Rupert Stadler, ex-CEO da Audi confessou o seu papel no Dieselgate, escândalo com as emissões dos motores Diesel do grupo VW, em troca de uma pena suspensa e do pagamento de 1,1 milhões de euros. O Dieslegate foi espoletado em 2015 quando a Agência para a Proteção Ambiental dos EUA (EPA) anunciou que a Volkswagen tinha violado o “Clean Air Act”. Tudo começou em setembro de 2015 e a bola de neve já produziu prejuízos superiores a 50 mil milhões de euros. Rupert Stadler, ex-CEO da Audi (2007 – 2018) foi acusado em 2020 de papel ativo no escândalo, algo que sempre recusou.
Recuemos a setembro de 2015 quando um grupo de pesquisadores da Universidade de West Virginia (divisão de combustíveis alternativos e emissões, o WVU CAFFE), contratado pelo ICCT (Conselho Internacional para o Transporte Limpo), testou as emissões poluentes dos motores Diesel vendidos nos EUA.
Utilizando um sistema de medição japonês, esses pesquisadores levaram para a estrada vários modelos, tendo detetado elevadas emissões de óxido de nitrogénio (NOx) em três veículos, todos Volkswagen. Em maio de 2014, os investigadores entregaram um relatório à CARB (California Air Ressources Board) e à EPA. Em setembro caiu a bomba: a Volkswagen tinha instalado um software ilegal nos motores Diesel que adulterava os resultados das medições feitas em laboratório para efeitos de homologação.
Consequências do Dieselgate
A Volkswagen admitiu a falcatrua e muitos executivos tiveram de deixar o grupo. Os estilhaços deste escândalo continuam a voar nos dias de hoje, passados quase oito anos. Um do atingidos foi o antigo CEO da Audi.
Rupert Stadler confessou, agora, o seu papel no escândalo, ele que tinha sempre negado a acusação de envolvimento no Dieslegate. Acusado em 2020 de não ter parado a comercialização dos modelos afetados na Europa, mesmo depois da marosca ter sido descoberta. Manteve, sempre, a posição que a culpa era dos engenheiros que sempre lhe esconderam o que se passava. Curiosamente, ele era o CEO quando estourou o escândalo e todos são unânimes em dizer que foi na Audi que a manipulação das emissões começou.
Agora, Stadler afirma-se culpado para escapar à prisão, pagando 1,1 milhões de euros e acabando com pena suspensa. Pelo menos é isso que se espera que suceda quando o tribunal lavrar essa decisão.
No mesmo processo estão Wolfgang Hatz, na época o responsável do desenvolvimento na Audi e, depois, líder no departamento de engenharia do grupo VW, Giovanni Pamio (60 anos) ex- responsável pelo desenvolvimento dos motores diesel do grupo VW e outro engenheiro cujo nome é apenas conhecido como Henning L..