Verdade que as vendas recuaram, mas a Toyota é nº1 mundial mais um ano e com 10.82 milhões de unidades vendidas. Com toda a certeza que o gigante japonês contabiliza as vendas da Daihatsu e da Hino. Contas feitas, o recuo face a 2023 foi de 3,7%. Porém, com forte contributo dos híbridos, a casa japonesa continua a liderar o mercado automóvel mundial.
A visão de Akio Toyoda e a disciplina rígida de um conselho de administração focado no desenvolvimento, levou a Toyota a apostar na hibridização há muitos anos. Antecipou aquilo que hoje começa a ser essencial para cumprir regras de emissões de CO2. E a verdade é que são líderes e por boa margem.
Híbridos são heróis de vendas da Toyota nº1 mundial
Com toda a certeza foram os híbridos que suavizaram o recuo da Toyota. Contas feitas, a casa japonesa vendeu 4,39 milhões de unidades com sistemas híbridos, híbridos ligeiros e Plug In. Um aumento de 23% em 2024 face a 2023.
Por outro lado, os híbridos com motor a gasolina e auxílio elétrico significam, neste momento, 43% das vendas da marca Toyota em todo o mundo. Essa margem é superior aos 34% de 2023. Em contrapartida, os modelos 100% elétricos são uma gota de água nas vendas da Toyota.
De acordo com os dados apurados, as vendas globais de elétricos cresceram 35% para apenas 139.892 unidades. Somente 1,3% de quota no volume de vendas global do grupo.
Lexus cresceu e bateu recorde de vendas
Da mesma forma, a Lexus está a bater recordes. Em 2024 vendeu 851.214 unidades, mais 3,3 por cento que em 2023. Conquistou mais 6,7 por cento de vendas nos EUA onde comercializou 355.606 unidades. Ou seja, 42% das vendas mundiais, sendo, assim, o primeiro mercado da Lexus, seguido da China.
Toyota é nº1 mundial… apesar de ficar aquém dos 11 milhões de vendas
Após anos em que a disputa foi com o grupo VW, a Toyota não se mostrou impressionada com o gigante europeu. E, apesar de ainda não ter regressado ao número mágico de 11 milhões de unidades que já atingiu, a verdade é que há 4 anos que está, sempre, acima dos 10 milhões. Foi em 2023 que a Toyota chegou às 11.23 milhões de unidades.
O grupo Volkswagen, que perdeu 2,3% de vendas, chegou aos 9,03 milhões de viaturas vendidas e ficou com o segundo lugar. Justificação? A mesma da Toyota: declino no mercado chinês, cada vez mais centrado nos produtos nacionais.
Resultado poderia ser muito melhor
Indicadores mostram que o resultado da Toyota poderia ser muito melhor. Problemas com algumas chamadas à oficina – nos EUA – e a necessidade de parar a produção da Daihatsu, Hinio, Lexus e Toyota, devido a problemas de certificação, no Japão, agrediram as pretensões do grupo.
Recordamos o episódio da Toyota Tundra e do Lexus LX SUV nos EUA. Um problema de motor originou uma chamada à oficina para reparações, acabando a Toyota por substituir o motor em mais de 100 mil veículos. Por outro lado, pararam a venda do Grand Highlander e do Lexus TX devido a problemas com os airbags. O problema deverá afetar 145 mil unidades.
Igualmente os 29% de queda de produção da Daihatsu contribuíram para o resultado do grupo Toyota. Tudo à boleia de denuncias de irregularidades nos testes para certificação. Por isso, alguns modelos pararam a produção temporariamente até tudo ser novamente certificado.
