A Peugeot decidiu romper com as anteriores gerações da sua berlina 508 e apresentar uma nova geração convertida num elegante e sedutor coupé de quatro portas. O novo 508 ganhou em tudo. Bendita a hora!
De facto esta nova geração evoluiu de uma forma impressionante. O Peugeot 508, que outrora passava despercebido, agora é o centro das atenções e durante o nosso ensaio fomos abordados mais do que uma vez com questões à cerca do modelo. Para além de convertido num coupé de quatro portas, o 508 está moderno e muito evoluído tecnologicamente. O desenho dos faróis LED, tanto na frente como na traseira, aqui com efeito 3D, marca a diferença e aproxima-o do estilo aplicado aos SUV do construtor. Já a designação do modelo na frente recorda modelos bem mais antigos como o 304 ou 504.
A versão GT Line assume um caráter ainda mais desportivo e muito apelativo. Mais curta, mas mais baixa e mais larga, a berlina francesa sai apenas prejudicada na altura para cabeça nos lugares traseiros, mas o espaço geral é generoso, com um túnel central pouco pronunciado. Para os passageiros do banco traseiro existem ainda ligações USB iluminadas e iluminação LED independente.
A poupança de peso ajudou na agilidade do modelo bem como na sua componente dinâmica, e os bancos oferecem um excelente apoio. O conforto em estrada é assinalável, não só devido ao bom acerto da suspensão com um eixo traseiro que recorre ao esquema de triângulos sobrepostos, mas também, e uma vez mais, aos excecionais bancos desta versão GT Line. O conjunto absorve todas as irregularidades do asfalto de uma forma exímia.
Qualidade interior
Herdando o i-Cockpit da restante gama da marca francesa, o interior do 508 agrada desde logo com uma consola virada para o condutor a criar uma atmosfera própria e muito acolhedora, e os diversos tipos de materiais aplicados ao interior agradam no geral e revelam uma boa construção.
A posição de condução é mais baixa e é encontrada depois de ajustes obrigatórios na coluna de direção, com o habitual volante pequeno e reto tanto em cima como em baixo que não tem gerado propriamente consenso mas que, na maioria dos casos, se revela uma questão de hábito.
Diesel mantém-se
Apesar do frequente abandono dos Diesel por parte de alguns construtores, a Peugeot mantém-se com duas motorizações a gasóleo, para além de outras a gasolina. Uma delas é este 2.0 BlueHDI com 160 cv associado a uma caixa automática de oito relações com patilhas fixas à coluna de direção. Sem pretensões desportivas, o bloco é suficientemente refinado e com boa resposta a baixos regimes, já os modos de condução não nos surpreenderam por não transformarem verdadeiramente o 508.
O sistema de info-entretenimento com ecrã tátil de 10” não merece críticas até porque agora assume alguns comandos físicos de atalhos imprescindíveis para facilitar o acesso a cada função. A silhueta coupé obrigou à adoção das portas sem moldura mas que em nada parecem prejudicar a insonorização em estrada. Na lista de opcionais desta unidade destacamos o sistema de visão noturna que se revelou funcional no quotidiano, e o sistema de som FOCAL, muito útil para viagens a sós…
O conjunto de ajudas à condução disponíveis são outra mais valia desta nova geração que facilita a condução dando uma importante ajuda e acrescentando uma segurança indiscutível. Com a crescente procura nos SUV, a Peugeot teve de reinventar o 508 caso contrário o modelo teria tudo para desaparecer. Felizmente que a marca francesa conseguiu fazê-lo da melhor forma, com um produto que se aproxima das propostas premium e que coloca o modelo como um dos mais desejados do segmento.
Ficha Técnica
1997 cm3
Cilindrada
400 Nm
Binário Máximo
160 cv
Potência
8,4 s
0-100 KM/H
230 km/h
Velocidade Máxima
5,7 l/100 km
Combinado
7,2 l/100 km
Registado
153 g/km
Emissões CO2
47 817€
Base
54 307€
Ensaiado
Qualidade de construção e conforto
Câmara de estacionamento e tempo de atuação do botão de arranque e paragem do motor.