O GP em Fórmula 1 da Bélgica foi dominado a seu belo prazer por Max Verstappen que, penalizado pela troca de componentes no seu monolugar, saiu do 14º lugar da grelha de partida e terminou no lugar mais alto do pódio alardeando uma facilidade absolutamente estratosférica. Sergio Perez saiu da segunda posição da grelha de partida e terminou na mesma posição completando uma dobradinha que alargou a vantagem da Red Bull sobre a Ferrari e permite que Max Verstappen possa encomendar as faixas de bicampeão.
Max Verstappen imparável no GP F1 da Bélgica
Lembram-se da Hungria? O piloto da Red Bull saiu do 10º lugar da grelha de partida e mais depressa do que dizemos “na Hungria o circuito chama-se Hungaroring”, Max Verstappen chegou ao primeiro lugar e ganhou a corrida. Desta feita saiu de 14º e rapidamente alcançou a cabeça da corrida sem problemas e com enorme facilidade. Ou seja, ter 9 ou 13 carros á sua frente não teve qualquer efeito.
Quer isto dizer que o neerlandês superou as simulações que davam o campeão do mundo no pódio. Atrasou a primeira paragem e 18 voltas volvidas já estava no comando da corrida.
Ferrari… aos papéis
Para se perceber o nível do campeão do mundo em título, Sergio Perez ficou no segundo lugar da grelha e não teve capacidade de parar Verstappen. E com o neerlandês em ritmo de cruzeiro, o mexicano continuou longe. Contas feitas, fechou a prova no segundo posto a quase 18 segundos. Foi a quarta dobradinha do ano!
A Ferrari, neste GP F1 da Bélgica serviu-nos o menu corriqueiro: erros (colocar os pneus errados no carro de Leclerc nos treinos), equívocos (paragem para tentar a volta mais rápida faz perder dois pontos ao monegasco) e muitos pontos perdidos.
Carlos Sainz ficou em terceiro porque… sim! O arranque até foi bem conseguido, mas a afinação do monolugar destruía os pneus rapidamente. Resistiu a Verstappen até à volta 18 e Perez passou pelo espanhol à volta 21. O degrau mais baixo do pódio foi o possível.
Leclerc estava em luta com Fernando Alonso, tendo, também ele largado lá de trás. Conheceu mais dificuldades em recuperar que Verstappen e teve de fazer uma paragem extra para retirarem um “tear off” de uma entrada de ar dos travões que provocou um sobreaquecimento na roda da frente direita.
Tentou montar pneus macios para ir buscar o ponto para a volta mais rápida, mas acabou por perder a posição para Fernando Alonso – para cúmulo excedeu o limite de velocidade nas boxes sendo penalizado em cinco segundos – e não conseguiu bater o melhor tempo de Verstappen. Ou seja, na busca do ponto de bónus, Leclerc perdeu dois!
Mercedes voltou ao registo habitual
Depois de ter ficado a um “calendário” da Red Bull, a Mercedes tentou o costume: fazer uma corrida sólida no GP da Bélgica e esperar que migalhas caíssem da mesa da Red Bull e Ferrari. Porém, Lewis Hamilton, talvez afetado pela “folha de calendário” oferecida por Verstappen “atirou-se” à corrida de tal forma que embateu em Fernando Alonso. O britânico atacou por fora, o piloto da Alpine ficou sem espaço e o Mercedes voou pela escapatória, acabando a corrida imediatamente.
A relação era estaladiça como verniz e este escangalhou-se quando o espanhol lhe chamou idiota. Hamilton recusou falar com Alonso e teremos de assistir aos próximos episódios deste conflito revisitado.
George Russell assegurou o quarto lugar com um carro que era pior que o Ferrari, pelo que o britânico não foi capaz de aproveitar as debilidades do monolugar do espanhol.
Alpine foi a melhor dos outros
Com Alonso no quinto lugar e Ocon no sétimo lugar deste GP F1 da Bélgica, a Alpine foi a melhor dos outros, voltando a sovar a McLaren que não colocou nenhum carro nos pontos. Pierre Gasly acabou com a agonia da Toro Rosso e reclamou dois pontos e Sebastian Vettel continua a dar razão a alguns que entendem ser prematura a sua retirada da competição. O oitavo lugar foi uma boa surpresa para a Aston Martin.
Quanto a Alex Albon, ofereceu um ponto à Williams tornando o seu carro muito largo ao longo da prova e beneficiando de um comboio DRS para reclamar um ponto muito importante para a equipa de Grove.
Classificação final do GP F1 da Bélgica
- Max Verstappen (Red Bull), 44 voltas em 1h25m52,894s;
- Sergio Perez (Red Bull), a 17,841s;
- Carlos Sainz (Ferrari), a 26,886s;
- George Russell (Mercedes), a 29,140s;
- Fernando Alonso (Alpine Renault), a 1m13,256s;
- Charles Leclerc (Ferrari), a 1m17,256s;
- Esteban Ocon (Alpine Renault), a 1m15,640s;
- Sebastien Vettel (Aston Martin Mercedes), a 1m18,107s;
- Pierre Gasly (Toro Rosso), a 1m32,181s; 1
- Alex Albon (Williams Mercedes), a 1m41,900s; etc.
Classificados 18 pilotos
Campeonato de Pilotos
- Max Verstappen, 284 pontos;
- Sergio Perez, 191 pts;
- Charles Leclerc, 186 pts;
- Carlos Sainz, 171 pts;
- George Russell, 170 pts;
- Lewis Hamilton, 146 pts;
- Lando Norris, 76 pts;
- Esteban Ocon, 64 pts;
- Fernando Alonso, 51 pts;
- Valtteri Bottas, 46 pts;
Classificados 19 pilotos
Campeonato de Construtores
- Red Bull Racing, 475 pontos;
- Ferrari, 357 pts;
- Mercedes, 316 pts;
- Alpine Renault, 115;
- McLaren Mercedes, 95 pts;
- Alfa Romeo Ferrari, 51 pts;
- Haas Ferrari, 34 pts;
- Alpha Tauri RBPT, 29 pts;
- Aston Martin Mercedes, 24 pts;
- Williams Mercedes, 4 pts.