrica a Portugal!

Mais de 2000 km. Concluímos a Volta a Portugal em automóvel elétrico, correndo os quatro cantos do país. Quanto gastamos, quanto poupamos… Tudo neste artigo.

O desafio estava lançado. Alcançar os quatro cantos de Portugal numa só viagem ao volante de um automóvel elétrico. O escolhido foi o EQA da Mercedes-EQ, um modelo que com a sua bateria de 66,5 kW anuncia cerca de 426 km de autonomia. Objetivo? Provar que a mobilidade elétrica e sustentável é já uma realidade que, em alguns casos, vai bem para lá de uma utilização estritamente citadina.

Partindo de Lisboa, ao longo de três dias e em três EQA, a caravana percorreu 2066 quilómetros ligando os quatro cantos de Portugal, rolando por algumas das estradas mais belas do continente, paisagens magníficas e locais cheios de história.

Se nos acompanhaste através das redes sociais durante esta viagem, talvez sejas um daquelas que nos pediu um resumo detalhado de toda a viagem.

Quanto gastámos? Que estradas percorremos? Quanto poupámos? Onde carregámos? Quanto tempo carregámos? Todas estas respostas e até mais algumas estão aqui

Para facilitar, e porque o artigo é longo, fica um pequeno índice para cada um dos temas:

Lisboa – Sagres

  • Carregamento em Almodôvar – (IONITY) ? 37% a 100% 00:34 ? 100 kW ? 13,34€

A reunião de todos os “participantes” fez-se em Lisboa no Hotel Myriad. Após o pequeno almoço reforçado, foram distribuídas as equipas pelos três EQA. Holger Marquardt, diretor geral da Mercedes-Benz em Portugal, deu as boas vindas e fez questão de acompanhar a caravana ao volante de um dos EQA até ao primeiro ponto de paragem e carregamento. Tal como já tinhamos referido aqui, a partida foi dada cumprindo o horário previsto, ou não fosse esta uma ação da responsabilidade do Clube Escape Livre com o apoio da Mercedes-Benz. Oito horas e nem mais um minuto e os três EQA partiram para a 1ª Volta Elétrica a Portugal em automóvel, naturalmente com cada uma das viaturas a marcar 100% de bateria.

Não sem antes o responsável da FPAK carimbar cada uma das cartas de controlo com a respetiva hora. Este é um ponto que vale a pena destacar. Esta Volta Elétrica a Portugal teve a chancela da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK). Só assim se pôde garantir cada uma das passagens pelos quatro pontos de Portugal. Ou seja, mais do que dizer que os quatro cantos de Portugal foram alcançados, é preciso prová-lo. Tal é feito precisamente através de cada uma das cartas de controlo devidamente carimbada, assinada e datada por um dos responsáveis da FPAK, em cada um dos pontos. Só assim a organização pode afirmar que esta é a 1ª Volta Elétrica a Portugal em Automóvel.

Carregar um carro elétrico a 350 kW em Portugal é já uma realidade. O EQA permite fazê-lo até aos 100 kW

A Volta a Portugal em automóvel mais ecológica e económica de sempre fez a sua primeira paragem em Almodôvar. Até aqui o percurso incluiu apenas auto-estrada, percorrida a uma velocidade entre os 120 e os 130 km/h, e com um consumo médio de 21 kWh/100 km. 192 quilómetros depois, aquando da primeira paragem, a bateria acusava 37%. Com o intuito de poder testar o primeiro posto de carregamento da rede IONITY, os três EQA foram carregados a uma velocidade de 100 kW até aos 100% (o trajeto pela frente assim o obrigava). Foram precisos apenas 34 minutos e com o cartão Mercedes me Charge o custo por quilowatt ficou bem mais em conta (0,29€).

Entretanto, daqui para a frente e com as baterias carregadas, esqueceram-se as auto estradas. Os restantes 140 km foram feitos entre o IC1 e estradas nacionais atravessando as mais belas paisagens alentejanas. Aqui não só se pôde desfrutar das primeiras magníficas paisagens desta viagem, como foi possível outro tipo de condução aproveitando para regenerar a carga das baterias do EQA. Foi aqui que se começou a dar uso às patilhas por detrás do volante para aumentar e diminuir a regeneração, abdicando do recurso ao pedal esquerdo. Depois de São Marcos da Serra, a EN267 levou-nos a atravessar a Serra de Monchique aproximando-nos da costa. Depois, a EN268 encarregou-se de nos encaminhar até ao primeiro canto de Portugal, Sagres. Aqui chegámos às 12h40 conforme previsto, sem qualquer contratempo pelo caminho e com 67% de bateria e um consumo de 18,6 kWh/100 km.

Sagres – Vila Real de Santo António

  • Carregamento no AIA – ? 53% a 75% 01:30 ? 11 kW ? 1,98€
  • Carregamento na Galp A22 Loulé – ? 58% a 100% 00:38 ? 50 kW ? 15,37€

Um quarto do objetivo estava cumprido. Sagres ficava para trás e aproximava-se a hora de recarregar baterias. Não as dos EQA que se mantinham acima dos 50%, mas as da comitiva que havia madrugado. Seguimos pela famosa EN125 em direção a Lagos. A paragem seguinte estava marcada para o Autódromo Internacional do Algarve (AIA), mas não era apenas o almoço que nos esperava. Na reta da meta do circuito estava montada uma prova de perícia ao volante de outro EQA, mas também de uma eScooter da Mercedes-EQ, para pôr à prova as habilidades de cada uma das equipas. Enquanto isso, aproveitou-se o tempo para dar mais alguma carga aos três EQA de serviço. Numa tomada trifásica do circuito, e através dos carregadores da ADN Energy foi possível carregar a 11 kW, a velocidade máxima que o EQA permite em corrente alterna (AC). Daqui saímos com 75% de bateria.

Para carregar o EQA a 11 kW em corrente alterna (AC) é necessário uma Wallbox ou um carregador como os que foram utilizados no Autódromo Internacional do Algarve

Inegavelmente a viagem era longa… havia que marcar a passagem no segundo canto de Portugal, Vila Real de Santo António. Até lá uma paragem para “abastecimento” era fundamental já que era necessário chegar a Évora para o jantar, antes de rumar à Guarda para a primeira dormida. Foi preciso atravessar todo o Algarve para chegarmos ao primeiro destino intermédio, mas no caminho a breve paragem na estação de serviço da A22 em Loulé permitiu repor as baterias do EQA a 100%. Lá chegámos com 58% de bateria e um consumo de 18 kWh.

Assim sendo, às 17h30 estávamos em Vila Real de Santo António com 79% de bateria para carimbar as Cartas de Controlo no segundo canto a sul de Portugal. Os outros dois, a norte, estavam reservados para o dia seguinte.

Vila Real de Santo António – Guarda

  • Carregamento em Évora (Continente) – ? 22% a 100% 01:10 ? 50 kW ? 14,23€

Com o intuito apenas de assinalar a passagem por Vila Real de Santo António, a paragem foi breve. Depois de carimbadas e assinadas as cartas de controlo, breve minuto para registo fotográfico e era altura de rumar para Norte, até porque 200 km ainda nos faltavam para chegar a Évora. O IC27 e a EN122 levaram-nos a atravessar o Parque Natural do Guadiana, passando por Beja e pela EN18, a primeira estrada do projeto do Clube Escape Livre, Rotas de Portugal. As magníficas paisagens contribuíram para disfarçar o primeiro cansaço do dia que já ia longo, mas tudo foi largamente compensado ao chegar a Évora. Os EQA largaram os ocupantes em pleno centro histórico, frente ao templo de Diana e foram recarregar baterias, uma vez mais sem qualquer imprevisto ou dificuldade. Aqui chegámos com 22% de bateria e uma média de 18,5 kWh.

Ao mesmo tempo, os ocupantes foram recebidos pelo Sr Jorge Fava-Rica no seu restaurante “Momentos”. Na entrada percebíamos para o que íamos. Nos azulejos à porta pode-se ler “A vida é muito curta para comer batatas fritas todos os dias. Aqui servimos os nossos pratos com legumes“. Para esta viagem, 100% amiga do ambiente, o desafio passou também por refeições sustentáveis. No “Momentos” não existe menu. O Sr Jorge diz-nos que não frequenta superfícies comerciais. Recorre aos produtores locais e por isso faz o melhor que sabe com aquilo que consegue adquirir cada dia. Descrever a qualidade e o paladar do que nos foi servido, tal como a simpatia do Sr Jorge, isso sim é missão impossível, por isso fico-me com a recomendação de que vale a pena a visita.

A sustentabilidade marcou presença ao longo de toda a viagem, incluindo nas refeições sempre que possível

Inegavelmente a mais dura etapa já se avizinhava. Durante o jantar recebemos a notificação de cada um dos EQA de que as baterias estavam a 100%. Tal é possível através da aplicação Mercedes me que permite efetuar muitas outras funcionalidades como ligar a climatização, abrir ou fechar as portas, entre outras. Era o duro teste, não apenas para equipas mas também para os EQA. Esperavam-nos 300 km! Mas não eram 300 km quaisquer. Eram três centenas de quilómetros, de noite, a subir para a cidade mais alta de Portugal.

Às 22h arrancámos de Évora e por volta da 1h da madrugada estávamos na Guarda. Os 7% de bateria e o consumo médio de 22 kWh acusavam a dureza, ainda assim… prova superada! O merecido descanso deu-se no Hotel Lusitânia, enquanto os EQA recarregaram energia mais uma vez de forma sustentável nos carregadores do Centro Comercial La Vie a 11 kW de velocidade.

Contas finais Volta a Portugal – Dia 1

  • 1032 km percorridos
  • Média geral: 19,8 kWh
  • Velocidade média: 85 Km/h
  • Total: 17h15m
  • Condução: 12h03m
  • Carregamento: 4h12m

Guarda – Miranda do Douro

  • Carregamento na Guarda (Centro Comercial La Vie) – ? 8% a 100% 05:55 ? 11 kW ? 26,20€

No segundo dia, a Volta partiu da cidade mais alta em direção a Miranda do Douro, Mirandela, Ponte de Lima, Caminha, Vila Nova de Gaia e Nazaré, onde concluíram o segundo dia, antes de regressar a Lisboa. Ao contrário do primeiro dia, o arranque para o segundo dia de Volta Elétrica a Portugal aconteceu com um ligeiro atraso. Os 66,5 kW da bateria do EQA demoram cerca de seis horas para atingir os 100% quando carregados em corrente alterna (AC) ao máximo de 11 kW. A chegada tardia na véspera obrigara a manter os EQA ligados à ficha até perto das 8h. Como resultado, a saída para a estrada verificou-se às 8h23.

A Guarda recebeu a 1ª Volta Elétrica a Portugal no final do primeiro dia do percurso e o vice-presidente da Câmara Municipal, Vítor Amaral, recebeu os participantes com a habitual hospitalidade beirã. Aproveitou o ensejo também para elogiar a iniciativa rumo a uma mobilidade mais sustentável e lembrar a candidatura da Guarda a “Cidade Europeia da Cultura 2027”.

Miranda do Douro marcou o terceiro canto do país nesta Volta Elétrica a Portugal

A primeira paragem aconteceu já em Miranda do Douro. Depois do IP2, a N102, o IC5 e a N221 conduziram-nos até à Terra de Miranda, 195 km depois e ainda com 52% de bateria. Passava pouco das 10h30 da manhã. Aqui se voltaram a carimbar as cartas de controlo. Estava alcançado o terceiro canto de Portugal. A paragem deu para esticar as pernas em pleno centro histórico, junto ao Castelo, e trocar algumas impressões sobre o percurso deveras interessante sob o ponto de vista paisagístico e não só.

Miranda do Douro – Caminha

  • Carregamento em Mirandela (Lidl) – ? 28% a 100% 01:00 ? 50 kW ? 22,80€
  • Carregamento em Ponte de Lima (Lidl) – ? 40% a 66% 00:21 ? 50 kW ? 4,92€

Posteriormente rumámos até Mirandela, local escolhido para almoço e carregamento dos EQA. Percorremos as N218 e N317 antes de entrar na A4 para Mirandela. No total, foram 111 km, e chegámos às 12:36 com 28% de bateria e uma média de 15,3 kWh. Enquanto os EQA repunham baterias, equipas e organização restabeleceram forças com um picnic nas margens do Tua onde não faltou a bela da Alheira de Mirandela.

O animado almoço acabou por atrasar ligeiramente a saída em direção a Ponte de Lima, ponto intermédio antes de Caminha. Como resultado, conseguimos sair novamente com 100% de bateria. Pelo caminho, o malfadado Túnel do Marão, que demorou sete anos a ficar concluído e que atravessa a Serra com o mesmo nome, foi o ponto chave do percurso.

Depois, Ponte de Lima foi o local escolhido, não só para carregar o suficiente para chegar a Vila Nova de Gaia, mas também para admirar uma das vilas mais antigas de Portugal. Nas margens do rio Lima, os EQA posaram com a Ponte Velha, classificada como Monumento Nacional desde 1910, como pano de fundo. A ponte que se ergue sobre 27 arcos foi também cenário para reportagens e registos fotográficos.

Ponte de Lima foi um ponto nevrálgico desta viagem elétrica. Conta com dois postos de carregamento rápido e vários outros “normais”

Aqui se deu o primeiro “imprevisto” desta Volta Elétrica a Portugal, 1500 km depois da partida em Lisboa. Fomos surpreendidos com o primeiro posto de carregamento fora de serviço. Todavia, postos de carregamento não faltavam, pelo que recorremos ao plano B, a 1,3 km de distância, com sucesso. Aqui aguardámos cerca de 15 minutos pelo carregamento de outro utilizador que se deslocava para o Porto, enquanto se trocaram algumas experiências relativamente à mobilidade elétrica. O carregamento durou apenas 21 minutos, o estritamente necessário para alcançar o ponto de carregamento seguinte em Vila Nova de Gaia.

Com 66% de bateria fizemo-nos à estrada pelas 18h30 minutos. O quarto canto de Portugal, Caminha, estava a pouco mais de 50 km. Foi um dos momentos altos do dia que tão bem soube esconder o cansaço acumulado de muitas horas de viagem. Ali chegámos pelas 19h45m com 52% de bateria e uma média de 19,8 kWh. Mais carimbos, mais assinaturas na carta de controlo e uma pausa para registar o momento.

Caminha – Nazaré

  • Carregamento em Vila Nova de Gaia (Power Dot) – ? 23% a 100% 01:10 ? 50 kW ? 18,39€

Objetivo cumprido, mas muitos quilómetros ainda pela frente. Antes do merecido descanso na Nazaré, a caravana ia carregar baterias em Vila Nova de Gaia durante o jantar. A estação de carregamento Power Dot, uma antiga bomba de gasolina agora convertida e à prova de futuro, foi o local ideal para o último carregamento do dia. Ali chegámos com 23% de bateria pelas 21h e com uma média de 19,2 kWh. No caminhada a pé até ao restaurante não se perderam as fantásticas fotos sobre a cidade do Porto e a ponte D. Luis. O pôr do sol estava reservado para ser admirado já com um cálice de vinho do Porto no restaurante DeCastro, no cais de Gaia.

Mais uma vez a etapa final prometia ser a mais dura. Os 200 km até à Nazaré foram todos em auto estrada o que aliado ao facto de existir uma margem folgada permitiu andamentos mais rápidos consequentemente aumentando a média de consumo. À chegada à Nazaré, 209 km depois, os EQA marcavam 23% de bateria e uma média de 24 kWh. Enquanto os elétricos pernoitaram no Mercedes-EQ Lounge, o descanso de todos os participantes foi no Hotel Vale d’Azenha.

No Mercedes-EQ Lounge, os três EQA carregaram baterias durante a noite com energia 100% sustentável

Na Nazaré, os três EQA foram recarregados no Mercedes-EQ Lounge com energia 100% sustentável, proveniente de antigas baterias de Mercedes-Benz Classe B elétrico, alimentadas pelos painéis fotovoltaicos ali montados. Aqui, no ponto central das iniciativas sustentáveis da Mercedes-EQ em Portugal, a marca alemã aproveitou para divulgar os seus projetos e iniciativas rumo a um futuro mais sustentável.

Contas finais Volta a Portugal – Dia 2

  • 868 km percorridos
  • Média geral: 19,1 kWh
  • Velocidade média: 98 Km/h
  • Total: 17h26m
  • Condução: 9h48m
  • Carregamento: 8h26m

Nazaré – Lisboa

  • Carregamento Nazaré (Mercedes-EQ Lounge) – ? 23% a 100% 04:12 ? 11 kW ? 5,72€

De acordo com o previsto, a caravana dos três EQA rumou a Lisboa logo após o almoço que decorreu ainda na Nazaré depois de algumas atividades ali desenvolvidas. Faltavam 111 km para poder encerrar a 1ª Volta Elétrica a Portugal, mas já não restavam dúvidas de que o objetivo estava cumprido. Nesse sentido, no percurso até Lisboa já se fazia o balanço e tiravam conclusões. Primeiramente não houve nenhuma ansiedade em qualquer altura derivado às autonomias. Igualmente a rede de carregamentos já permite viajar de Norte a Sul do país em carro elétrico. Ao mesmo tempo é notório que o número de carregadores em cada posto tem de aumentar rapidamente. Principalmente quando falamos de autoestradas.

A chegada a Lisboa aconteceu pelas 16h20 ainda com 50% de bateria, e um consumo de 22 kWh. O responsável da FPAK esperava-nos junto ao Hotel Myriad para assim validar esta 1ª Volta Elétrica a Portugal.

Por fim, o sucesso da iniciativa ficou assinalado com a entrega, no final do evento, de um troféu em madeira sustentável, representando Portugal e os seus quatro cantos, feita à mão pela Bicas Custom Wood e foi emoldurada cada uma das cartas de controle para prova e memória futura.

Os números da Volta a Portugal em EQA

  • 2066 km percorridos
  • 421,69 kW consumidos
  • Média geral: 19,3 kWh
  • Velocidade média: 83 Km/h
  • Total: 56h20m
  • Tempo condução: 24h32m
  • Tempo carregamento: 17h33m
  • Nº carregamentos: 9
  • Custo carregamentos: 122,95€

Em resumo, a 1ª Volta Elétrica a Portugal, organizada pela Mercedes-EQ e pelo Clube Escape Livre, veio derrubar alguns mitos da mobilidade 100% elétrica – como a autonomia e tempo de carregamento. De maneira idêntica provou que a poupança é real e substantiva, e que a defesa do ambiente não tem melhor ferramenta.

Também a capacidade da rede de carregamento elétrica espalhada pelo país foi posta à prova, e a triplicar! A chegada de todos os EQA aos quatro cantos do país foi feita sempre em simultâneo. Desse modo, foi necessário carregar pelo caminho não uma, mas três viaturas elétricas.

Se contarmos apenas com o tempo de condução e carregamento, os 2000 km desta Volta Elétrica a Portugal em EQA foram percorridos em pouco mais de 40 horas

Surpreendentemente, e contas feitas, cada EQA gastou 122,95€ para cumprir os 2066 km, ou seja, uma poupança real e substantiva de 110,31€ face, por exemplo, a um Mercedes-Benz GLA a gasóleo, que teria gasto, nas mesmas condições, cerca de 233,25€. Ou até uma poupança de 143,07€ face a uma versão a gasolina. Contudo, é preciso ter ainda em conta os inferiores custos de desgaste com a viatura, nomeadamente travões devido ao efeito de regeneração do motor.

Mas mais importante do que isso, a 1ª Volta Elétrica a Portugal permitiu poupar 749,958 Kg de CO2. Ou seja, o valor que três unidades de Mercedes-Benz GLA emitiriam para a atmosfera caso fizessem os 2066 km percorridos.

Notas

  • Naturalmente com três automóveis, nem sempre os carregamentos foram feitos no mesmo posto, mas todos fizeram cargas idênticas chegando a cada um dos pontos em simultâneo.
  • Os condutores foram alternando os turnos de condução durante as paragens.
  • Todas as exigências e normas relativas à Covid-19 foram garantidas durante a ação.
  • Dos nove (9) carregamentos feitos durante esta Volta Elétrica a Portugal, apenas três (3) corresponderam a paragens propositadas para o efeito (Almodôvar, A22 e Ponte de Lima), os restantes foram feitos durante as refeições e noites.
  • No total das 56h20m que durou a 1ª Volta Elétrica a Portugal, a caravana esteve ligada aos carregadores 17h33m, mas apenas 1h43m foram gastos em paragens com o único propósito de carregar.
  • Dos nove carregamentos, três foram feitos a 11 kW, e um a 100 kW, enquanto os restantes à velocidade de 50 kW.
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