Lançado na sua nova geração em 2015, o Suzuki Vitara é um dos modelos mais reconhecidos da Suzuki e desenvolveu ao longo dos anos – a primeira geração é de 1989 – um apreciável volume de vendas em Portugal, sobretudo numa altura em que os todo o terreno da velha escola eram mais puros e duros. Com a ascensão dos SUV o Suzuki Vitara acabou por reposicionar-se como um SUV de dimensões compactas sem que a marca japonesa abdicasse de algumas credenciais no fora de estrada.
Nesta atualização o Suzuki Vitara ganhou conteúdos relativos à segurança nomeadamente o alerta de fadiga, o cruise control adaptativo, o assistente de mudança de faixa, o aviso de colisão frontal, o reconhecimento de sinais de trânsito, a detecção de ângulo morto e o alerta de tráfego posterior. Todo este arsenal de tecnologia é acompanhado pelo condutor no ecrã central a cores, junto aos manómetros, apesar do mesmo ter um grafismo rudimentar.
Espaço para melhorias
O info-entretenimento foi atualizado mas continua muito longe do padrão do segmento, tanto em termos de facilidade de manuseamento como em funcionalidades. A integração para smartphones Android – Android Auto – é a única disponível e a resolução da câmara traseira de estacionamento deixa margem para melhorias.
Com o abandono dos motores a Diesel a gama passa a ser exclusivamente composta por motores a gasolina, respetivamente com 1.0 e 1.4 l de capacidade. Foi com a versão de entrada de gama que realizamos este ensaio. O motor Turbo oferece 111 cv e está acoplado a uma caixa manual de cinco velocidades. Tem desempenho correcto permitindo um andamento ao Vitara que não compromete em deslocações extra-urbanas. Naturalmente que é uma unidade em que se verificam consumos sensíveis a variações de andamento, podendo atingir os 8,5 l/100 km.
ALLGRIP com modos de condução
Uma das características distintivas deste Suzuki Vitara é a presença do sistema de tração integral ALLGRIP Select, sendo um dos poucos SUV com esses atributos mantendo-se Classe 1 nas portagens. A versão Select do sistema Allgrip da Suzuki disponibiliza quatro modos, a saber: Auto, Sport, Snow e Lock, o que permite bloquear a tração nas quatro rodas ou rodar apenas com tração dianteira. Não é para aventuras puras e duras como outras propostas, nomeadamente o Suzuki Jimny, até porque nem o sistema está desenvolvido para tal, nem os pneus acompanham, mas sem dúvida alguma que permite algumas incursões sem receios, com uma altura ao solo que transmite confiança. O modo Sport anima a resposta ao acelerador e é uma ajuda simpática para melhorar a disponibilidade do motor, mas em auto-estrada uma sexta velocidade era desejável, tanto para controlar consumos como para reduzir ruído de funcionamento.
O conjunto do chassis, suspensões e tudo mais em nada comprometem, atribuindo ao Suzuki Vitara um comportamento eficaz e seguro e simultaneamente sem comprometer o conforto.
O nível de equipamento GLE é o mais completo da gama e já inclui todos os dispositivos de segurança anteriormente referidos, a câmara traseira e os vidros traseiros escurecidos. Falha apenas nas luzes que não possuem acionamento automático. No entanto o preço desta versão GLE do Suzuki Vitara, com tração integral, é de 22 556 €, um valor que dá que pensar…. De repente nem os defeitos parecem assim tão importantes…
Ficha Técnica
998 cm3
Cilindrada
170 Nm
Binário Máximo
111 cv
Potência
12 s
0-100 KM/H
180 km/h
Velocidade Máxima
7,2 l/100 km
Combinado
7,5 l/100 km
Registado
162 g/km
Emissões CO2
22 149€
Base
22 556€
Ensaiado
Equipamento. Preço.
Info-entretenimento. Alguns materiais.