A Mercedes-Benz aumentou os seus lucros, revelando que estes, antes de juros da dívida e impostos (EBIT), cresceu para impressionantes 5,2 mil milhões de euros no primeiro trimestre. As vendas caíram 10% durante 2021. Como aconteceu este “milagre” no meio de uma crise pandémica, de semicondutores e uma guerra na Europa? O sucesso reside no aumento dos preços, algo que começa a ser padrão na indústria e que se junta ao movimento inflacionista que se espalha pelo Velho Continente.
Mais lucro com menos vendas
Segundo o relatório financeiro do primeiro trimestre, a divisão automóvel da Mercedes-Benz aumentou a ajustada margem de lucro de 16,4%, um recorde para um trimestre. E mesmo vendendo menos, a margem de lucro operacional é de 8%.
A casa de Estugarda prevê que o ano fiscal de 2022 termine com uma margem de lucro entre 11,5% e 13%. Tendo como propulsor a vendas de menos veículos, mas mais caros e de topo.
Para Harald Wilhelm, o diretor financeiro “é preciso resiliência para lidar com um ambiente desafiador onde os preços são, agora, fundamentais.”
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Guerra na Europa e semicondutores podem prejudicar
Para a Mercedes-Benz e para o seu diretor financeiro, “uma escalada da atual situação na Ucrânia poderá ter consequência negativas para o negócio da Mercedes.” O mercado russo vale 2% das vendas da casa de Estugarda.
Produção na Rússia e problemas de fornecimento
A Mercedes-Benz aumentou, antes da guerra, produção nos arredores de Moscovo que foi inaugurada em 2019 com a presença de Vladimir Putin. Com a saída da Rússia, a Mercedes-Benz tem em risco bens no valor de 2 mil milhões de euros. Basta Putin decidir nacionalizar tudo.
Outro risco para a saúde financeira da Mercedes-Benz reside na crise dos semicondutores, a piorar devido ao recrudescimento da Covid-19 na China. Assim, a Mercedes-Benz está a apostar nos modelos mais caros e aumenta preços para mitigar todos os ventos contrários.
Apesar de tudo isto, a Mercedes-Benz continua a investir muito na mobilidade elétrica, quer desafiar a Tesla e ser marca totalmente elétrica em 2030.
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