Verstappen bateu mais um recorde da F1 ao vencer a 17ª corrida da temporada 2023 no Brasil. Por outro lado, o neerlandês rubricou a 52º vitória da carreira, ultrapassando Alain Prost e ficando perto de igualar Sebastian Vettel. Se a corrida no México foi sensaborona, a corrida no Brasil teve um “one man show”. Chama-se Fernando Alonso e aos 42 anos parece Cristiano Ronaldo…
Se a vitória de Max Verstappen no México e no Brasil merecem pouca contestação, a corridaça de Fernando Alonso em terras de Vera Cruz “roubou” o destaque da prova brasileira. Aliás, Alonso continua a fazer muito pela Fórmula 1, pela sua postura, pela sua garra e talento superlativo que aos 42 anos lhe permite fazer corar de vergonha alguns dos “jovens lobos” da Fórmula 1. Já Verstappen bateu recorde da F1.
Verstappen bateu recorde de vitórias numa época
Cinco vitórias consecutivas (desde o GP dos Japão) juntaram-se à 17ª conquistada no Grande Prémio do Brasil para formar o recorde de vitórias numa época. E outro recorde está a caminho: 37 corridas consecutivas a liderar o Mundial de Fórmula 1, igualando Michael Schumacher, serão 38 provas em Las Vegas.
México foi passeio para Verstappen
Saiu de terceiro, no entanto, no final das primeiras curvas Max Verstappen já estava na liderança passando pelos dois Ferrari de Charles Leclerc e Carlos Sainz que fecharam a primeira fila da grelha de partida.
Sergio Perez tentou seguir no rasto de Verstappen, por fora, mas acabou por embater em Charles Leclerc e ficava fora de corrida na primeira curva na prova do seu país. O despiste de Kevin Magnussen, devido a aparente quebra da suspensão traseira do seu monolugar, dividiu a corrida em duas partes distintas, mas com Verstappen a, rapidamente, colocar a concorrência em sentido.
Lewis Hamilton esteve em excelente nível e depois de passar pelos Ferrari, acabou no segundo lugar, longe de Vertstappen. Mas abrindo uma janela de esperança para a conquista do segundo lugar do campeonato. Perez abandonou e o britânico foi segundo. O degrau mais baixo do pódio ficou para Charles Leclerc. Sainz acabou em quarto. Nos restantes lugares pontuáveis ficaram Lando Norris (McLaren), George Russell (Mercedes), Daniel Ricciardo (Alpha Tauri), Oscar Piastri (McLaren), Alexander Albon (Williams) e Esteban Ocon (Alpine).
Uma corrida atribulada
No momento em que a Aston Martin passou por um mau bocado e foi vítima de alguns rumores disparatados, Fernando Alonso deu passo em frente e fez uma corrida do outro mundo no GP do Brasil.
Tudo começou com um violento desentendimento entre Kevin Magnussen e Alex Albon na curva 1. Despiste, destruição e necessidade de reparar as barreiras de proteção. Com o intuito de proteger os pneus, Max Verstappen permitiu um desafio de Lando Norris à liderança. Que lhe tinha ganho o shootout para a corrida Sprint.
Sol de pouca dura, pois o bicampeão do Mundo, assim que foi libertado da poupança de pneus, foi-se embora e não deu cavaco a ninguém. Por outro lado, o sistema hidráulico do Ferrari falhou e atirou Charles Leclerc para um despiste na volta de apresentação. Ficava evidente que a vitória era uma questão arrumada.
Em contrapartida, ficava via aberta para Lando Norris e Lewis Hamilton atacarem o neerlandês. O que não aconteceu no imediato por duas razões. Em primeiro lugar pela bandeira vermelha (que durou mais de 30 minutos) logo na primeira curva devido ao acidente que referimos. Em segundo lugar, porque Hamilton não tinha um Mercedes à altura. Por outro lado, a má largada dos dois Aston Martin foi mitigada pela interrupção.
No recomeço, Hamilton falhou a travagem e foi passado por Alonso. Stroll caiu para sétimo. Norris tentou um ataque com DRS ao Red Bull, falhou e Verstappen imediatamente fugiu para lá da zona de DRS. Alonso mantinha o segundo lugar e atrás formou-se um comboio de DRS onde estavam vários pilotos, incluindo Russell, Perez, Stroll, Sainz e Gasly. Com o intuito de recuperar os pontos perdidos para Hamilton no México, Perez passou por Russell. E, pouco depois, sentindo fraqueza no Mercedes, passou pelo sete vezes campeão do Mundo.
Fernando Alonso foi vedeta no Brasil
Um “undercut” obrigou Perez a ter de passar uma vez mais, por Hamilton. Com a segunda ronda de paragens, a Red Bull tentou “enganar” Alonso, mas o espanhol reagiu bem à paragem de Perez. Porém, os 3,8 segundos de vantagem com que Alonso saiu das boxes não foram suficientes para evitar que tivéssemos um final de corrida de antologia.
Com um carro superior, Sergio Perez não foi capaz de desfeitear Fernando Alonso que regressou ao pódio. A ultrapassagem na derradeira volta é absolutamente fantástica e apenas ao alcance de um talento como Fernando Alonso.
Alonso ficou com o terceiro lugar, já que na frente Verstappen andou o suficiente para acabar com oito segundos de vantagem para Lando Norris.Verstappen bateu recorde de vitórias numa época. Sergio Perez foi quarto e está cada vez mais perto do vice-campeonato. Isto porque Lewis Hamilton não foi além de oitavo atrás de Lance Stroll (5º), Carlos Sainz (6º) e Pierre Gasly (7º). Fecharam o Top 10 o Alpha Tauri de Yuki Tsunoda e o Alpine de Esteban Ocon.
GP do México
- Max Verstappen (Red Bull Honda RBPT), 71 voltas em 2h02m30,814s;
- Lewis Hamilton (Mercedes), a 13,875s;
- Charles Leclerc (Ferrari), a 23,124s:
- Carlos Sainz (Ferrari), a 27,154s;
- Lando Norris (McLaren Mercedes), a 33,266s;
- George Russell (Mercedes), a 41,020s;
- Daniel Ricciardo (Alpha Tauri Honda RBPT), a 41,570s;
- Oscar Piastri (McLaren Mercedes), a 43,104s;
- Alexander Albon (Williams Mercedes), a 48,573s;
- Esteban Ocon (Alpine Renault), a 1m02,879s; Classificados 17 pilotos
GP do Brasil
- Max Verstappen (Red Bull Honda RBPT), 71 voltas em 1h56m48,894s;
- Lando Norris (McLaren Mercedes), a 8,277s;
- Fernando Alonso (Aston Martin Mercedes), a 34,155s;
- Sergio Perez (Red Bull Honda RBPPT), a 34,208s;
- Lance Stroll (Aston Martin Mercedes), a 40,845s;
- Carlos Sainz (Ferrari), a 50,188s; 7
- Pierre Gasly (Alpine Renault), a 56,093s,
- Lewis Hamilton (Mercedes), a 1m02,859s;
- Yuki Tsunoda (Alpha Tauri Honda RBPT), a 1m09,880s;
- Esteban Ocon (Alpine Renault), a 1 volta; Classificados 14 pilotos
Classificação do Campeonato do Mundo de Pilotos
- Max Verstappen, 524 pontos (Campeão do Mundo);
- Sérgio Perez, 258 pts;
- Lewis Hamilton, 226 pts;
- Fernando Alonso, 198 pts;
- Lando Norris, 195 pts;
- Carlos Sainz, 192 pts;
- Charles Leclerc, 170 pts;
- George Russell, 156 pts;
- Oscar Piastri, 87 pts;
- Lance Stroll, 63 pts; Classificados 21 pilotos
Classificação do Mundial de Construtores
- Red Bull Honda RBPT, 782 pontos;
- Mercedes, 382 pts;
- Ferrari, 362 pts;
- McLaren Mercedes, 282 pts;
- Aston Martin Mercedes, 261 pts;
- Alpine Renault, 108 pts;
- Williams Mercedes, 28 pts;
- Alpha Tauri Honda RBPT, 21 pts;
- Alfa Romeo Ferrari, 16 pts;
- Haas Ferrari, 12 pts.