O Honda e não terá sucessor anunciou a marca japonesa. Com o intuito de estar nos segmentos mais rentáveis, a Honda prefere concentrar-se no segmento SUV que insistir no segmento dos citadinos. Termina, assim, a vida do primeiro modelo 100% elétrico de produção em série da marca, um automóvel diferente que, infelizmente, não recolheu as preferências dos europeus e ainda menos dos portugueses.
O Honda e não terá sucessor segundo explicou a responsável pela Honda no Reino Unido, Rebecca Adamson. Com o propósito de rentabilizar a sua operação europeia, a Honda vai focar-se nos SUV. Com efeito, o novo e:Ny1 será o primeiro dessa ofensiva da Honda. Chega ao mercado em outubro deste ano, tem como base o HR-V e custa, em Portugal, 54 750€ o e:Ny1 e 57 750€ a versão Lifestyle.
Modelo não terá sucessor depois de sucesso limitado
No momento em que tudo indicava que os veículos elétricos conheceriam um sucesso inigualável, a Honda quis petiscar esse sucesso. Nesse sentido, “atirou-se” ao segmento dos utilitários com uma espécie de ligação revivalista ao passado com o N600.
Desenhou um carro que era idêntico nas duas pontas, bonitinho sem ser “top model” e com diversas inovações como os espelhos substituídos por câmaras, painel de instrumentos a toda a largura do carro com muitas coisas pouco vistas num automóvel. E menos ainda num citadino. Até chegar ao mercado tudo prometia ser um sucesso…
Contudo, a Honda optou por uma bateria pequena (35,5 kWh) para evitar carregar no peso e atento o facto de ser um carro para a cidade. Mas, menos de 200 km de autonomia sempre foram um entrave para a ansiedade da autonomia. Por fim, o preço perto de 40 mil euros acabou com qualquer veleidade do pequeno Honda e. Infelizmente…
Contas feitas, foram vendidas menos de duas mil unidades em 2022 em toda a Europa, o que contrasta com o sucesso de modelos como o Fiat 500.
Honda e. Tinha TUDO para ser um SUCESSO!
O Honda e é um modelo ao volante do qual nos sentimos verdadeiramente bem. Fomos com ele para a cidade ver o que lhe falta para ser perfeito.
Honda retira-se do segmento dos citadinos
O Honda e foi, também, um regresso ao segmento dos citadinos. Em outras palavras, a casa japonesa matava dois coelhos com um carro: regressava ao segmento com a motorização da moda. Infelizmente correu mal e a casa japonesa sai de cena. E nesse sentido, Rebecca Admason deixou claro que “não haverá mais nenhum carro do tamanho do Honda e na gama da casa japonesa.”
O fim do citadino não será imediato, pois conviverá com o e.Ny1 antes de desaparecer dos catálogos da Honda.