É a versão mais aguardada da atual geração do icónico Porsche 911. Historicamente conhecido como a referência dos superdesportivos preparados para as pistas de todo o mundo, o novo Porsche GT3 RS promete fazer jus ao nome com muitas novidades mecânicas e aerodinâmicas.
Mas agora, estamos aqui para falar do caminho até aos dias de hoje. São quase vinte anos de história GT3 RS, muitos quilómetros percorridos e algumas edições históricas pelo caminho. Apertemos os cintos para uma viagem radical!
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996 razões para ficar rendido
A geração que, ainda hoje, divide opiniões. O início do século trouxe um novo design, contra a corrente do que até então tinham sido todos os 911, tornando o 996 o patinho feio da linhagem 911.
Gostos à parte, até porque esses não se discutem, esta foi uma das mais bem sucedidas gerações do modelo de Estugarda, no departamento comercial. Leve, ágil e bastante mais prático do que as gerações anteriores, tornou-se a escolha óbvia para o cliente de um desportivo.
A chegada do Porsche GT3 RS, no entanto, levaria tudo ao extremo. Surgindo na sequência do, já aclamado, GT3, a nova versão pegava em cada pormenor e elevava-o ao patamar mais alto.
O motor Mezger, 6 cilindros boxer, manteve-se praticamente inalterado, produzindo 380 cv, com a Porsche a focar os seus esforços no chassis e aerodinâmica. Para isso introduziu uma nova asa traseira, maior e com maior capacidade de gerar downforce, assim como pequenas saídas de ar na frente, reduzindo a instabilidade horizontal, a velocidades mais altas.
Mas foi na balança que o RS mais se distinguiu. Um novo capot em carbono, o vidro traseiro trocado por um painel de acrílico e autocolantes em vez de símbolos metálicos na carroçaria, permitiram ao 996 GT3 RS reduzir o peso e aumentar as suas características dinâmicas.
O conjunto deste trabalho de aperfeiçoamento, tornaram-no num dos mais impressionantes 911 na estrada. As suas dimensões, ainda, reduzidas garantem-lhe uma dinâmica divertida e uma condução pura e sem rodeios. O melhor pontapé de saída, para a família Porsche GT3 RS.
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A entrada na era moderna
Apesar da primeira geração se ter mostrado um desafio no departamento comercial, o seu legado tecnológico era sem dúvida uma fasquia de difícil sobreposição. Nada melhor portanto que um novo GT3 RS.
A receita da geração 997 do modelo, apresentada em 2006, não fugiu à tradição. Menos peso e mais aerodinâmica. Voltamos a ter novos apêndices como uma asa traseira, ainda, mais capaz e um novo para-choques frontal, menos restritivo, para um melhor arrefecimento da unidade motriz. Lá atrás era, entretanto, introduzida a nova saída dupla de escape, ao centro da traseira, este pormenor, viria a ser uma das características distintivas da família Porsche GT3 até aos dias de hoje.
O motor Mezger, curiosamente de menor cilindrada do que as versões Carrera, produzia 415 cv, com um limite de rotações de 8400 rpm, equivalente ao icónico Carrera GT. Como sempre o seis cilindros boxer produzia um som intoxicante e uma resposta perfeita ao pedal da direita.
Em 2009 viria a atualização da geração 997, com novidades de monta, que vieram reforçar ainda mais o carácter do GT3 RS, tornando-o uma máquina mais clínica e capaz de rodar em pista com uma eficiência muito próxima de um verdadeiro carro de competição.
Este “facelift” trouxe ainda mais potência, subindo para os 450cv, uma nova asa traseira com suportes recortados, para além do novo design, em linha com a atualização das restantes versões.
Já próximo do final da sua vida útil, a Porsche deu ao 997 uma das versões mais procuradas de sempre na história do 911. O Porsche GT3 RS 4.0, fazia uso do último motor Mezger, na história do 911 produzindo na ordem dos 500 cv. Aliado a isto, temos uma caixa manual de 6 velocidades, para uma maior conexão à experiência de condução. Por tudo isto e por ser considerado um dos melhores 911 de sempre, o preço atual de um bom exemplar, ronda uns incríveis 500 000€! Ainda assim, comparando com os cerca de 200 000€ de compra quando foi lançado, podemos dizer que se trata de um bom investimento.
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Uma arma para as pistas
Com a chegada da geração 991, o salto qualitativo foi enorme. O foco na performance é agora exacerbado, tornando o Porsche GT3 RS, numa verdadeira máquina para as pistas de todo o mundo. Apesar do foco na eficiência, o prazer e a sensação de condução não foram desconsiderados, fazendo desta geração uma das mais bem sucedidas de sempre.
Mais uma vez, lá atrás temos um motor Boxer de 6 cilindros opostos, capaz de uma rotação máxima de 8800 rpm. O novo bloco de 4 litros, era capaz de produzir 500 cv direcionados, claro, ao eixo traseiro. O foco mais uma vez foi para a capacidade do chassis, com afinações ao nível da suspensão e redução de peso a fazerem maravilhas aos tempos por volta. A alteração mais impactante é, sem dúvida, o pacote aerodinâmica. A (cada vez menos) subtileza das gerações anteriores, foi posta de lado, com uma nova asa a fazer as honras de uma carroçaria completamente redesenhada. A largura dos eixos é também ela maior do que nas versões Carrera, contribuindo para o aspeto final do carro.
Tanto na sua versão original, como mais tarde no facelift (991.2) o GT3 RS foi um verdadeiro fenómeno comercial. A sua entrada no mercado, aconteceu numa época de grande crescimento no nicho dos desportivos “aprimorados” e nem a concorrência deteve o clássico Porsche. Prova da sua proeficiência, é o número, verdadeiramente impressionante, de exemplares que, todos os dias, percorrem os perigosos quilómetros do famoso circuito de Nürburgring. A pista alemã, nos montes Eifell, é aliás a melhor referência para se perceber a rapidez do 991 GT3 RS, e como a casa alemã conseguiu levar o conceito do desportivo de motor traseiro a tão alto nível.
Revista feita, resta-nos agora esperar pelo novo GT3 RS, na forma do 992. Se as alterações feitas a todos os modelos até agora tornaram este numa das versões mais dramáticas do seu tempo. o novo modelo promete suplantar tudo isso.