O mercado nacional 2023 arrancou com um aumento de 43% em janeiro face a igual período de 2022, não igualando, ainda assim, os valores de 2019. Face a janeiro desse ano, a quebra foi de 9,5%. Contas feitas, foram matriculados em janeiro deste ano 17 455 unidades. Destas, 14 639 foram de ligeiros de passageiros, 2186 de ligeiros de mercadorias (mais 15,3% face a 2022) e 630 de veículos pesados (mais 41,9%). Em janeiro deste ano, 47,8% dos veículos de passageiros novos vendidos entre nós eram movidos a outros tipos de energia que não gasolina (35,7%) ou gasóleo (16,5%).
O mercado nacional 2023 arrancou com uma excelente performance que nos diz ser o aumento face a igual período de 2022 de 43%. No caso dos ligeiros de passageiros, o aumento é de 48,4%. Este crescimento face a 2022 explica-se pela normalização das cadeias de abastecimento e da entrega de modelos em carteira que se encontravam por entregar. Junta-se a habitual fobia aos últimos dias de cada ano e o aumento da procura no começo de um novo ano.
Mercado nacional 2023 arrancou com supremacia das outras energias
Mas o destaque entre os ligeiros de passageiros terá de ser os 47,8% de viaturas comercializadas com outro tipo de energias que não só gasolina ou gasóleo. Contas feitas, 15,4% das 14 639 unidades vendidas em Portugal – ou seja 2254 veículos – são 100% elétricos, representando os híbridos 16,6% e os híbridos Plug In 10,8%. O GPL e outros ficam com 5% do mercado.
O gasóleo vai desaparecendo com apenas 16,5% das vendas e a gasolina tem a parte de leão com 35,7% dos veículos de passageiros vendidos entre nós.
Quem ganhou e quem perdeu em janeiro
A Peugeot começou o ano de 2023 da mesma maneira que terminou 2022, na liderança do mercado. Mas, desta feita, com a Renault a aproximar-se bastante graças a um aumento face a janeiro de 2022 de 108,6%. Como a Peugeot perdeu 2,4% das vendas a quota de mercado diminuiu para 9,11% face aos 7,91% da Renault.
A Dacia continua a dar que falar em Portugal, terminando o mês de janeiro no pódio das marcas mais vendidas com 1103 unidades, mais 118% que em 2022. Por 60 unidades colocou no quarto lugar a Mercedes-Benz que com um crescimento de 59% face ao ano passado vendeu 1043 veículos. O Top 5 é fechado pela BMW que com um crescimento de 29,8% entregou 1019 unidades sendo a última a conseguir vendas de quatro dígitos.
Entre as 15 marcas mais vendidas em Portugal, apenas a Peugeot e a Hyundai (menos 5,4% de 628 para 594 unidades) conheceram evolução negativa. Por outro lado, destaques para os 44,7% de aumento da Volkswagen (de 537 para 777 unidades), 190,6% para a Opel (sobe de 244 para 709 unidades), 131,6% da Fiat (de 285 para 660 veículos) e 149,1% para a SEAT que vendeu 666 carros contra os 265 de janeiro de 2022.
Num mercado onde quase todas as marcas cresceram, destaque, ainda, para as 230 unidades da Tesla (tinham vendido 1 em 2022) as 281 da Skoda (mais 96,5%), as 157 da CUPRA (mais 89,2%) e as 146 da Mazda que representam 175,5% de crescimento.
Referência para a MG que vendeu 93 unidades (em janeiro de 2022 apenas 5) e para a Mitsubishi que conseguiu vender 76 unidades, mais 65,2% que em 2022.
A MINI viu as vendas recuarem 24,6% (de 187 para 141), tal como a Porsche (menos 35,1%) e a Lexus (21,4% a menos que em janeiro de 2022). Referência final a Alfa Romeo (mais 150%), Suzuki (mais 108,3%) e a Aiways que vendeu 8 carros. Há 12 meses tinha vendido apenas um.
Mercado nacional 2023 arrancou com ligeiros de mercadorias em alta
As cinco marcas mais vendidas conheceram ganhos em janeiro de 2023. A Peugeot lidera com 555 unidades (mais 41,2%) seguida da Citroen com 289 (mais 17%), Fiat com 245 (maios 308,3%), Renault com 218 (mais 42,5%) e Ford com 198 (mais 407,7%).
Mitsubishi (menos 58,4%), Toyota (52,4%), Volkswagen (44,6%) e Mercedes (menos 38,3%) foram as marcas que mais perderam em janeiro 2023. A Dacia não vendeu nenhum modelo em 2023. Contas feitas, o mercado cresceu 15,3% para 2186 unidades.
Comerciais pesados também têm ganhos em 2023
O crescimento dos comerciais pesados é de 41,9% face a janeiro de 2022, um valor que se divide entre pesados de mercadorias (572 unidades e 46,3% de aumento) e pesados de passageiros (58 unidades, mais 9,4%).
Nos primeiros destaca-se a Scania na frente da Volvo e da Mercedes-Benz. Refira-se que das 12 macas registadas no mercado, apenas a Isuzu (menos 50%) e a Iveco (menos 40%) perderam vendas.
A marca italiana esteve bem nos pesados de passageiros com um crescimento de 1000% de 3 para 33 unidades, liderando este segmento de mercado na frente da MAN (mais 40%).