O Caterham EV Seven é a prova que quando se quer pode fazer-se bem um veículo elétrico. Pode é não servir a todos… Por outro lado, este modelo quer dizer-nos que até a Caterham já percebeu que a passagem aos veículos elétricos será, mais ou menos, inevitável. Mesmo que estando protegida pelo facto de ser uma marca de baixa produção. Finalmente, é uma declaração que apesar de elétrico, um Caterham será, sempre, um Caterham!
Caterham elétrico
O Caterham EV Seven é o protótipo que anuncia o futuro da marca instalada nos arredores de Londres. Apesar das regras europeias aniquilarem os motores de combustão interna em 2035, a Caterham é abrangida por várias exceções, particularmente, por ter baixa produção.
Porém, a casa britânica entende que pode mergulhar no mundo da eletricidade, mas preservando os seus princípios: a leveza e a performance. E assim nasceu aquilo que deveria ser um automóvel elétrico: leve, de carga rápida e elevada performance.
A base deste Caterham EV Seven (com a curiosidade do EV estar no meio da palavra Seven…) é o Seven 48 com o chassis alargado SV. O peso do Seven EV é de 700 quilogramas em condição de utilização. Uma massa incrível para um veículo 100% elétrico! E isto apesar de ter uma bateria de 51 kWh com 40 kWh utilizáveis.
Há uma razão para esta diferença de capacidade e capacidade utilizável: como o Caterham EV Seven aceita carregamentos até 152 kW, foi criada uma almofada térmica para evitar sobreaquecimento na carga e entrega de energia rápida numa utilização em circuito, por exemplo.
Para este tipo de utilização – em circuito – diz a Caterham que o utilizador terá de seguir o formato 25-15-20. Ou seja, 20 minutos em pista, 15 minutos a carregar e mais 20 minutos em pista. Como é isto possível?
Refrigeração é o segredo
A Caterham recorre ao mesmo expediente que a Mercedes nos modelos AMG E-Performance eletrificados: um líquido dielétrico produzido pelos franceses da Motul, que não fazendo condução de energia, consegue refrigerar as células da bateria. Estas estão mergulhadas neste líquido que se arrefece dentro do seu próprio circuito. Uma tecnologia bastante cara.
Tudo está, mais ou menos, no mesmo sítio que no Seven 485 SV com a mesma distribuição de pesos que no modelo com motor de combustão.
Contas feitas, o aumento de peso deste Caterham elétrico é de, apenas, 70 quilogramas. Quando olhamos para automóveis que engordam para lá das duas toneladas, este é um feito assinalável. Agora é aguardar pela chegada à produção em série.