Honda Jazz HEV. Não há melhor em VERSATILIDADE e ECONOMIA!

Sendo eu um profundo conhecedor do Honda Jazz, já que cá por casa já passaram várias gerações, coube-me a mim o ensaio da última geração onde o utilitário da Honda está disponível apenas e só nesta versão híbrida. É com agrado que vos digo que nesta geração o Jazz está melhor em tudo, sem perder a versatilidade que o caracteriza desde sempre.

Já lá vão 20 anos desde a primeira geração, mas o Honda Jazz tem sabido destacar-se como aquele modelo que oferece uma versatilidade sem igual. O “pequeno” modelo tem espaço para tudo, e mais alguma coisa… Aliado a isso, nesta geração consegue consumos verdadeiramente impressionantes, ainda que o preço tenha aumentado por estarmos perante um modelo híbrido.

Nesta quarta geração, como referido apenas disponível nesta versão híbrida, é muito frequente vermos o Honda Jazz HEV a circular em modo 100% elétrico, ainda que não seja possível forçar para que tal aconteça. O resultado são consumos surpreendentes. É fácil ver o completo computador de bordo a marcar valores em torno dos 4 l/100 km, sendo até possível realizar percursos com valores inferiores.

Evolução notável

Para além de um aspeto bem mais moderno e apelativo, com assinaturas em LED e jantes em forma de hélice, o novo Honda Jazz melhorou de forma absolutamente inegável no interior. Melhores materiais, ainda que predominantemente duros, superior qualidade de construção, e uma ergonomia de todos os comandos notável. Também o conforto evoluiu e já lhe mereceu a distinção de automóvel mais confortável do seu segmento.

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A juntar a isto a Honda não abdicou dos “pormenores” que tornam o Honda Jazz no “rei da versatilidade“. Falo por exemplo dos bancos mágicos, ou do rebatimento dos bancos traseiros formando um fundo totalmente plano e que supera os 1200 l de capacidade. Com os bancos na posição normal dispomos de 304 litros. Os espaços para objetos também abundam. Temos até dois porta-luvas, um superior e outro inferior.

Equipamento não falta nesta versão “Executive”, a única disponível

A digitalização do interior do novo Honda Jazz é também nota dominante. O sistema de info-entretenimento evoluiu significativamente e através da conetividade Apple CarPlay e Android auto, é possível navegar com o Google Maps mas recebendo as informações no ecrã do painel de instrumentos, algo muito pouco comum quando não se utiliza a navegação nativa do veículo. Para além disso contamos com vários sistemas de segurança e auxílio à condução. É o caso do avisador de saída involuntária da faixa de rodagem, avisador de ângulo morto e alerta de colisão. Contamos ainda com cruise control com manutenção da distância para o veículo da frente e limitador de velocidade. Nesta versão “Executive” não faltam sequer os bancos e volante aquecido, bem como as ligações USB e 12v.

Por outro lado, no trânsito citadino, o sistema de auto-hold é uma enorme mais valia, o ângulo de viragem também está em bons níveis e a visibilidade está acima da média. Algo relevante para um modelo de olhos postos na cidade. Reforçando a versatilidade do modelo está a excelente acessibilidade aos lugares traseiros, com as portas a abrirem quase a 90º. Aqui existem ainda duas tomadas USB.

Três motores ao serviço

O motor 1.5 l de quatro cilindros e 98 cv, para além de económico e mais do que suficiente para a cidade, conta com uma caixa CVT que favorece o conforto de condução e só em situações de maior esforço se sente em demasia o ruído do motor. Uma solução que, para o caso e tipo de utilização deste Honda Jazz, serve bem o propósito. A Honda anuncia cerca de 870 km com o depósito de 40 litros de combustível, mas eu acredito que é possível mais já que a média com que terminei este ensaio foi inferior à anunciada pela Honda.

O sistema híbrido é composto por dois motores elétricos adicionais. Um deles está ligado ao eixo frontal, enquanto o outro serve apenas de motor/gerador, conferindo uma potência combinada de 109 cv. Na prática a solução funciona e confere ao Honda Jazz híbrido uma condução suave, expedita e não é demais referir… económica! Dificilmente encontraremos um automóvel a combustão (gasolina) capaz dos consumos deste Honda Jazz, excetuando naturalmente os muitos híbridos plug-in… O sistema alterna entre três modos de forma impercetível para o condutor.

Inegavelmente, outro ponto de evolução notório ao volante deste Honda Jazz HEV é a estabilidade e postura em estrada, mesmo em velocidades de auto-estrada, onde a superior aerodinâmica do modelo também contribui para tal.

A economia é outro ponto forte do Honda Jazz híbrido

Atenta às necessidades e à procura do mercado, nesta geração do utilitário, a Honda disponibiliza o Jazz numa outra versão mais aventureira, de nome Crosstar, com um aspeto mais crossover, exatamente com a mesma motorização híbrida, e que contamos ensaiar em breve.

Infelizmente, e uma vez que a Honda optou por disponibilizar o Jazz apenas nesta versão híbrida, o preço subiu consideravelmente, e é o único ponto menos positivo que lhe apontamos. O preço de quase 30 mil euros está bem acima da média do segmento. Todavia, com a campanha de lançamento o valor pode descer para perto dos 26 mil euros, aos quais ainda podem abater 4000€ para atuais clientes Honda, sem necessidade de retoma. Posteriormente, não devem ser esquecidos os sete anos de garantia, sem limite de quilómetros, e os sete anos de assistência em viagem.

Conclusão

O Honda Jazz não é a pensar na dinâmica ou mesmo na irreverência de linhas. É um modelo onde reina a versatilidade, o conforto, e nesta versão híbrida, a imbatível economia. O novo Jazz, ainda que mais caro, evoluiu em tudo.

Ficha Técnica