O SUV de Palmela está há quatro anos no mercado e chegou a altura, antes de mais uma volta ao calendário, de passar por uma renovação. Não espanta esta pequena renovação porque o T-Roc é um carro importante para a Volkswagen. Já vendeu mais de um milhão de unidades desde 2017, das quais 600 mil no Velho Continente. Além disso, é o segundo modelo mais vendido, atrás do Polo e à frente do Golf.
Sendo verdade que em equipa que ganha não se mexe, a Volkswagen não podia manter o T-Roc imune á renovação. Quatro anos é muito tempo e por isso, estava na hora de introduzir algumas alterações.
Poucas diferenças…
O T-Roc é um carro feliz no estilo, sedutor na forma e por isso a VW pouco mexeu neste aspeto. Felizmente! Para reconhecer o novo T-Roc terá de olhar para a barra luminosa que atravessa a grelha e une os dois faróis. Nos modelos de gama baixa, essa barra não existe sendo substituída por uma barra cromada. O para-choques muda consoante as versões, com os faróis de nevoeiro a serem verticais. Nas versões R-Line e R, volta a ser diferente o para-choques.
Ainda na iluminação, os faróis em LED passam a ser de série e as luzes de condução diurna surgem integradas nas óticas principais.
Atrás as diferenças são ainda menores com os farolins a aproximarem-se dos utilizados no Golf (parece que é moda na VW) e o para choques ligeiramente alterado. Para além disso, o portão traseiro passou a poder ter acionamento elétrico e função de abertura e fecho com o movimento de um pé por baixo do para-choques traseiro. Depois, há novas cores e novas jantes, o habitual nestas alterações.
Qualidade melhorada
No interior a conversa é outra. Quase tudo foi alterado/melhorado, com a Volkswagen a responder a algumas críticas sobre a qualidade deste seu SUV. A disposição horizontal desapareceu em favor de um ecrã tátil no topo da consola. Tudo foi redesenhado. O painel de instrumentos digital passa a ser de série. Porém, e reservando a opinião mais assertiva quando estivermos dentro deste novo T-Roc, parece uma “manta de retalhos” com o volante vindo do Golf, ecrãs de 8 polegadas e de 9,2 polegadas nas versões de topo com a opção de uma unidade de 10,25 polegadas. Este último é o que está montado no VW T-Roc R. Qualquer um deles assume agora uma posição mais elevada, deixando de estarem integrados na consola central. Apesar de esteticamente não resultar tão bem, favorece-se a visibilidade já que não obriga a desviar o olhar da estrada.
O carro está equipado com condução autónoma de nível dois, um “cruise control” adaptativo e sistema de manutenção na faixa de rodagem. O T-Roc tem o mesmo sistema de comando da climatização com botões sensíveis ao toque, uma melhoria face ao Golf que tem tudo dentro do ecrã central. Fazem falta os controlos convencionais.
A Volkswagen diz que melhorou os materiais e aplicou um plástico almofadado no topo. No entanto, só mais tarde no primeiro contacto com este novo T-Roc poderemos comprovar e avaliar os resultados.
Motores mantêm-se
Não houve alterações nas mecânicas, ou seja, temos direito ao bloco 1.0 TSI com 110 cv, o 1.5 TSI com 150 cv, e o 2.0 TSI de 190 cv. Nos Diesel contamos com duas versões 115 e 150 cv, do mesmo bloco 2.0 TDI. Estes continuam a não estar disponíveis no T-Roc Cabriolet. O T-Roc R com 296 cv manter-se-á na gama.
VW T-Roc R – O foguete “made in Palmela”
Diretamente de Palmela chega o Volkswagen T-Roc R. Um SUV com aptidões e performances de desportivo que devora asfalto… e não só, fruto do sistema 4Motion.
O novo VW T-Roc deve chegar ao mercado nacional apenas no final do primeiro trimestre de 2022, embora as encomendas devam ser abertas em dezembro. Quanto a preços, é previsível que a VW aumente ligeiramente o valor de cada uma das versões, mas nada significativo.